quarta-feira, 25 de julho de 2007

Que venha a democracia

Nota-se uma movimentação entre os jornalistas de uma mudança na relação com a notícia. O comentário do Arnaldo Jabor ontem/hoje demonstra isso. E não é só na mídia esse movimento. Foram precisos os mártires do avião da TAM para esse reação eclodir. A necessidade de um governo de união nacional, sem "heranças malditas", discutindo em profundidade os grandes problemas nacionais. O Brasil não nasceu com o Lula, nem com FHC, nem com Jesus Cristo. Os problemas que ai estão resentem-se da autocrítica de tucanos e petistas. Se em comum a crise aérea do Lula e a crise energética do FHC tem as tais das "malhas", evidência - se também que o papel das agências tem que ser revisto. E não é só isso. Essa política social feita em cima do assassinato da classe média, e não do capital financeiro, e não dos bancos, e não dos rentistas é um absurdo. Temos que rediscutir quem paga essa conta. Urge diminuir a carga tributária, repensar o modelo econômico. Se na mídia nota-se que alguns companheiros começam a repensar o modelo de informação que temos, na política começo a sentir surgir a vontade de se repensar a maneira de governar. Quando se ouve uma entrevista como aquela de ontem, onde os brigadeiros demonstram o quanto de autoritarismo ainda temos vemos que a democracia ainda não se instalou definitivamente entre nós. A entrada do Nelson Jobim no ministério do Lula, justamente no da Defesa é um chamamento ao equilíbrio, a sensatez, a democracia. Deixemos dessa história de mirar no passado, de olhar para os militares como se tivessem sido o melhor que o país teve, e de olhar para os resistentes a ditadura como se fossem os heróis que nos dariam o país dos sonhos. Os mortos do avião da TAM, esses sim são os nossos verdadeiros heróis.

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