quarta-feira, 28 de março de 2012

A manobras diversionistas do cenário Sírio

Tudo bem, Assad é um ditador. Mas como levantar a voz por uma oposição que não vai conseguir governar se derem a ela de mão beijada, como quer o Ocidente, o poder Sírio.

O melhor exemplo que temos nesses governos não laicos é o Afeganistão.

Lá guerra de baixa intensidade é papo “diversionista”. No Iraque e na Líbia também está sendo.

E o que dizer quando Israel dá um chute no traseiro da Comissão de Direitos Humanos da ONU?

Assad talvez seja o maior discípulo da política “diversionista” israelense. Morde e depois assopra. E nada de paz, nada de estado palestino. Vendo as fotos dos "massacres" e da "terra arrasada" parece que estou vendo Israel na faixa de Gaza.

Não sou obcecado por Israel, mas sim pela paz, pelo direito e pela legalidade.

Sou contra a chamada manipulação democrática que o ocidente vem praticando para impor seus interesses.

A questão Síria tem tudo a ver com o que acontece na palestina. Ou vocês acham que a questão é de apenas mais ou menos democracia?

No entanto, se são “massacres” ou não, não tenho condição de avaliar posto que, devidos aos graves erros de comunicação de Assad (e ai estou com os russos) só se tem o relato de uma oposição dividida.

O ponto é: fosse a guerra com Israel, como foi no Líbano, e na invasão de Gaza haveria mobilidade para o trabalho dos jornalistas? Não haveria censura? E os jornalistas que fossem contra poderiam voltar uma outra vez?

Pergunte ao jornalistas que estiveram lá no sufuco que foram aqueles dias da invasão de Gaza. Israel é um estado democrático mas vive em guerra, e qualquer pais em guerra tem as suas leis.

Os russos criticaram Assad por não ter permitido a imprensa quando eram só umas passeatas de moradores de um bairro de Oms.

Somos esclarecidos demais para saber que democracias se forjam (não estou dizendo ser o caso de Israel), com parlamentos, tribunais e outras coisas, e perpetuam muitas vezes oligarquias (religiosas ou não) que ditam regras que, para alguns soam como anti-democráticas.

Para Assad a Síria é uma democracia, como também é para Fidel e para Chaves.

Em geral os que estão na oposição, ou sofrendo nas mãos desta dizem que não.

O problema da Síria é que tem gente inocente morrendo.

Nos 9.000 mortos (e a imprensa não diz, dando a entender que é tudo vítima de Assad) tem gente de ambos os lados. O melhor caminho para a paz é conversar e ceder, e é isso que os céticos duvidam que ambos os lados na Síria irão fazer. E os americanos irão permitir.