quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Egito Não é Aqui

O que vimos assistindo nos últimos dias no Rio de Janeiro, e quiça no Brasil é a repetição de um novo "RioCentro", episódio como ficou conhecido o atentado a bomba naquele local durante um show pelas "Diretas-Já".
Agora com novas roupagens, mas com os mesmos autores, esse atentado a democracia que vem sendo cometido por gente do Exército Brasileiro e militares a seu comando, ainda não mereceu por parte dos analistas um aprofundamento e revolta.
Todos tem caído de pau nos "vândalos", nos "baderneiros", sem se preocupar com aquela velha máxima, "a quem interessa?".
A queda de Dilma Vana por uma revolução popular (que afinal não se deu pela ajuda dos interesses da Globo na Copa), não é o mesmo que por um "golpe de estado".
A continuar assim o que teremos é uma situação bem próxima da que aconteceu no Egito, com os militares se valendo da insatisfação popular para tomarem o poder.
Advogados e juristas que dão apoio a garotada nas ruas chamaram sua atenção para o perigo de a situação chegar ao limite da implantação de um "estado de sítio", situação em que a intervenção do Exército se faz necessária para manter a lei e a ordem.
Como o movimento popular não tem uma liderança, um comando, somente a voz daqueles que já passaram o perrengue de uma ditadura, e que não tem nenhum compromisso (ou interesse) com esse governo para alertá-los.
Desde o início das manifestações alertei que as Polícias Militares são supervisionadas pelo Exército, e que toda a estratégia de repressão tinha sido organizada nos gabinetes de Dilma Vana.
Não imagino que ela esteja a favor de uma intervenção militar, mas os descontentes das forças armadas estão atuando fortemente para isso.
A presença de infiltrados tanto da Abin, quanto da P2 entre os manifestantes tem sido relatada com frequência, e só agora a grande imprensa começa a se dar conta do caldo de cultura que criou, com sua política de contenção das manifestações.
A garotada precisa entender como atuam as forças que lutam contra a democracia, e estabelecer unilateralmente um "cessar fogo", antes que o pior venha a acontecer.

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