No impeachment de Dilma as forças políticas tiveram todo o tempo para se organizar.
Falou-se em renúncia, ela não aceitou. Veio o processo, a suspensão e depois a cassação.
No período a Bolsa foi ao chão, a nota de crédito do Brasil também.
A recessão se aprofundou, e o desemprego idem.
A diferença de agora é que já vinhamos de uma economia desorganizada, com todos os fundamentos econômicos fazendo água, desde a sua a posse.
Agora temos um presidente impopular mas com um foco, e que ao menos comanda uma coligação de partidos, com maioria a vezes qualificada, as vezes não.
Uma retirada a fórceps, abrupta, faria aumentar as incertezas e tudo voltar a ser como antes.
Se seguirmos a Constituição, ou essa senha que o Temer acaba de dar, colocando nas mãos do STF o seu destino, e conseguirmos mantes no comando da economia a mesma equipe, quem vai dar o time é o STF, e do outro lado o Congresso, ao articular a mudança.
As ruas ainda não estão qualificadas para decidir, uma vez que o pais está semi dividido, e ainda vivendo dentro de um sistema político totalmente corrupto.
Não esqueçamos que temos apenas 5 dias de crise, onde a especulação está correndo solta e fazendo fortunas mudar de lado, e a poupança de pequenos e médios poupadores derreter.
O que nos cabe, ao que não são políticos, ou por filiação ou por afinidade, é controlar a indignação com o noticiário e confiar na nossa democracia.
Já deu para ver que existe uma grande briga na grande imprensa, com jornalistas questionando os fatos, e se pondo em campo para averiguar a verdade.
Internet não é jornal, e internautas não são jornalistas, apenas assistimos e repercutimos, enquanto as pedras caem sobre as nossas cabeças.