quarta-feira, 4 de outubro de 2006

A elite da conveniência

O Geraldo Alkmin está certo em aceitar o apoio do "Casal Garotinho" para sua campanha. Sergio Cabral não tem voto. Tirando uns poucos aposentados sua campanha foi toda apoiada nos programas sociais do "Casal". A parte da "elite" que rejeita "os Garotinhos" votou na Heloisa Helena, e é a mesma que em 2002 acenou as bandeiras vermelhas nas ruas da Zona Sul. Só que agora vendo o estrago que Lula fez no seu bolso não vai votar nele. Como já disse a "juíza" Denise Frossard "vai votar nulo" no segundo turno. Portanto seria improdutivo querer carrear este voto. A outra parte da "elite", aquele criada por FHC em l994 (e que ele abandonou em 1999 quando da desvalorização do real), mudou seu voto na última hora despertada pelo "escândalo do dossiê", e reverteu a tendência que havia em se votar no Lula. Essa "elite", que o Lula resgatou dando um emprego menos qualificado e de menor salário foi massacrada por ele com o advento do "crédito fácil". Este massacre, que se efetivou com roubo dos banqueiros, com as altas taxas de juro está sendo a razão do seu declínio. Lula errou ao se dizer o candidato dos pobres. Quem ganha de 900 reais para cima não se acha pobre, e rejeita qualquer tentativa de colocá-lo nos extratos mais baixos da população. Se considerada "elite", tem celular, TV à cabo e computador, e baba diante de qualquer "big brother". Não é "de esquerda" mas sim "de conveniência", pragmatismo que está muito mais para o "Casal Garotinho" do que para a "juíza" Denise Frossard. É a tal da "maioria silenciosa" dos livros de sociologia política. É para ela que vão ter que acenar os candidatos neste segundo turno.

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