sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Informação e contra-informação

Certa vez conversando com uma amiga assessora de imprensa de uma estatal contou-me ela como funcionava a contra-informação no órgão que trabalhava, de como conseguia plantar nos jornais notícias do seu interesse contra os desafetos. Minha geração viveu sob o signo do "inocente útil" dos governos militares, e agora mesmo blogs e painéis funcionam como ponta de lança deste trabalho. Saddam Hussein vai à forca entre outras razões pela informação difundida pelo Bush que teria armas de destruição em massa. Admira-me o pudor de certos indivíduos que desconhecem este jogo. Qualquer leitor isento e bem informado sabe que a qualquer notícia deve se perguntar antes "a quem interessa?". Essa história de querer se tornar bem informado à primeira versão é coisa de idiota. Enquanto a notícia não repercutir em massa nos veículos de comunicação não pode ser considerada verdadeira por qualquer cidadão. Por isso me estranha esta história de fazer veicular esta guerra Lula x Imprensa, como se qualquer informação não fosse uma verdade em busca de afirmação. Os pudicos que clamam por um aperfeiçoamento deste sistema deviam abandonar a profissão e se dedicar à jardinagem. Há de se lutar para dar educação ao povo para que aprenda a discernir, e não aceitar com naturalidade qualquer informação que lhe chegue. Na imprensa e aos jornalistas se aplica em gênero, numero e grau a "Lei de Betti". Ninguém é santo!

Nenhum comentário: