sexta-feira, 28 de junho de 2013

A "Direita Festiva" Não Conseguiu Dar Um Basta!

Lideranças do partido majoritário no congresso já tinha dito que as manifestações que aconteceram semana passada tinha sido de direita.
Eu mesmo havia identificado o movimento como uma versão bem sucedida do natimorto "Basta!", acontecido pouco antes da eleição de Dilma Vana.
Pelas pessoas que estavam aqui no Facebook dizendo que iam participar, e suas declarações era claro que a adesão tinha sido um "acaso" das insatisfações reprimidas da classe média.
Logo quando vi o grupo, ao qual chamei de "pacifista", junto com a imprensa descendo o pau nos que chamei de "revolucionários", tachando-os de "vândalos", de "baderneiros" clamei "tolos!". 
Nem sei direito explicar como os "pacifistas" foram às ruas. Nas eleições pregam o voto nulo, e as vezes costumam nem votar, indo passar o dia da eleição em alguma casa de praia.
Não estão errados, mas deviam ter um mínimo de visão política para ver de fato quais são os seus interesses nesse regime que ai está.
Nas manifestações Dilma Vana levou um pau, e somente os "revolucionários" sabiam o que queriam alcançar, pois ela representava o "status-quo" que tinha de vir ao chão.
Agora estão ai, todos, a dizer que "o país jamais será o mesmo", a discutir teorias, enquanto o grupo dominante se organiza, tendo como bandeira um "plebiscito" cuja a finalidade nada mais é do que recuperar o prestigio de Dilma Vana, levando às ruas seus apoiadores, até então sem uma bandeira, e graças a "direita" festiva.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Não ao "cheque em branco" do plebiscito

O plebiscito proposto pela presidente Dilma Vana foi o meio encontrado pelo poder para tentar virar o jogo.
Hoje teremos uma passeata chapa branca da UNE, e certamente esta será a bandeira principal.
Para se contrapor as manifestações contra tudo que está ai, e ao que Dilma Vana representa, seus apoiadores - MST, CUT, Movimentos Sociais e fóruns -, agora tem uma bandeira para astear e dizer "temos a maioria, temos a força". O partido de Dilma Vana percebeu o golpe, e irá transformá-lo naquilo que prometeram transformar o país caso o mensalão chegasse a presidência, e quisessem tirar o presidente Luis Inácio, "botar pra quebrar".
Blogs amigos repercutirão, teve oficial incentivará debates, e a força deste movimento dirá o Brasil que teremos dalí para a frente.
A democracia corre risco. Venezuela, Equador, Bolívia, mudaram suas constituições, e fizeram perpetuar no poder seus mandatários a partir de um plebiscito, de uma consulta popular.
Se Dilma conseguir que sua base aliada apoie esta ideia para uma reforma política, sairá fortalecida desta crise, e certamente irá propor outras consultas "ouvindo o grito das ruas", ou seja, suas bases novamente mobilizadas por questões ideológicas que não tem nada a ver com o que aconteceu nos últimos dias.
Enganam-se aqueles que pensam que o dragão está morto ou abatido.
Talvez o novo país que muitos estão prevendo não seja aquele dos seus sonhos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dilma Vana e Seu País de Conto de Fadas

Se Dilma Vana fosse uma pessoa séria e preparada para governar esse país não teria feito um discurso "lido" na abertura da reunião dos governadores, com uma fala que mais parecia escrita pelo João Santana, mercadólogo e verdadeiro formulador de tudo que ela diz ou faz, que por ela mesma.
Como se estivesse no país do "conto de fadas" a "Rainha de Copas" não consegue enxergar, não consegue ouvir, distorce o clamor das ruas para inventar um país que só ela consegue ver.
Dilma Vana não passaria em nenhum dos empregos que os senhores do facebook estão empregados, ou se fosse artista, em nenhuma prova que exigisse um mínimo de habilidade, ou mesmo, se empreendedora estaria vendendo empadinha em porta de bordel.
Ridículo, enfadonho, nebuloso, seus argumentos não conseguiram convencer, quiça aos ouvintes de algum programa popular, público ao qual tenta agradar com sua proposta de "pacto".
Na reunião com o MPL a síntese foi feita por um dos participantes ligados ao movimento: "A presidente está despreparada no tema transportes".
Acrescento, não só em transportes como em tudo, e com a minha experiência de vida e de administrador afirmo: 
É UMA INCOMPETENTE!

E Todos Voltaram para Casa, com Deus, com a Família, e com a Liberdade

A estratégia da presidente Dilma Vana está correta, focar nas exigências da nova classe média (por nova classe média tome-se as classes C, D, F) e esquecer o que quer a classe média tradicional (por classe média tradicional tome-se as classes AA, A, AB e B).
A nova classe média quer respostas a melhoria dos transportes, educação, saúde, moradia.
Já a classe média tradicional quer mudanças éticas, difíceis de serem atendidas pelo grupo que governa o país. 
Atender a classe média alta exigiria uma ampla reforma que atingisse a política e as regras do comportamento com o uso do dinheiro público, o que os partidos que a apoiam não querem.
Como tem caneta e verba, e como conta com um marketing eficiente qualquer medida nas áreas de saúde, educação, moradia, transporte repercute, e tira das ruas aqueles que com ela votam.
Com os manifestantes divididos em "pacifistas" e "revolucionários" ficou mais fácil sua missão.
Os "pacifistas" com suas demandas separadas em seus desejos de conquistas por classe social, e os "revolucionários", aqueles que querem derrubar governos, isolados ou na cadeia respondendo a processos por seus atos de "vandalismo".
Assim, a nova classe média, que pouco participou mas apoiou as manifestações continuam em casa sem tomar partido, e a classe média tradicional contando histórias para os filhos daquele belo dia em que marcharam em paz.

domingo, 23 de junho de 2013

Por Que Somos a Favor de uma Assembléia Constituinte

Em post anterior já tinha mostrado aos que pedem a eleição de Joaquim Barbosa, muito cuidado. 
Elio Gaspari em seu artigo de hoje repercute estas razões.
Joaquim Barbosa pode não ter condições de equilíbrio suficiente para conduzir o Brasil por 5/10 anos, mas tem a firmeza para conduzi-la por um curto período, sob o olhar do povo, como fez com o processo do mensalão. 
E de uma nova constituição iria nascer, certamente um sistema parlamentarista.
Fosse Jânio Quadro e Fernando Collor primeiro-ministros em um sistema parlamentarista o quadro do Brasil hoje seria outro. 
Não deveríamos ter tido o governo José Sarney. O Brasil poderia ter tido uma constituinte em 1985, e eleições diretas em 1986.
O brasileiro, embora tenha votado pelo sistema presidencialista quer na verdade um parlamentarismo, em que possa tirar o primeiro ministro e nomear outro, numa outra eleição. Nossa experiência com o voto, e a queda de um monte de governos daria ao povo esta experiência e consciência cívica.
Agora por exemplo, fosse o sistema parlamentarista e o presidente da república (não Dilma Vana, a primeira-ministro) estaria convocando novas eleições , e um novo primeiro-ministro estaria sendo indicado.
O grande erro do Brasil está ai. O presidencialismo brasileiro vem com a catinga da velha república, que nem a creolina das manifestações consegue tirar.
A constituição de 1988 foi pensada com a cabeça no parlamentarismo, e está fazendo água por todos os lados por abrigar um presidencialismo de resultados, imperial.
Está aberto o debate.

Não às Eleições de 2014! Por Uma Constituinte Já!



A PAUTA DO BLOG

(1) Suspensão das eleições de 2014 e convocação em seu lugar de uma Assembléia Constituinte, com permissão de candidatos independentes e sem partido, com mandato de 1 ano para os constituintes, que fariam a reforma política, entre outras reformas;

(2) No período que durar a constituinte a presidência da república estaria a cargo do presidente do STF Joaquim Barbosa, que convocaria novas eleições e daria posse aos eleitos, presidente, governadores, senadores e deputados.