segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Química do Ataque

O que está por trás dessa nova posição americana, logo endossada pela Rússia, de que se a Síria "entregar todas as suas armas químicas, sem demora, e permitir a contabilidade completa e total delas" não haverá o ataque?

(1) os americanos arreglaram diante da pressão internacional e querem encontrar uma saída honrosa, antes do governo ser derrotado no Congresso, e com isso passam a bola para a ONU e seus negociadores;
(2) os russos sabem que a Síria não entregará suas armas químicas e estão querendo pular fora do apoio que dão ao regime de Assad;
(3) os americanos e russos, assim como fazem com a questão nuclear da Coréia do Norte e do Irã, encontraram uma maneira de manter Assad na defensiva, sem avançar, preocupado em resolver o problema interno do seu arsenal químico (afinal, Assad também os seus falcões);
(4) Na entrevista que deu, Assad garantiu que não ordenou o ataque, nitidamente ficando contra o malucos que o fizeram (se o fizeram), mandando este recado através dos russos e americanos, pois não quer o ataque, e por isso está disposto a sacrificar seu arsenal químico e o poder de seus generais (uma grande inutilidade, por sinal, nos dias de hoje no olhar da comunidade internacional).

Estas e outras possibilidades estão sendo colocadas nesse momento em que Barack Obama e a Al Kaeda se unem para perpetrar uma grande tragédia.

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