sexta-feira, 27 de abril de 2007

Mais da briga Franklin x Veja/Mainardi

Abaixo fiz referência num post a batalha que vem sendo travada na imprensa em torno do"vazamento" da decisão judicial do caso Franklin Martins X Veja/Diogo Mainardi. No front do Mainardi o mais combatente foi o jornalista Reinaldo Azevedo, a ponto de Diogo Minardi ter feito o comentário que segue em seu "podcast":

"Aprendi um monte de coisas ao longo da semana. Estou pensando seriamente em me demitir da Veja e pedir emprego no Consultor Jurídico ou no Migalhas. Os dois sites se especializaram em comentar o noticiário dos tribunais. Posso ser admitido no meio legal como conselheiro ou como preso. Mais provável, a essa altura, que eu seja admitido como preso. A melhor cobertura do caso foi do Reinaldo Azevedo. Cartesianamente, ele desmontou todos os argumentos do lado de lá. Foi apontando em seu blog os disparates, os erros, os enganos, os desatinos, as mentiras. Num post atrás do outro, ele restabeleceu a lógica onde ela parecia definitivamente perdida, resolvendo as charadas e os jogos de palavra dos Humpty Dumpty do petismo, que se estatelaram no chão. Muito se fala sobre o futuro do jornalismo na internet. Reinaldo Azevedo demonstrou melhor do que ninguém o que pode ser feito nessa área. Com a ajuda de seus leitores, que comentaram todos os detalhes do processo, discutiram o procedimento legal, ligaram para o cartório, insultaram, reclamaram, brigaram."

Os pudores dos jornalistas do Rei

Não entendo esse pudor que tomou conta de todos que lidam com a mídia. Agora é o Congresso que se faz melindrado. Essa gente precisa saber que Arnaldo Jabor assimilou o padrão de atrevimento da mídia americana, que imperou comodamente aqui até a ascensão do nosso querido e amado Rei Luiz, com respeito lá, a primeira emenda, e aqui a lei de imprensa. Não consigo entender como um governo feito de operários, que basicamente se expressa num linguajar chulo, cheio de ofensas e impropérios de repente se torna tão cioso do sentido das palavras. Assistissem a qualquer comício ou bate-papo de Vossa Majestade nos tempos de operário-candidato ou líder sindical, e veriam as belas palavras com que premiava os adversários. Palavrão era palavra de carinho à época. Agora, quando se tenta elevá-lo a categoria de mito nada pode. Vai-se ao passado e busca-se Carlos Lacerda, e golpe e imprensa burguesa são as citações mais comuns. Será que aqueles que pregam tão autoritárias mudanças contra o tal "nefasto jornalismo de insulto" não estiveram algum dia do outro lado e jogaram "pedra na Geni" . A propósito, canalha não é palavrão. Significa "gente reles, ralé; pessoa infame, vil". E qual conceito os que querem mudar a lei acham que o nosso povo tem do nosso político? O problema de Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo e Arnaldo Jabor é que além de terem a seu lado o talento, a mestria do bater sem dizer um único palavrão tem a seu lado o dicionário. E é o que falta a muitos que tentam ver "pelo em ovo", e escrevem unicamente com a emoção. Por isso é que o PHA entrou tão bem no jogo e não consegue levar o Serra, o FHC a irritação. Sabe que do outro lado tem gente inteligente que conhece os limites da liberdade de expressão.

Da série: "A culpa é da imprensa"

"... as forças que governavam o Brasil antes de Lula burilaram esse sistema. O governo Lula o radicalizou. O presidente ex-operário, que nunca quis saber de confusão, amarelou desde o primeiro dia de seu mandato. Teve medo da luta pela mudança; a falta de idéias deu cobertura para a falta de coragem. A corrupção sistêmica, expressa no regime de trocas de dinheiro privado por proteção oficial, alargou um segundo canal de negocicismo, que o governo anterior já havia aberto: o uso dos fundos de pensão para trocar financiamentos eleitorais por investimentos perdedores.
E agora? As 30 mil famílias que recebem o grosso dos juros pagos pelos Estado e que são as beneficiárias de um modelo econômico que mata a produção e arrocha o trabalho estão subornadas por governo que elas, por sua vez, subornam. Esse governo procura calar a boca dos pobres com a distribuição em massa das migalhas de seus programas sociais. A classe média, estrangulada e aflita, não vislumbra opção, de rumo ou de agente. A elite empresarial comenta as licitações manipuladas, os mega-negócios feitos e desfeitos com favor oficial, o custo em reais e em truques de levar a população a acreditar num ou noutro candidato. A corrupção campeia. E o Brasil sangra.
O que devo fazer? Não sou juiz, promotor, policial ou sequer jornalista investigativo. Constato, porém, a visão generalizada dentro da elite brasileira de como funciona o sistema. Minha posição é privilegiada e protegida, professor vitalício que sou em universidade estrangeira. Se eu, que carrego esse escudo, encontro dificuldade em montar a reação, como posso cobrá-la de meus concidadãos mais vulneráveis? Encontremos, todos nós, os inconformados, força em nós mesmos para liderar insurreição nacional contra esse amesquinhamento de nosso futuro. Já somos muitos. Levantemo-nos para levantar o país."

Do "bobo-ministro-aloprado-da-corte" Mangabeira Unger

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Nos bastidores do reino...

Briga boa esta que envolve os desdobramentos da sentença condenatória de Veja-Diogo Mainardi no caso do jornalista Franklin Martins. De um lado Franklin Martins, Kennedy Alencar, o site Comunique-se, Ricardo Noblat e o Juiz. Do outro, roendo o caso que nem cupim o jornalista Reinaldo Azevedo, que por sinal vem endo de uma perspicácia sem par. Vale a pena acompanhar.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Só o Zé (o outro) num viu...

Nosso correspondente lá na roça, nos cafundó do juda, e que anda correndo atrás pra ser correspondente da TV-Pública lá na África nos mandou o recado abaixo:

"Prezado Bob.
Uas vaquinhas daki qui furam tudo pro brejo no escandalo do mensalaum andaram me cuntando que o cumpadi Zé Dirceu anda tinindo de reiva, dizendo que num viu nutiça sobre a decisaum do TSE sobre os alumprados. Oce num assisti televisaum naum Zé... Esse minin cabo de da no jorna da tv globis daki. Axu ki oce Zé anda sistindo poco tv, so. Falo inte de uns certo Valdebran e Gedimar qui tavum carregando um montaum de dinheiro. Tadinho de unce Ze... Ta precisando vorta a mama nas tetas do guverno pra vortar a ver as coisa."

Do nosso candidato a correspondente da TV-Pública, Zé do Brejo.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Nunca, ninguém, jamais...

ESTA É A MATÉRIA DO BLOG DE FERNANDO RODRIGUES SOBRE O MAIOR GASTO EM LOUVAÇÃO PUBLICITÁRIA JAMAIS VISTO NESTE PAIS:

Lula gasta R$ 1 bi em propaganda
● anúncios estatais na web voltam ao nível da bolha
● TV continua a dominar com folga, mas rádio é o 2º
● empresas estatais consomem 76,3% dos gastos

Nunca antes na história deste país (a documentada) houve um presidente da República que gastasse tanto com publicidade como Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, o valor total consumido pelo petista atingiu R$ 1,015 bilhão. A reportagem está na Folha de hoje (só para assinantes). Este blog faz um resumo para seus internautas.

Além de passar a barreira psicológica do R$ 1 bi, Lula também reforçou as empresas estatais. Sob FHC, as estatais nunca passaram de 65,4% do bolo total consumido em propaganda. Agora, respondem por robustos 76,3% dos gastos.

Vale a pena dar uma olhada nos dados oficiais, a serem divulgados em breve na página da Secom (dentro do site do Planalto):

Também a ser notado:

Web – os anúncios estatais federais na web somam R$ 16 milhões em 2006. Uma ninharia. OK. Mas note o internauta que finalmente o nível de gastos nessa área superou ao da bolha no início da década;

Rádios – quando se pensa que elas já eram... Que nada. As emissoras de rádio conquistaram no governo Lula o posto de Segunda maior mídia: só perde para TV;
Jornais e revistas – a velha mídia sofreu com Lula. Os caraminguás foram reduzidos;

TV – com 61%, esse é o meio predileto do governo. Qualquer governo, como se observa nas tabelas;

Outdoors – recebem pouco, só que em 2006 foi o meio que mais cresceu percentualmente em publicidade estatal. Mas fica a pergunta: o que acontecerá com essa mídia depois da (boa) mania da "cidade limpa" que vai pegando pelo país.

Clique aqui para ter acesso ao post incluindo os quadros demonstrando "tim-tim por tim-tim" a evolução de como se constroi a imagem de um mito através da publicidade e da propaganda.

O presidente publicitário

José Dirceu está tendo um ataque. Passou meses dizendo que o "seu" presidente gastava menos em publicidade do que os anteriores. Agora chegam os dados da Secretaria de Comunicação do governo indicando que gastou a bagatela de
R$ 1.000.000.000,00 e um poquito mais.
Este é o gasto em publicidade do governo de Vossa Majestade, o Rei Luiz.
Ai vem a pergunta: José Dirceu, por que ao invés de ficar babando e se contorcendo todo no chão, você não publica os quadros que estão no blog do Fernando Rodrigues que, didaticamente demonstram o contrário de toda a sua ira com a "materinha da folhinha". Isso sim seria falar a verdade e aceitar os fatos:
"Ninguém, nunca neste país, jamais fez tanta propaganda com o presidente-publicitário lula mendonça."

domingo, 22 de abril de 2007

Pra debaixo do tapete

O "ministro-bobo-aloprado-da-corte" Mangabeira Unger retirou de sua página (aqui) o artigo em que esculachava com Vossa Majestade, o Rei Luiz chamando-o entre coisas de corrupto. Ainda bem que este blog o publicou por inteiro num post abaixo, no intuito de preservar sua memória.