quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

O Natal sem fome não acabou

O adesismo dos chamados "braços sociais" do PT não se cansa de produzir seus espetáculos. Agora foi a vez do chamado "Natal Sem Fome". Criado pelo sociólogo Herbert de Souza foi incansável durante vários anos chamando a atenção para um problema crônico no mundo. Percebendo a força do movimento, e sem querer atinar para a sua evidente motivação político-partidária FHC até que tentou envolvê-lo na prática das chamadas "políticas sociais", integrando-o ao "Comunidade Solidária". Durou pouco o namoro e logo o movimento voltava às ruas anunciando a bandeira que daria a Inácio da Silva a vitória nas eleições. Morreu Betinho, elegeu-se o filho para o cargo que, sem nenhuma empatia popular logo foi levado a um cargo público no planalto. A essa altura o adesismo já era evidente, e na ausência de um líder carismático como Betinho a campanha estava fadada a morte. Foi então que alguém teve a bestial idéia de sacar que a ação do "Fome Zero" através do "Bolsa Família" tinha diminuído (ou pra eles quase acabado) com a fome no Brasil. Os miseráveis estavam comendo e comprando mais, segundo Inácio da Silva. Como então continuar com uma campanha de "Natal Sem Fome", só iriam causar atrito com seus bem empregados líderes. E a bestialidade trasformou-se na distribuição de brinquedos e livros para os mais carentes. Eis que vem os Correios e resolve dar publicidade as cartinhas de Papai Noel que recebe. Pasmem... 60% das crianças que escrevem ao bom velinho só pedem uma coisa: COMIDA! A fome não acabou, como queriam os petistas. Os miseráveis continuam famintos e o "Natal Sem Fome" não entendeu. Breve teremos o seu fim, a não ser que o PT necessite dos seus serviços para o bom combate a um opositor.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Lula morreu... Viva Inácio!

Dom Cappio tem razão: Lula morreu viva Inácio! Inácio dos puxa-sacos, dos bajuladores de plantão. Inácio dos porta-vozes, do jornalismo engajado, capaz de algum por uma opinião. Inácio "sancho" pança mais cheia que antes, tomando vinho importado, tragando fumaça cubana. Inácio que por qualquer coisa é capaz de uma bravata, nosso rei e imperador. Que saudades do Lula que marchava ao nosso lado, e que nas caravanas andava tranqüilo, sem seguranças. Que era capaz de se embrenhar pelo sertão, ou suar pela cidade pra discutir ao lado da companheirada. Não esse Lula arrogante, que quando fala é "não cedo", amigo da igreja em pecado e companheira, mas que não é capaz de trazer até si o humilde bispo, ou ir até lá pra lhe tomar a benção, ouvir sua voz. Se for verdade que este tão falado projeto veio pro bem do povo, porque só agora a sua defesa, ao lado do capital, ao lado do Ciro Gomes (que era contra), Geddel (que era contra)? Porque só os "contra" agora são a favor dessa maldita transposição. Agora que temos o Inácio da Silva presidente deixemos que outros Lulas nasçam para que tenhamos o respeito pela vida, pelo contraditório, pela natureza, pelo debate, pela discussão. Que Inácio da Silva fique com seus novos amigos, seus banqueiros e empreiteiros ávidos pelo lucro fácil de (talvez) mais uma maracutaia. Fiquemos com Dom Cappio e Letícia, com Heloisas e Josés. Fiquemos com nossos sonhos de uma sociedade justa.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O bispo e a moça

  • Tem gente que nasce feia, outros que nascem ricos. Gente que nasce simples, mas que depois se torna arrogante. Gente que nasce com as mãos limpas, mas quando faz política mete a mão na merda. O governo do PT tem gente de todos os tipos. Mulheres feias, verdadeiros jaburus que fazem plástica para se tornar damas. Ricos virando milionários. Gente simples deslumbrando-se com cigarrilhas e charutos importados de Cuba. Militantes de caráter limpo fazendo o jogo sujo do poder. Tem gente de todo o tipo no governo Lula. Mas outros, de tez erguida, olhos fixos no horizonte, sonhos sonhados na cabeça feita desistiram, e deixaram para trás a estreita babaquice deslumbrante de se tornar elite. Trocaram o poder e a glória de um governo popular, mas que na verdade serve apenas aos seus interesses e de uma classe dominante, para navegar no sentido contrário e continuar a luta do povo pobre nos seus mais elementares anseios. A greve de fome do bispo Dom Luis Cappio, e o desprezo que a ele concedem os áulicos do poder ilustram a retomada da capacidade política de sonhar, de dar a vida por uma causa dentro dos mais nobres princípios revolucionários. Os encagaçados revolucionários do passado, que se esconderam por detrás de identidades secretas para preservar a vida, e que não foram capazes de um só grito em favor dos que outrora lhe libertaram do jugo da ditadura, destilam seu desprezo pela causa da suspensão das obras do rio São Francisco com sonoro tratamento de "senhor" ao bispo, como se Dom Luis Cappio fosse um dos seus mensaleiros, sanguessugas ou compradores de dossiês. Não conseguem ver na beleza do gesto a juventude perdida, a capacidade de sonhar libertariamente. E que acode o santo padre nessa hora? Leticia Sabatela, aquela que da freira de novela se candidata a musa do rio. Pelo seu colo correm as lágrimas de um povo, pelos seus cabelos a sinuosidade das águas do rio furibundo. Seu olhar penetra a alma da canalha petista, como que a lhes cobrar a identidade. Sua voz doce soa fundo nos ouvidos de surdos-mudos dirigentes partidários. E o onde os sindicatos, agora pelegos, onde os cara-pintadas, agora capitalistas vendedores de carteirinhas? Calam-se, perdidos na sua sanha por um modelo econômico em que a vida não tem a mínima importância.

O governo vai a escola


Que tal uma Petrobras mais humilde...

Não sou de ensinar missa a vigário, mas no caso dessa "doação" às escolas de samba a Petrobrás bem que podia se mirar no exemplo do Banerj na época do Brizola. Este deu total e irrestrito apoio a Mangueira, que a época passava por um problema de caixa. Nada pediu para a marca "Banerj", apenas que a escola estivesse presente com seus passistas e ritmistas nos eventos culturais que o banco por acaso promovesse. Foi assim com o "Dia Banerj" produzido por mim, e que levou música, teatro infantil e recreação a 40 cidades do interior do Rio de Janeiro. Na Copa do Mundo de 1986, num outro projeto que produzi em parceria com Albino Pinheiro criamos uma grande torcida com show de diversos artistas do mundo do samba. E como sempre a Mangueira estava lá presente fazendo jus a ajuda financeira que recebia, certamente como doação. Não me lembro de contratos leoninos e cheios de "vantagens" para uma das partes. A Mangueira cheia de garra aceitava tudo numa boa, chegando a ser campeã. Com isso o povo do interior teve oportunidade de ver a escola mais de uma vez, e diversos bairros do Rio de Janeiro torceram pela sua seleção ao som da bateria "nota 10". Já que a Petrobrás é o braço cultural do governo Lula, junto com a Caixa e o Banco do Brasil, bem que podia olhar para o carnaval do Rio menos como marketing, e mais como "projeto cultural".

Um balão fora de época

Sempre que está pelo Rio de Janeiro o presidente Lula costuma gerar factóides anunciando recursos e obras mirabolantes, como se quisesse livrar-se da maldição da vaia e ficar bem na pesquisa com a população carioca. Numa dessas anunciou a "doação" de R$ 12 milhões para as escolas de samba, dinheiro que viria metade da Petrobrás, metade das suas sócias. Eis que chega a ora do vamos ver e a Petrobrás pede em troca além de ingressos para apaniguados, espaço publicitário em todo o sambódromo, e fechamento da "cidade do samba" por uns dias para um evento seu. O factóides de Lula com a sua "doação" transformava-se em patrocínio barato, como se esse no carnaval não valesse pelo menos uns R$ 40 milhões visto que a marca "Petrobrás" tem peso. Chiou o prefeito César Maia, que mandou ver a Liga das Escolas de Samba o contrato de cessão dos espaços do "sambódromo" e da "cidade do samba", que dá a prefeitura o dinheiro de pedir o reembolso do que já investe, ou suspender a concessão. Parece que a Liesa tem juízo e bom senso, e disse a Petrobrás que assim não dava. Essa por sua vez, pra não deixar o presidente mal na fita botou o galho dentro, e irá ver novas formas de contrapartida (quem sabe as quadras das escolas, a maioria já patrocinadas, outra briga feia) para o seu pobre dinheirinho. Tentou dar um balão na cidade e tomou o troco, esquecendo-se que São João é em junho. Espertos, hem!

Um debate sobre fato e opinião

O jornalista PHA, conhecido por alguns pela alcunha de "Paco" está processando o também jornalista Diogo Mainardi. Durante a audíência a que estiveram presentes outros seus colegas como testemunha travou-se um intenso debate. O site "Consultor Juríridico" publicou uma síntese do acontecido, uma verdeira aula de direito para aqueles que se interessam pelo jornalismo, em especial o jornalismo político. Eis a matéria:

Opinião e fato
Amorim acha que devia, mas Mainardi não vai para a cadeia
por Rodrigo Haidar

“Perdi! Não vou conseguir metê-lo na cadeia!” A frase foi dita pelo jornalista Paulo Henrique Amorim ao sair da sala de audiências da 1ª Vara Criminal do Fórum de Pinheiros, em São Paulo. Amorim, blogueiro do portal iG e animador de programas da TV Record, queria colocar na cadeia o colunista Diogo Mainardi, da revista Veja, porque este escreveu que ele, na fase descendente de sua carreira, foi contratado pelo portal iG por R$ 80 mil e se engajou pessoalmente “na batalha comercial do lulismo contra Daniel Dantas”.

Paulo Henrique Amorim e Diogo Mainardi compareceram nesta segunda-feira (17/12) ao Fórum de Pinheiros na primeira audiência do processo criminal que o primeiro move contra o segundo por injúria e difamação. A avaliação de Amorim sobre o possível desfecho da causa é calcada em seu próprio comportamento em Juízo. Na audiência, comandada pela juíza Aparecida Angélica Correia Nagao, Amorim rejeitou qualquer tentativa de acordo e se alterou em diversas ocasiões nos cerca de 30 minutos em que a juíza tentou, em vão, compor as partes.

No tribunal, os dois jornalistas interpretaram papéis trocados. Amorim tentou demonstrar que já não tem a credibilidade que teve um dia e que a culpa disso é de Mainardi, a seu ver, um dos jornalistas mais influentes do país. O colunista de Veja, por sua vez, tentou evidenciar que o prestígio do colega é o mesmo de sempre e que se projeta pelo seu salário: Amorim disse que ganha cinco vezes mais que o colega “em apenas uma das atividades”.

“A senhora confiaria em um jornalista que escreve a soldo? Em um jornalista filiado a um partido político? Ele escreveu que eu trabalho a soldo, por interesses comerciais”, repetia Paulo Henrique Amorim, demonstrando inconformismo com o texto de Mainardi. O jornalista insistiu na tese de que perdeu credibilidade em razão da coluna publicada em setembro de 2006 na Veja. “A senhora não deve acreditar no que eu escrevo porque eu sou um jornalista sem credibilidade. Não sei por que a senhora me ouve”, disse à juíza.

Separados por uma cadeira na qual estava sentada a advogada Maria Cecília Lima Pizzo, Amorim e Mainardi trocaram acusações, ofensas e filosofaram sobre o que é fato e o que é opinião. Como se estivessem em um talk-show, discorreram sobre as intenções de quem escreve uma notícia com o intuito de ofender pessoas ou simplesmente de narrar fatos — foi a batalha do animus injuriandi versus o animus narrandi. A discussão entre os dois, tendo como moderadora a juíza, durou quase meia hora, praticamente toda a primeira parte da audiência.

“Eu não o processo quando você me chama de caluniador e fascista em seu blog”, disse Mainardi a Amorim. “Ou a minha credibilidade não é atingida quando você escreve que eu sou fascista?”, questionou. “Mas isso é opinião, não matéria de fato”, respondeu Amorim. “Então, o que você diz é opinião e o que eu digo é fato? Ok, assino embaixo”, ironizou Mainardi.

A juíza perguntava a Amorim: “O senhor acredita que um artigo pode abalar sua credibilidade? Que o texto mudou a opinião que o público do senhor tem a seu respeito?”. Apaziguadora, a juíza indicava uma possível saída conciliatória. Sem sucesso.

“Este rapaz é best-seller. Quanto vendeu até agora seu livro?”, perguntou Amorim. “55 mil exemplares”, respondeu Mainardi. “Qual é a tiragem de Veja?”, insistia Amorim. “Mais de 1 milhão de exemplares”, respondeu Mainardi.

Para Amorim, o fato de a Veja imprimir 1 milhão de revistas, de o livro do colunista, Lula é Minha Anta, já ter vendido 55 mil exemplares e de o programa Manhatan Connection, no qual Mainardi é um dos debatedores, ter audiência “qualificada” demonstram o alcance do suposto ataque à sua honra. “Ele tem influência e disse a todos que eu escrevo a soldo”, afirmou. Para se vitimizar, Amorim fez a única coisa que não gostaria de fazer: reconheceu o sucesso do inimigo.

Mainardi também resolveu falar de soldo: “E ainda assim você ganha cinco vezes mais do que eu”. Amorim respondeu: “Mas aí é problema de incompetência”. O advogado Alexandre Fidalgo, um dos que representam o colunista de Veja, perguntou: “Acusação de incompetência é fato ou opinião?”. E a juíza, novamente, entrou para esfriar os ânimos.

Em diversos momentos da audiência, Paulo Henrique Amorim leu, para que todos ouvissem, trechos do artigo de Mainardi. Em uma dessas leituras, protestou: “Ele disse que eu sou amigo de Luiz Gushiken”. Mainardi retrucou: “Mas ser amigo do Gushiken é ofensa?”. Amorim respondeu: “A questão é que eu não sou amigo do Gushiken e no contexto em que está escrito é, sim, ofensivo”.

Depois da tentativa de conciliação, Amorim deixou a audiência porque iria viajar para os Estados Unidos, um país, segundo ele, “onde quem escreve isso vai para a cadeia”. Pediu desculpas à juíza pela atitude nervosa e as elevações de voz, e justificou: “Reagi dessa maneira porque nunca antes fui ofendido dessa maneira”. Mainardi foi gentil: “Obrigado, pelo espetáculo”.

O dinheiro e o estilo

Frustrada a tentativa de conciliação, apesar de todo o esforço da juíza Aparecida Angélica, começou a oitiva de testemunhas. Os advogados de Paulo Henrique Amorim, José Rubens Machado de Campos e Maria Cecília Lima Pizzo, convocaram os jornalistas Heródoto Barbeiro e Rubens Glasberg e o economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo. A defesa de Mainardi, feita pelos advogados Alexandre Fidalgo e Lourival J. Santos, trouxe para depor o jornalista Reinaldo Azevedo.

Questionado, Heródoto Barbeiro afirmou que trabalhou por três anos na TV Cultura com Paulo Henrique Amorim e que o considera um profissional sério. Disse que os termos usados por Mainardi na coluna são subjetivos, mas que se há ou não ofensa cabe à Justiça dizer. Para Barbeiro, a liberdade de expressão existe e deve ser assegurada, “mas você responde pelo que diz ou escrever”.

A tese de defesa de Amorim centra-se no argumento de que não há interesse público capaz de justificar o texto de Mainardi. Para o advogado Machado de Campos, “o pretexto para as ofensas foi a suposta natureza pública do dinheiro. Mas os acionistas do iG são empresas privadas. Os fundos de pensão têm natureza privada”.

Já a defesa de Mainardi lembrou o fato de que parte do dinheiro dos fundos de pensão que controlam a Brasil Telecom, dona do iG, é, sim, público, já que se trata de fundos de pensão de empresas estatais.

Os advogados de ambas as partes também insistiram nas perguntas sobre a vontade do colunista de Veja de ofender ou não. Com maior ou menor ênfase, todas as testemunhas concordaram que a coluna em que Paulo Henrique Amorim é mencionado segue o estilo usual de escrever de Mainardi. Não houve tratamento diferente de outros personagens citados em outros textos. Logo, se não houve intenção de ofender, não há crime. Eis a tese central da defesa de Mainardi.

Em seu testemunho, o professor Belluzzo disse que se “sentiria ofendido” de ser citado da maneira como Amorim foi citado, que “não escreveria uma coluna” da mesma forma, mas ressaltou que se trata do estilo de Mainardi. “Exprime o modo dele de estar no mundo”, disse. O professor, recém-eleito presidente do conselho da TV Pública e fundador da Facamp — faculdade que aprovou quase 90% dos alunos no Exame de Ordem — disparou uma crítica geral à imprensa: “Jornalistas podem e devem expressar opinião, mas não podem atuar como juízes. Tenho dificuldade de aceitar esse juízo definitivo sobre as coisas, sem que haja respeito aos valores democráticos”.

O jornalista Reinaldo Azevedo, colunista e blogueiro da Veja, afirmou não notar diferença na coluna em que Amorim é citado, reforçou que o texto seguiu o padrão de Mainardi e criticou o que classificou como judicialização do debate. Para ele, as diferenças de pontos de vista não deveriam ocupar o tempo do Judiciário. “É publico que há identificação de pontos de vista de Paulo Henrique Amorim com o grupo que controla a Brasil Telecom, o que não é ilegal”, disse.

Azevedo ressaltou que o jornalista que dá opinião tem de saber lidar com a crítica. “Eu sou bastante criticado por minhas opiniões. A diferença é que eu não saio processando todo mundo”, afirmou. O jornalista chegou a fazer a análise semântica da expressão descendente em razão de Mainardi ter dito que Amorim está “na fase descendente” de sua carreira.

Para Reinaldo Azevedo, é fato, não ofensa, dizer que um jornalista que foi chefe da sucursal de Nova York da Rede Globo descendeu na carreira porque está hoje na Record — entendimento, por sinal, adotado pelo juiz de primeira instância ao rejeitar a ação de indenização que Amorim move contra Mainardi em razão da mesma coluna. “Sem dúvida o autor já foi jornalista da Rede Globo de Televisão, apresentando programas de elevadíssima audiência, de forma que a menção à ‘carreira descendente’ visa apenas identificá-lo como estando hoje em veículo de menor expressão do que aquele outrora”, escreveu o juiz Manoel Luiz Ribeiro, da 3ª Vara Cível de Pinheiros.

Para mostrar que ao menos a visibilidade de Amorim hoje é certamente menor do que antes, Reinaldo Azevedo lembrou que a Globo tem média de 23 pontos de audiência no Ibope, enquanto a emissora do Bispo Macedo tem menos de seis pontos.

O desfecho

A ação penal de Amorim contra Mainardi segue seu curso. No dia 17 de janeiro há a oitiva de uma testemunha de defesa no Rio de Janeiro. E foi marcada nova audiência para ouvir o jornalista Márcio Aith, da revista Veja, para o dia 20 de outubro. Depois disso, é aberto o prazo para as alegações finais das partes. Então, a juíza dá a sentença.

A defesa de Mainardi pode abrir mão do depoimento de Aith. Se isso acontecer, a sentença pode sair no ano que vem. Se aguardar pelo depoimento do jornalista, o caso terá uma decisão somente em 2009.

Na esfera cível, Paulo Henrique Amorim perdeu a ação que move contra Mainardi em primeira instância. O pedido de indenização por danos morais foi motivado pelo mesmo texto que deu causa ao processo criminal. O advogado José Rubens Machado de Campos informa que já entrou com Embargos de Declaração contra a sentença.

Leia a coluna de Mainardi, que motivou as ações

A Voz do PT

José Dirceu tem um blog. Quer saber quanto o iG gasta com ele? Eu também quero. Quer saber de quem é o dinheiro do iG? É seu, tonto! De quem mais poderia ser?

O iG pertence à Brasil Telecom. E a Brasil Telecom está na esfera dos fundos de pensão estatais. Eu já contei aqui na coluna como o lulismo tomou a Brasil Telecom de Daniel Dantas. Houve de tudo: financiamento ilegal de campanha, espionagem, chantagem, achaque e propina. Eu já contei também qual foi o papel de Lula na trama. Chega de me repetir. Quem quiser saber mais sobre o assunto, consulte o arquivo de VEJA. O que importa agora é como o iG está gastando seu dinheiro. E para onde ele está indo.

Luiz Gushiken é o ideólogo da propaganda lulista. Quando os fundos de pensão passaram a influir no iG, o portal se transformou na voz do PT. Caio Túlio Costa, aquele que Paulo Francis apelidou de "lagartixa pré-histórica", foi nomeado presidente do grupo em maio deste ano. De lá para cá, além de José Dirceu, foram contratados como comentaristas Franklin Martins, Paulo Henrique Amorim e Mino Carta. Todos eles na fase descendente de suas carreiras. Todos eles afinados com o DIP de Luiz Gushiken. Mais do que isso: Paulo Henrique Amorim e Mino Carta se engajaram pessoalmente na batalha comercial do lulismo contra Daniel Dantas. Quer saber quanto o iG paga a Franklin Martins? Entre 40 000 e 60.000 reais. Quer saber quanto ele paga pelo programa de Paulo Henrique Amorim? 80.000 reais.

O iG pode parecer pouca coisa. Mas é o terceiro maior portal do Brasil. Agora está pronto para difundir a propaganda do governo. O PT acaba de elaborar um documento em que pede uma "mudança nas leis para assegurar mais equilíbrio na cobertura da mídia eletrônica". Muita gente está alarmada com o documento. O temor é que, num segundo mandato, os lulistas atropelem as leis para tentar aumentar seu controle sobre a imprensa. O fato é que isso já aconteceu pelo menos uma vez neste mandato, quando a turma de Luiz Gushiken tomou de assalto o iG.

O documento do PT fala em oferecer "incentivos econômicos para jornais e revistas independentes". Independente, para o PT, é José Dirceu. É Franklin Martins. É Paulo Henrique Amorim. É Mino Carta. É o assessor de imprensa de Delcídio Amaral, que tem um blog político no iG. Só falta o Luis Nassif. Essa é a turma que, segundo o PT, precisa de incentivos econômicos do Estado. Carta Capital sempre atacou Daniel Dantas. Acaba de ser recompensada por um acordo com o iG. De quanto? Eu quero saber.

Lula cantarolou a seguinte marchinha, como relatam os repórteres Eduardo Scolese e Leonencio Nossa no livro Viagens com o Presidente:

"Ei, José Dirceu,

devolve o dinheiro aí,

o dinheiro não é seu"

Lula conhece muito bem José Dirceu. Se diz que o dinheiro não é dele, é porque não é mesmo. Devolve o dinheiro aí, José Dirceu.

Revista Consultor Jurídico, 18 de dezembro de 2007

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Ainda o fim da CPMF

Poucos conseguiram entender o significado político do fim da CPMF. Quando a questão ainda estava na Câmara dos Deputados falava-se que se o governo conseguisse aprovar a medida não precisaria mais do legislativo, pois teria dinheiro suficiente para continuar com seus planos de investimento, e chegar a 2010 com um conjunto de obras que dificilmente deixaria de dar uma vitória a qualquer candidato que Lula apoiasse. Na Câmara foi difícil a aprovação. Tomados pelo sentimento de que seriam deixados de lado assim que a CPMF fosse aprovada, deputados de toda a base aliada tentaram tirar do governo (e conseguiram) tudo aquilo que faltava para dar-lhes a cara de "aliados": cargos e recursos os mais infinitos. Célebre a manobra do Deputado Eduardo Cunha para tirar a nomeação de Luis Paulo Conde e Moreira Franco, ambos do PMDB para os cargos que haviam sido indicados há meses, e que o presidente insistia em cozinhar. Conde até a pouco era aliado do Garotinho e Moreira de FHC. Atendidos em suas pretensões deputados aprovaram a CPMF em grande maioria dando a prova ao governo de que estavam satisfeitos nos seus pleitos, indo para casa dormir tranqüilos. Nessa fase pouco se deu ouvido a oposição. Crescia o movimento contra a CPMF nas ruas, e o único a dar-lhes voz na Câmara era o Deputado Paulo Bornhausen, de Santa Catarina. Ai a coisa chegou ao senado. Com um PSDB disposto a aprovar a prorrogação com uma alíquota de 0,20%, e com a destinação de todos os recursos para a saúde a coisa parecia andar na direção da vitória pela aprovação. Poucos prestaram atenção a uma entrevista de FHC à Folha de São Paulo, em que ele dizia que no seu governo a CPMF já tinha sido aprovada uma vez em janeiro, depois de muita negociação. Era o mote para o governo, como se dissesse: "Na marra não vai". Lula, montado numa aprovação gigante, e ancorado na aprovação que tinha conseguido na Câmara só fazia bradar contra a oposição, tachando de sonegadores todos os que se diziam contra, esquecendo-se que o malfadado imposto atingia muito mais aos pobres, posto que não tem pra quem repassar, do que aos ricos. Até que veio o "dia D" da votação. Sabendo-se perdido, o governo tentou retomar a discussão apelando para os governadores Serra e Aécio para que pressionasse suas bancadas. Queria que demonstrassem força, e fizessem talvez o mesmo que ele fez com os Deputados: recursos e cargos de montão. Serra e Aécio, baseados na máxima conservadora nascidas nas hostes do governo "faço oposição ao governo e não ao país" bem que poderiam ter ficados calados. Achando que já tinham conseguido os votos para entregar ao governo saíram para o abraço e botaram a cara nas tevês com efusivas e vitoriosas declarações. Quebraram a cara! Perderam feio para uma bancada de senadores unida, que rejeito peremptoriamente a velha política do "café com leite". Com isso o imposto acabou. E com ele a empáfia e a arrogância de um governo que "se acha", pensando que o charme, a simpatia e a popularidade de Lula são eternos. Agora vai ser difícil governar na base do "arrastão" da fórmula "cargos + recursos". Qualquer projeto que for apresentado aos deputados vai exigir muito mais fôlego financeiro. E se Lula não cair na real, baixando a bola da sua ira, e não reconhecer que política se faz com quem realmente tem poder vai ficar difícil. Ou senta pra conversar com "partidos" (leia-se senado, que são as vozes coroadas de suas siglas) e abandona o varejo, ou... Babau!

sábado, 15 de dezembro de 2007

O blog apoia a greve de Dom Cappio

Livro de José Genoíno vence concurso

De Cláudia Lamego, em O Globo:

O livro "José Genoino - Escolhas políticas", sobre o deputado petista José Genoino - um dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento direto no escândalo do mensalão como então presidente do PT -, ganhou o prêmio Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Biblioteca Nacional na categoria ensaio social. A autora, Maria Francisca Pinheiro Coelho, professora de sociologia da Universidade de Brasília, que diz já ter sido filiada ao PT, conheceu Genoino no movimento estudantil e chegou a ser presa, com ele, no Congresso da UNE em Ibiúna. O prêmio, concedido também em outras sete categorias, é de R$ 12.500.
No júri que escolheu o livro havia pelo menos duas pessoas próximas a Maria Francisca: Maria Angélica Madeira, sua colega no departamento de sociologia da UnB, e Barbara Freitag, com quem editou em 1993 o livro "Marx morreu: Viva Marx!" (Papirus) e sobre quem co-organizou um livro, "Itinerários de Bárbara" (Editora Universidade de Brasília). A terceira jurada foi a historiadora Isabel Lustosa. Leia mais aqui

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A caixa preta cultural

Está pintado um novo escândalo! Dessa vez na Biblioteca Nacional girando em torno das premiações literárias. Quem sabe a coisa não avança e tenhamos aberta a caixa preta da área cultural que envolve patrocínios, premiações e "papers" encomendados a jornalistas e cientistas políticos alinhados com o governo. Seria a "CPI do GIL"?!...Vejamos.

"Perillo (não) traiu o PSDB, Lula e Goiás"

A manchete acima, com o nosso "não" está no blog do PACO Amorim. A seguir o que disse o Senador Marconi Perillo ao Blog do Noblat, e em seguida a matéria da manchete do Blog do PACO.

"Não traí ninguém, muito menos minha consciência. Não sou cordeiro de ninguém. Sou um democrata a favor do Brasil, e não de governos de plantão. Por essa razão é que aceitei dialogar e colaborar de maneira honesta. Não tendo sido possível a convergência, votei coerentemente com a posição de meu partido e com minha propria posição.
O encontro em Águas Lindas, solicitado insistentemente pelo governador José Arruda, de quem sou amigo fraterno, deu-se na residência de Arruda por sugestão do próprio governador e com a concordância do presidente Lula e minha. Não foi às escondidas: o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio, foi informado por mim do assunto.
O PSDB não foi traído. Não travei nenhum tipo de diálogo inconfessável. A conversa transcorreu em clima de respeito. Foi um diálogo construtivo, democrático e, de minha parte, norteado por elevado espírito público. Compometi-me a colaborar como interlocutor junto à bancada do PSDB em buca de um entendimento que resultasse em ganhos para a Saúde, para a desoneração tributária, para a redução dos gastos públicos, etc.
Fiz minha parte. Reuni-me, em seguida, em minha residência, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o deputado e ex-ministro Antonio Palocci e os senadores Arthur Virgílio, Tasso Jereissati e Sérgio Guerra. Não foi possível o entendimento, por intransigência do governo, que queria votar imediatamente a prorrogação da CPMF.
Os senadores propunham que se extendesse para até janeiro o diálogo com o governo, em busca de uma solução que atendesse aos governadores, ao governo federal e à sociedade. Não aceitaram. A bancada do PSDB, então, diante da recusa, decidiu votar contra.
Não tratei de assuntos referentes a Goiás, até mesmo porque não tinha mandado para isso do governador de meu Estado. No plenário, votei e discursei como integrante da bancada de oposição. Não poderia ser diferente. Não faço parte da base do governo nem desejo fazer.
Passada a derrota, cabe ao governo dissipar seu rancor e mostrar-se mais disposto ao diálogo e pôr um ponto final nesta história de procurar culpados por sua derrota. O governo teve um ano para reunir sua base e aprovar a CPMF. Não pode agora cobrar que o PSDB resolvesse seu problema em dois dias.
Fizemos o que foi possível, democraticamente, pensando no Brasil. Que o governo aprenda a lição e deixe de buscar bodes expiatórios. E que esta derrota, exemplar, lhe seja pedagógica".


A matéria do Blog do PACO:

". A assessoria do senador Marconi Perillo, do PSDB de Goiás, confirmou ao Conversa Afiada a informação que está na página 10 do Globo de hoje: “Lula se reuniu às escondidas com senador tucano”.
. Preliminarmente: escondido de quem ? Da reportagem do Globo, que não soube onde estava o Presidente da República ?
. Mas, vamos ao que interessa.
. Segundo o Globo, Perillo propôs o encontro.
. Se alguém foi escondido, foi o Senador Perillo, que sugeriu que o encontro não fosse nem no Planalto nem no Alvorada, porque “pegava mal”, segundo o Globo.
. Perillo se ofereceu para ajudar a convencer senadores do PSDB.
. Naquele mesmo dia, à tarde, por iniciativa de Perillo, se reuniram senadores do PSDB (Tasso Jereissati, Sérgio Guerra, Arthur Virgilio Cardoso), em seu (de Perillo) apartamento em Brasília, para conversar com Antonio Palocci e o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, que falavam em nome do Governo.
. Ali ficou combinado que Lula apresentaria uma carta em que se comprometia a destinar 100% da CPMF à Saúde.
. Não deu certo e Perillo fez um dos discursos mais veementes contra a aprovação da CPMF (
clique aqui para ouvir o áudio).
. Por que Perillo fez o discurso ?
. Precisava ?
. Perillo traiu três vezes: o Presidente Lula.
. O PSDB, já que foi se encontrar às escondidas com o Presidente Lula.
. E o mais importante: o povo de Goiás, que pensa que ele é o que diz, mas ele é o que não diz. "

"Contribuintes comemoram fim da contribuição"

Por Elisangela Roxo, no Estadão:

Consumidores ouvidos pelo Estado aprovam o fim da CPMF. “Ainda bem que esse imposto acabou, porque tudo o que a gente paga não vai mais parar nos bolsos do governo”, afirmou o motociclista Arnaldo Gonçalves de Oliveira, de 41 anos. Para tentar fugir de pelo menos um tributo, a CPMF, ele escolheu ter apenas uma conta poupança, sem o cheque como opção. Agora, Oliveira acredita que os avanços da economia devem servir para cobrir a CPMF, mas reclama que os benefícios ainda não são sentidos pela população. “Dizem que o País vai bem, o PIB cresceu, mas a situação de quem trabalha na rua é muito ruim.” O camelô Epaminondas da Silva, de 42 anos, acha “muito bom” o fim da CPMF. “Pelo menos é um imposto a menos para o brasileiro pagar.” Ele disse duvidar que a destinação do imposto tenha sido mesmo o sistema de saúde. “No posto do meu bairro nem médico tem”, contou.“O fim do imposto do cheque? Achei maravilhoso”, disse o advogado e presidente do Partido Liberal Democrata, Álvaro Solon Coelho, de 79 anos. Para o monitor Luis Henrique da Silva, de 26 anos, “foi uma conquista do povo, os trabalhadores já pagam tributo demais”. A professora Sheila Rienzi, de 40 anos, acha que nem população nem governo ganharam ou perderam com o fim da CPMF. “O imposto foi criado para cobrir um déficit do governo, que agora deve tirar o dinheiro de outro setor para balancear as contas. Não acho que a criação realmente teve relação com reverter alguma coisa para a saúde”, avalia ela, ao lado do impostômetro da Rua Boa Vista, no centro de São Paulo, que mede o total de dinheiro pago pelos brasileiros na forma de impostos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Uma economia e tanto

O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) realizou um estudo em que avaliou o quanto o brasileiro gasta em média com a CPMF, e o quanto economizará com a queda do tributo.

Taxista - 9 dias - R$ 241,65

Caminhoneiro - 9 dias - R$ 241,65

Funcionário de empresa privada - 3 dias - R$ 80,55

Funcionário público - 4 dias - R$ 107,40

Médico, dentista, fisioterapeuta, psicólogo e profissionais de saúde - 6 dias - R$ 161,10

Advogado, contador, administrador e profissionais de ciências humanas - 6 dias - R$ 161,10

Engenheiro, arquiteto e profissionais de ciências exatas - 5 dias - R$ 134,25

Cabeleireiros, manicures e serviços manuais - 4 dias - R$ 93,98

Serralheiros e mecânicos - 6 dias - R$ 161,10

Artistas e cantores - 6 dias - R$ 161,10

Vendedores autônomos - 7 dias - R$ 174,53

Cada brasileiro deixará de pagar R$ 190,00 em média, o que não deixa de ser uma boa economia para o bolso do trabalhador. Os "sonegadores" da economia informal tem o que comemorar. Além dessa economia, se os empresários repassarem, e o governo sossegar e não voltar a aumentar a carga tributária para compensar haverá uma queda de cerca de 1,7% no preço dos produtos. Fiquemos atentos... A luta continua!

Parece combinado

Engraçado... Já repararam que toda vez que o Lula vem ao Rio com espalhafato anunciar alguma obra pra inglês ver, logo em seguida sai uma pesquisa de opinião? Será que ele é avisado de onde a sua credibilidade anda em baixa e corre atrás pra ganhar uns pontinhos na popularidade? Quero ver se domingo ou semana que vem tem pesquisa avaliando o comportamento do povo com o resultado da queda da CPMF. Certamente o eleitor aprovou, e desaprovou o do governo que queria a qualquer custo administrar o veneno.

O FUNERAL DA CPMF E AS MENTIRAS EM TORNO DELA!

Do blog do prefeito do Rio, Cesar Maia:

1. O golpe final à CPMF veio quando o senador Jereissati leu -já no final- em plenário a carta do ministro da fazenda,desmentindo o que os representantes do governo diziam que era o conteúdo da proposta. Lula mentiu até o ultimo momento. Não eram 100% para a saúde, mas progressivamente até 2010. Mentiram deslavada e com firma reconhecida.
2. A proposta de 100% para a Saúde era uma farsa. Hoje o orçamento da União aplica esses 40 bilhões de reais em Saúde. O que os espertos do governo queriam era uma simples troca de fonte: de outros tributos para a CPMF sem mexer em nada.
3. Qualquer estudante de economia sabe que quando se reduz um tributo (escola da economia de oferta), os recursos vão para a sociedade. Esta gasta ou seja consome, investe, poupa, ou aplica estes recursos. Sobre este gasto incidem os tributos existentes -a renda, ao consumo, ao produto, ao serviço, às operações financeiras, etc... Provavelmente com uma velocidade de circulação maior que o uso anterior pelo governo. Portanto sobre o valor da CPMF transferido automaticamente, incidirá no mínimo a carga tributária atual de 37%. Ou seja: retornam ao governo -de forma segura- e por tributos muito mais justos- pelo menos uns 16 bilhões de reais. Pelo menos.
4. Espera-se que os bancos reduzam na margem a taxa de juros pois a carga tributária sobre a movimentação financeira diminuiu.
5. Espera-se que Lula tenha aprendido a lição e respeite o Congresso Nacional e a Oposição. Recebeu aulas de democracia e de economia, no episódio.
Ganhou o Brasil!

Os sonegadores somos nós

Foi a vitória das faxineiras, camelos, flanelinhas, manicures, vendedores de picolé, caldo de cana e milho cozido. Vitória dos sem carteira, dos sem trabalho formal, daqueles que vivem de bico fugindo da inanição. Dos catadores de papel, dos seguranças da madame, dos desvalidos de sempre que correm atrás de algum. Ou não seria por estes que a Regina Casé foi para a televisão fazer propaganda da Caixa? O olho gordo do governo, que depois de botar todo mundo que empreende na ilegalidade, fugindo da nota fiscal queria mais. E encontrou a resistência de quem não tinha mais para dar. Banqueiros não sofrem com ela, industriais e grandes comerciantes também, afinal para que existe o livre mercado com seus preços formados a base da mais valia. Os pobres coitados que não tem pra quem repassar a CPMF foram os grandes vencedores dessa batalha. Agora vão poder depositar o fruto do seu suor em qualquer agência bancária sem aquela dor no coração de que estão sendo garfados por alguém. Lula errou quando apontou os tubarões como adversários. Na realidade teria que pensar naqueles que só recebem o bolsa-família porque na outra ponta o governo está lhe tirando trabalho e cobrando o imposto mais cruel da vida de um cidadão. Maldita CPMF!

Suderj informa

Placar da votação da CPMF:

Votos a favor - 45
Votos contra - 34
Não votou - 1

Nem o São Paulo conseguiu tamanha façanha!

Nem tudo está perdido

FHC deu o caminho, quando se referiu ao fato de a CPMF, numa das renovações ter sido aprovada só em janeiro: agora é sentar com civilidade e respeito, e tentar uma solução para a hipotética perda de fundos da ordem de R$ 40 bilhões. Não é um bicho de sete cabeças uma derrota do governo numa democracia. O que não pode deixar de haver é respeito, respeito ao sentimento do povo, respeito a oposição. A CPMF é um imposto maldito desde a origem, embora de boa índole criado por um homem de caráter igual, o Dr. Adib Jatene. Chamar de sonegadores os que eram contra. Mentir dizendo que os pobres seriam os que mais perderiam, quando se sabe que pouco iria para a saúde e para os programas sociais não foi uma boa estratégia do Lula. Demonstrando arrogância e falta de altivez queria a qualquer custo demonstrar a sua força. Uma vitória política da oposição nesse momento é salutar para a democracia. Vai fazer o presidente repensar o seu projeto de um terceiro mandato (se é que é dele), e conversar com a oposição de maneira digna, na busca de uma saída para o problema. Uma reforma fiscal que trouxesse em seu bojo uma nova visão do imposto, sem o efeito cascata e a comulatividade que tinha seria benvinda. Vamos ver como se comporta o Lula depois da vitória do "no". Se xingar e berrar a la Chávez, chamando a derrota de vitória de "mierda" dos opositores não avançará. O país nesse bom momento que vive a economia espera maturidade da sua classe política, sem olho no voto do ano que vem, e sem mais poder para quem já detêm tanto.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Está brincando...

A proposta que repercutiu em todo o noticiário era de que o governo estaria disposto a repassar "todo" o dinheiro da CPMF para a saúde. Seria o retorno às origens, diziam alguns referindo-se a idéia original do Dr. Adib Janete. Serra e Aécio inflaram o balão que chegou as telas dos nóticiários das teves. Agora chega a notícia de uma tal "carta-compromisso" assinada pelo Ministro Guido Mantega e um outro. Sabe da boa? É só um aumento em parcelas anuais que não alcança quase nada do total. Tudo pra não dizer, em caso de derrota que não negociaram o tal aumento de recursos. E o repasse total da CPMF para a saúde? Era só um balão de ensaio para fazer os governadores do PSDB pressionarem os senadores. Tá brincando, né!

Ave, Imprensa!

O Globo on-line publicou o resultado da sua pesquisa sobre a CPMF.

CONTRA A CPMF - 77,60 %
A FAVOR DA CPMF - 22,40 %

E ninguém mais na internet até agora se manifestou...

Um banho de água fria

Lula está fazendo de tudo para jogar o PSDB na banheira da CPMF. Sabe que a derrota de um imposto tão impopular seria uma vitória para a oposição, e que se o PSDB ajudar a renovar, até não se sabe quando joga por terra toda e qualquer possibilidade deste partido se afirmar como oposição nas eleições do ano que vem. Senão porque estaria oferecendo tudo o que não ofereceu até agora? Lula não é burro! Nada de braçada numa aprovação nunca antes vista, e não poderia deixar difundir-se aqui o efeito "referendo" que alcançou o Chavez na Venezuela. A CPMF é o referendo do Lula. Se vence o "si", com a CPMF sendo prorrogada pode sair pro abraço de qualquer candidato a prefeito que vier a apoiar, com um banho de PAC em cima de qualquer adversário. Se vence o "no", com a CPMF sendo revogada teremos de volta a história da "roupa nova do rei", e quem sabe o equilíbrio de forças que permitirá a esse país demonstrar maturidade, encarar uma reforma política de verdade, dando adeus a corrupção política que, como diz o presidente "nunca antes" esteve tão presente na vida pública brasileira. O que a gente espera é que a oposição, principalmente o PSDB dê uma de gato e tenha medo de água fria deixando de lado o muro dos presidenciáveis Aécio e Serra, e caindo nos braços do povo para que esse país possa voltar a crescer de verdade.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A imprensa esqueceu de nóis!

Imagino a quantidade de dinheiro em publicidade que o LULA está gastando para fazer as edições on-line dos jornais não publicarem pesquisas de opinião sobre a CPMF. A "mídia golpista", como diriam os lulistas cada vez mais se entrega ao terceiro mandato e foge da opinião popular, ficando apenas com as questões de copa e cozinha, como se fosse verdade que a CPMF e coisa só de sonegadores e não atinge quem vive ralando pra ganhar a vida. Pobre imprensa!

domingo, 18 de novembro de 2007

Um Botequim Virtual

Longe da política e do caldeirão de vaidades de Brasília já existe um lugar ideal para se recorrer quando se trata de reunir os amigos em casa para uma discutir os destinos deste pais. É o site BUTIQUIM VIRTUAL do nosso "chef" e editorialista Biradi, o Byra Di Oliveira. Lá você vai encontrar um seleção de petiscos com sabor bem carioca, além de poder encomendar um bom chopp gelado. Para quem é do Rio de Janeiro vale a pena visitar o endereço www.butiquimvirtual.com e saber por que nem só de política vive o homem.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Sexo também é política...


Ela tirou a roupa... mas ele não caiu!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Capitão Nascimento... esse é o cara!

Essa é pra irritar as elites, que andam querendo "fritar" o filme "Tropa de Elite" com medo do "pó" acabar:

1. Deus disse que iria fazer o mundo em 7 dias. Capitão Nascimento disse bem alto: "Faça em 6, senhor 01!"

2. Capitão Nascimento dorme com a luz acesa, não porque ele tem medo do escuro, mas porque o escuro tem medo dele!

3. Capitão Nascimento joga roleta russa com uma arma inteiramente carregada... e ganha!

4. A farda do Capitão Nascimento é preta porque nenhuma outra cor quis ficar perto dele.

5. Capitão Nascimento dorme com um travesseiro debaixo de uma arma.

6. Principais causas de morte no Brasil:

1º - Ataque do coração.
2º - Capitão Nascimento.
3º - Câncer.

7. A opção 1 é a maior porque a maioria dos bandidos morrem do coração quando vêem o Capitão Nascimento.

8. O Capeta queria entrar no BOPE, mas o Capitão Nascimento fez ele desistir apenas dizendo: "666, você é o novo xerife!"

9. Capitão Nascimento é a razão de Bin Laden ainda estar se escondendo.

10. Capitão Nascimento não sai de lugar nenhum devendo ninguém: sempre põe na conta do Papa.

11. Capitão Nascimento não tem medo da morte, a morte tem medo dele.

12. Quando Deus disse "Que se faça a luz!" o Capitão Nascimento falou "Tá de sacanagem, senhor 01? Tá com medinho do escuro, senhor 01?"

13. Getúlio Vargas não cometeu suicídio, ele só pediu pro Capitão Nascimento: "Na cara não, pra não estragar o velório."

14. Quando Deus resolveu criar o Universo foi pedir permissão ao Capitão Nascimento e ele respondeu: "Senta o dedo nessa p****!"

15. A roupa do Super-Homem era preta até o Capitão Nascimento dizer: "Tira essa roupa preta porque você é moleque!"

16. Capitão Nascimento trabalhou como negociador da polícia. Seu trabalho era ligar para os seqüestradores e dizer: "Pede pra sair!"

17. Quantos Capitães Nascimento são necessários para trocar uma lâmpada? Nenhum, Capitão Nascimento também mata no escuro.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A tropa de elite dos viciados

Que palhaçada o post do PACO-Henrique Amorim tentando defender os viciados em cocaína que o filme "Tropa de Elite" condena! Esquece ele que o filme é "inspirado" no livro "A Elite da Tropa", e não "baseado" nele. É uma obra de ficção, seu burro! Babe de inveja com aqueles que não são fracassados que nem ele e sua canalha de merda! E ainda puxa-saco da "propagandística" política de segurança do Rio, que só existe nos jornais, que puxam saco do "Sergio Branquinho" pra que o povo se esqueça de que ela é a continuidade da política de confronto dos "Garotinhos". Assim PACO-Henrique Amorim vai acabar entrando pra TV-Pública ainda mais rápido. Quem sabe ele não se torna o seu "Superindente Regional no RJ", e faz vista grossa pros viciados do lugar nas reportagens, como fez a TV-Record com seu folhetim de luxo, "Vidas Opostas".

sábado, 15 de setembro de 2007

E como!

"O povo me conhece" frase do Presidente Lula ao dizer que não teme ser prejudicado pela absolvição de Renan Calheiros.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Não custa lembrar...

A propósito do artigo do Sr. Wanderley Guilherme dos Santos, em que ele dá uma cacetada no Sistema Globo de Mídia dentro do jornal "Valor Econômico" deixa eu te contar uma história sobre ele que já contei aqui numa outra ocasião.
Certa vez, estava prestando serviço numa festinha de aniversário.
Coisa simples de uma família burguesa há anos massacrada pelo poder econômico, quando de repente chegou este senhor.
Trazia debaixo do braço uma garrafa de vinho, que depois se saberia caro e importando. Sentou-se numa mesa a qual se juntaram alguns familiares do aniversariante.
Perguntado o que queria beber cerveja ou refrigerante disse que tinha trazido a sua própria bebida.
Foi um corre-corre! A festa só tinha daqueles copos descartáveis, e o senhor Wanderley se recusou a beber o seu pitéu num deles. Providenciaram uma taça e... novo corre-corre: esqueceram do abridor.
Tudo pronto começou a sua degustação diante daquela plebe envaidecida com a presença do seu ilustre conviva. Eram dias pós mensalão, e nenhum dos presentes teve a coragem de trazer o tema à discussão.
O insólito da cena foi que enquanto o senhor Wanderley momescamente degustava sua bebida em taça de cristal, os demais convivas se contentavam com uma bicadinha em copos de plástico. Santa decadência! Não bastasse a arrogância do vinho em festa de criança, o mesmo fez questão de aumentar a diferença entre ele e a ignóbil classe sacando do bolso um "havana legítimo", que fumou as baforadas diante daquele grupo, que agora embasbacado lhe retribuía com todos os salamaleques dos puxa-sacos.
Em determinado momento a festa só dava ele, enquanto a garotada sem dar à mínima corria a se divertir na chuva. Quando se foi cumprimentou-me com aquela empáfia característica do seu monarca e senhor, e como que a perguntar: súdito, se todos puxam o meu saco porque não o senhor?
Deu-me vontade de gritar, em alto em bom som: CRÁPULA SAFADO! Mas estava ali prestando serviço e ainda tinha que receber o meu.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Bolsa-Família chega ao Guarujá


Do Blog do Claudio Humberto: "Tem 350 metros quadrados a cobertura duplex à beira-mar que Lula comprou no Guarujá (SP) através da Bancoop, cooperativa habitacional do sindicato dos bancários investigada por fraude, improbidade e formação de quadrilha. Os andaimes impedem a visão do belo apê, que está em final de construção (foto). A cobertura duplex foi quitada e o compromisso de compra e venda está devidamente registrado no 1º Cartório de Imóveis do Guarujá."

Lula é 10º em aprovação na América, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo instituto mexicano Consulta Mitofsky fez uma recopilação de sondagens elaboradas com diferentes metodologias e que são divulgadas regularmente.
A lista completa com o nível de aprovação da opinião pública a seus governantes na América é a seguinte:

1. Néstor Kirchner (Argentina) 71%
2. Álvaro Uribe (Colômbia) 66%
3. Felipe Calderón (México) 66%
4. Martín Torrijos (Panamá) 60%
5. Antonio Saca (El Salvador) 57%
5. Manuel Zelaya (Honduras) 57%
5. Evo Morales (Bolívia) 57%
6. Rafael Correa (Equador) 56%
7. Óscar Arias (Costa Rica) 55%
8. Tabaré Vázquez (Uruguai) 51%
9. Hugo Chávez (Venezuela) 50%
10. Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) 48%
11. Stephen Harper (Canadá) 44%
12. Óscar Berger (Guatemala) 42%
13. Michelle Bachelet (Chile) 39%
14. Leonel Fernández (República Dominicana) 38%
15. Alan García (Peru) 32%
16. Daniel Ortega (Nicarágua) 26%
17. George W. Bush (EUA) 22%
18. Nicanor Duarte (Paraguai) 11%

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Os 40 quadrilheiros do mensalão e seus crimes

1.João Paulo Cunha - corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato
2.Marcos Valério - corrupção ativa (2x), peculato (3x), lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas
3.Cristiano Paz - corrupção ativa (2x), peculato (3x), lavagem de dinheiro e evasão de divisas
4.Ramon Hollerbach - peculato (3x), corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
5.Henrique Pizzolato - peculato (2x), lavagem de dinheiro e corrupção passiva
6.Luiz Gushiken - peculato
7.Kátia Rabello - gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
8.José Roberto Salgado - gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
9.Vinícius Samarame - gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
10.Ayanna Tenório - gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
11.Simone Vasconcelos - lavagem de dinheiro e evasão de divisas
12.Geiza Dias dos Santos - lavagem de dinheiro e evasão de divisas
13.Rogério Tolentino - lavagem de dinheiro
14.Anderson Adauto - lavagem de dinheiro (2x) e corrupção ativa
15.Paulo Rocha - lavagem de dinheiro
16.Professor Luizinho - lavagem de dinheiro
17.João Magno - lavagem de dinheiro
18.Anita Leocádia - lavagem de dinheiro
19.José Luiz Alves - lavagem de dinheiro
20.Pedro Henry - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
21.José Janene - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
22.Pedro Corrêa - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
23.João Cláudio Genu - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
24.Enivaldo Quadrado - formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
25.Breno Fischberg - formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
26.Carlos Alberto Quaglia - formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
27.Valdemar Costa Neto - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
28.Jacinto Lamas - corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
29.Bispo Rodrigues - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
30.Antonio Lamas - lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
31.Roberto Jefferson - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
32.Romeu Queiroz - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
33.Emerson Palmieri - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
34.José Borba - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
35.José Dirceu - corrupção ativa e formação de quadrilha
36.José Genoino - corrupção ativa e formação de quadrilha
37.Delúbio Soares - corrupção ativa e formação de quadrilha
38.Silvio Pereira - formação de quadrilha
39.Duda Mendonça - lavagem de dinheiro e evasão de divisas
40.Zilmar Fernandes - lavagem de dinheiro e evasão de divisas

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Drumond e o mensalão (2)


Drumond e o mensalão

O jornal "Correio Braziliense" estampou na capa de hoje um poema inspirado em uma poesia de Carlos Drummond de Andrade: "Quadrilha". Os versos explicam como funcionava o esquema do mensalão, um dia após o STF aceitar a denúncia da procuradoria-geral da República contra 40 suspeitos.
Leia a íntegra do poema feito pelo jornal:

Dirceu mandava em Delúbio
que tramava com Valério
que pagava Valdemar
que foi denunciado por Jefferson
que incriminou Genoino
que não entregou ninguém.
Dirceu foi para a planície,
Delúbio para a fazenda,
Valério mudou o penteado,
Jefferson ficou sem mandato,
Genoino perdeu a pose,
e O STF, que não estava na história,
pôs todos no banco dos réus

Leia o poema original, de Drummond:

"João amava Teresa
que amava Raimundo
que amava Maria
que amava Joaquim
que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos,
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história."

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O burocrata do Engenhão

UM ABSURDO O QUE ACABEI DE OUVIR DE UM BUROCRATA DO PREFEITO DO RIO NUMA ENTREVISTA AO JORNALISTA SIDNEY RESENDE NA CBN.
O SUJEITO VAI EXIGIR DAS PESSOAS QUE USAM SUAS RESIDÊNCIAS PARA VENDER UM SALGADINHO, UM BISCOITO, UMA CERVEJINHA NOS DIAS DE JOGOS NO "ENGENHÃO", NO RIO DE JANEIRO QUE "ABRAM UMA FIRMA", "SE REGULARIZEM".
QUER DIZER QUE O SUJEITO, PARA GANHAR UM DINHEIRINHO, UMA VEZ NA VIDA, OUTRA NA MORTE (NEM TODO DIA TEM JOGO NAQUELE FIM DE MUNDO... QUANDO FOI O ÚLTIMO?), VAI TER QUE MORRER EM CERCA DE R$ 500, 00 PARA A PREFEITURA + CERCA DE R$ 300,00 DA JUNTA COMERCIAL E MINISTÉRIO DA FAZENDA + A GRANA DO CONTADOR, O QUE NÃO É BARATO?
ONDE JÁ SE VIU ISSO!
SERÁ QUE ELE REGULA O PESSOAL DO ENTORNO DO SAMBÓDROMO EM DIAS DE EVENTO E CARNAVAL? DUVIDO!
EM RECIFE, NA BAHIA, OURO PRETO, AGORA MESMO, EM BARRETOS TODO MUNDO FATURA UM DINHEIRINHO NESSAS OCASIÕES ESPECIAIS. É A CASA DO SUJEITO DO SUJEITO QUE VAI SER USADA EVENTUALMENTE.
SE ESSA LOUCURA FOR ACEITA VÃO QUERER QUE O VENDEDOR DE PIPA, A VENDEDORA DE SACOLÉ, O VENDEDOR DE BALAS, ATIVIDADES CORRIQUEIRAMENTE VISTAS NO SUBÚRBIO DO RIO, EXERCIDAS POR APOSENTADOS E DONAS DE CASA PARA COMPLEMENTAR A RENDA DA FAMÍLIA, QUE GERAM EMPREGO E UMA RENDA DE MANEIRA HONESTA VÃO SER REGULARIZADAS E LANÇADAS PELA PREFEITURA NA ILEGALIDADE, E COMO NINGUÉM VAI ADERIR VIRÁ A CORRUPÇÃO.
TUDO BEM QUE O PREFEITO LANCE POSTURAS PARA O USO DAS CALÇADAS E DAS RUAS, MAS A CASA DO CIDADÃO NUMA ATIVIDADE ESPORÁDICA... É UM ABSURDO!
FIQUEI ESTARRECIDA QUANDO VI O JORNALISTA OUVINDO O SUJEITINHO DO ALTO DA SUA ARROGÂNCIA BUROCRÁTICA DEITAR FALAÇÃO, E NÃO QUESTIONÁ-LO COM PROFUNDIDADE.
ESCREVI PARA ELE E PEDI PARA PAUTAR O ASSUNTO COM O ANDRE URANI, UM ECONOMISTA QUE FAZ COMENTÁRIOS NA RÁDIO. DUVIDO QUE ELE QUE FIQUE A FAVOR.
NUM PAÍS COMO O NOSSO, COM UM NÚMERO ENORME DE DESEMPREGADOS É ASSIM QUE FUNCIONA PARA O EMPREENDEDOR: BASTA DESCOBRIR UM MODO DE SOBREVIVER, E LÁ VEM O ESTADO QUERENDO SE ASSOCIAR, NOS TIRAR ALGUM.
PENSE SOBRE ISSO SENHOR PREFEITO CÉSAR MAIA, ESTOU INDIGNADA!

sábado, 25 de agosto de 2007

Assim, as orelhas vão crescer...

Do Blog do Ricardo Noblat:

Quando ele não for mais presidente...
"Quando eu não for mais presidente, não vou fazer curso em Paris ou nos Estados Unidos". (Lula, hoje, em Curitiba.)
(Comentário meu: Por que não vai? Deveria ir, sim. Paris é uma bela cidade. Os Estados Unidos são um grande país. Há muito que se aprender por lá. Ninguém perde nada indo estudar em um lugar ou noutro. É espantosa a aversão de Lula por tudo que diga respeito ao aprimoramento intelectual. Ele cultiva a ignorância e se orgulha dela.)

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Casa de ferreiro, espeto de pau

"ARAUTO DO JORNALISMO IMPARCIAL ADERE AO JORNALISMO 'TESTANDO HIPÓTESE'"

"Um conhecido jornalista e blogueiro que ultimamente vem se anunciando como "imparcial", embora defenda em gênero, número e grau as determinações do Diretório Central do PT postou em seu blog uma nota onde anuncia a proposição de uma CPI para apurar a compra da TVA, do Grupo Abril pela Telefônica. O referido foi quem pinçou do artigo do Ali Kamel a tese do jornalismo "testando hipótese". Só que na sua postagem parece embarcar na mesma tese que vem criticando. Vejamos: está dito na nota que a instalação da referida CPI "dependerá apenas do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia" que até o momento não se pronunciou. Logo em seguida, referindo-se a decisão que a Anatel terá que tomar na próxima semana sobre o caso testa a hipótese de a CPI já ter sido criada ao dizer que, se a operação "não for legal, estarão (a Abril e a TVA) sujeitos à ação da CPI e do Ministério Público". Além da hipótese de uma CPI já instalada, ainda "testa a hipótese" de um procedimento do Ministério Público, que ao que se sabe não abriu nenhum até agora. Como hoje é sexta-feira nada melhor do que lançar um balão de ensaio para ver se até segunda pega."

A força dos Blogs

Está lá no blog do partido Democratas a pesquisa da empresa Fusion PR, com 1.100 jornalistas norte-americanos, informando:
78% lêem blogs, incluindo blogs de jornalistas;
49% lêem/acompanham de um a três blogs;
35% têm blogs próprios;
67% citam blogs nos artigos que escrevem e
31% consideram blogs fontes confiáveis de informação.
A maioria prefere obter informações via e-mail e considera os sites das empresas como fontes importantes.
Podcasts não são relevantes.
E a maioria é neutra em relação a blogs, wikis e videocasts.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Uma ode ao puxasaquismo

Paulo Henrique Amorim, aquele apresentador do "Fantástico" da TV-Record aos domingos, e que desde que foi demitido da Globo não esquenta cadeira em lugar nenhum - Bandeirantes, Terra, Cultura... -, descobriu uma maneira de descolar algum do governo: puxar o saco do Lula! Primeiro perdeu o emprego de porta-voz para o Franklin Martins, agora cobiça o papel de "Paulo Markun" da TV-Pública, com extensão na Internet atráves do grande portal cibernético articulado pelo "pau-mandado" Helio Costa (este saiu da Globo pela porta da frente). No seu afã de querer agradar o senhor é convidado a todo seminário da TV-Pública (deve receber um cachê altíssimo) para falar aquilo que o governo e o PT gostam de ouvir: atacar a Globo e a chamada "grande imprensa". Num post de hoje, além de citar o site de referência para o seu "Conversa Afiada", o "DailyKos" mostra como gostaria de ser conduzido por um "conselho editorial" para acabar com "monopólio da mídia conservadora e golpista". Leiam:

(Primeiro o comentário que postei no blog dele):

"...enquanto isso no palácio do planalto o saco do presidente Lula tava todo babado. Não bastasse puxar o saco você chupa... Assim vc leva o homem ao orgasmo!"

Agora o post dele que motivou meu comentário:

". Reproduzo o roteiro da exposição que fiz nesta quarta-feira, dia 22, em Salvador, no “Workshop de Programação para a TV Pública”:
. Tomar cuidado para não parecer que estamos em 1450 a discutir os tipos móveis de Gutenberg.
. Prefiro tratar de TV Pública barra Internet.
. Sugiro que a questão seja tratada, a quatro mãos, pelo Ministro Franklin Gil e o Ministro Gilberto Martins.
. Um, o da TV Pública; outro o do espaço virtual, sideral, cibernético, futurístico.
. Qual é o modelo de negócio do Ministro Franklin Gil ?
. Deveria ser o negócio da “produção de conteúdo”.
. Tornar viável do ponto de vista comercial e da qualidade
a produção de conteúdo em vídeo – entretenimento ou jornalismo.
. Tornar-se uma espécie de “fundo”, “BNDES” para criar conteúdo que seja entregue em TV pública, TV por assinatura, TV comercial, internet, YouTube, Ipod, rádio comunitário, TV comunitária, o que for.
. Não esquecer que as vendas de computadores dispararam (
clique aqui para ler a entrevista com o presidente da Positivo Informática), vem aí o computador de US$ 100 do Negroponte, e a Infovias.
. Quando Franklin Roosevelt se elegeu a primeira vez, de cada dez jornais americanos, 6 eram contra ele.
. Roosevelt deu o salto à frente na tecnologia: foi para o rádio e criou o “fireside chat”, o “café com o presidente”.
. Hoje, o DailyKos, um blog, é um ponto de referência política nos Estados Unidos.
. Dias atrás, organizou uma convenção em Chicago dos representantes das “net roots”, com 1.500 participantes e TODOS os candidatos à Presidência pelo Partido Democrata.
. É a democracia on line.
. A multiplicação das possibilidades de criar espaços públicos de discussão.
. Meu amigo Fernando Lyra tem um neto de seis para sete anos que compartilha o computador dele.
. Um dia, Fernando chegou em casa, abriu o computador e estava num site: “chupandorola.com.br”.
. Chamou o neto e perguntou: “Menino, o que é isso aí?”
. O menino respondeu: “Sei não, eu tava passando, esbarrei o cotovelo e apareceu isso aí...”
. Já que o tema desse painel é jornalismo na TV pública:
. A maior contribuição que o jornalismo da TV pública pode dar ao Brasil é acabar com a pajelança, o vatapá em que se transformou o jornalismo da tevê brasileira – falo do jornalismo da Globo.
. Você não consegue distinguir o que é amendoim e o que é camarão seco: o que é fato e o que é opinião.
. A Miriam Leitão é o exemplo mais expressivo disso, porque, como Deus, ela é onipresente – multimediaticamente onisciente.
. Ela é “colunista” e tem o direito de dizer o que ela pensa – em qualquer mídia, sobre qualquer assunto.
. O maior âncora da televisão americana, Walter Cronkite, NUNCA deu a opinião dele.
. Deu uma única vez, na verdade.
. Ao voltar do Vietnã, onde ancorou o jornal da CBS e fez várias reportagens, achou que tinha o direito de dar a sua opinião.
. Apareceu num enquadramento diferente, com a legenda embaixo: “editorial”.
. Dizem que Lyndon Johnson viu o programa e disse: “Se eu perdi Cronkite, perdi a classe média americana”. E não se candidatou à reeleição.
.
Aqui, na TV Globo, a paginação, as cabeças, a entonação dos repórteres, a reação dos âncoras – os olhares, os sorrisos matreiros –, os assim chamados “colunistas” - tudo é um editorial.
. E o que dizem os editoriais?
. São como os três jornais nacionais impressos –
Globo, Folha e Estadão: anti-Lula, como foram, no passado, contra qualquer Governo trabalhista e a favor do regime militar.
. (Não trato da Veja, porque considero a ultima flor do Fascio.)
. O jornalismo da TV pública e da/na internet deveria se inspirar no Murdoch.
. O pai de todos os reacionários da indústria da mídia mundial se submeteu a um conselho editorial ao comprar o Wall Street Journal.
. O Murdoch se submeteu mais ao seguinte: ele não pode nomear os editorialistas do Wall Street Journal. E muito menos escolher os colunistas.
. Imagine ! O Murdoch, se quisesse, não poderia escolher a Miriam Leitão !
. A TV pública da e na Internet deveria se inspirar, de novo, no Murdoch.
. Ele comprou o Wall Street Journal para fazer uma grande plataforma na Internet, pendurar todos os produtos dele lá, inclusive os vídeos da Fox, da futura Fox Business News e da SkyNews.
. (Imaginem o que o Murdoch vai fazer na Internet com o brand “Wall Street Journal”.)
. Por falar nisso, qual vai ser o brand da TV Pública da e na Internet ?
. (Na área de televisão e sites, o Governo Federal tem, aproximadamente, 4 mil 789 brands ...)
. Mas, não podemos perder o fio da meada.
. Por que a TV pública entrou na agenda do país ?
.
Porque a mídia conservadora (e golpista !) – especialmente a edição do Jornal Nacional que ignorou o desastre da Gol para mostrar a foto dos aloprados e a cadeira vazia do presidente Lula no debate da Globo, principalmente essa edição do Jornal Nacional (a obra prima da Ali Kamel) – levou a eleição para o Segundo Turno.
. Nenhuma sociedade democrática do mundo tem uma mídia com três jornais e uma rede que, com 50% da audiência, detém 70% da publicidade.
. (Omito, aqui, de novo, a última flor do Fascio.)
.
Portanto, a questão da democracia brasileira – e isso precede e transcende o Governo Lula – exige enfrentar esse monopólio da mídia conservadora e golpista.
. (Neste ponto, li trechos da entrevista que Marilena Chauí me deu e tinha sido lida por um bom número de pessoas na platéia. Clique aqui para ler “A Invenção da Crise”, que trata do papel da mídia e da televisão na “crise aérea”).
.
A mídia conservadora e (golpista !) provou que o Presidente Lula derrubou o avião da Gol.
. Derrubou o avião da TAM.
. A queda do índice Dow Jones vai dizimar o parque industrial e as terras agriculturáveis do Brasil. Só São Paulo e a Avenida Berne – onde fica o prédio da Globo – permanecerão de pé.
. Depois da crise do Vavá, virá a do Vevé, do Vivi e do Vovó e do Vuvu.
. O Presidente Lula dá a impressão de confiar que, sempre, virá uma nova pesquisa de opinião pública para demonstrar que ele fica imune às “acusações” da mídia conservadora (e golpista!).
. Concorda com a professora Chauí: a mídia sempre será capaz de solidificar, cristalizar imagens, conceitos, estereótipos, estigmas.
. Espero que a TV pública da e na Internet, plural, com um jornalismo que distinga o fato da opinião, seja UM dos instrumentos a combater o permanente esforço golpista da mídia brasileira.
(Em tempo – esse roteiro não corresponde exatamente ao que falei. No calor da hora, mudei alguma coisa, mas não o essencial. Troquei adjetivos. Os substantivos são os mesmos ...)".

De financiamentos e patrocínios (2)

A propósito do artigo do Ali Kamel que publicamos abaixo, e que tanto clamor tem causado nos jornalistas patrocinados - Luis Nassif cunhou o trabalho da grande imprensa de "jornalismo testanto hipóteses -, publicamos trechos de notícia publicada no próprio Portal IG que demonstra onde o articulista de "O Globo" quis chegar:

"A formação de um grupo de trabalho no governo para discutir a criação de uma operadora de telecomunicações nacional, proposta anunciada na semana passada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, foi encarada com "surpresa" para os acionistas da Brasil Telecom (BrT), segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Valor Econômico".
A operadora brasileira seria o resultado de uma eventual fusão entre a Brasil Telecom, empresa controladora do Internet Group e dos portais iBest e BrTurbo, e a Oi (antiga Telemar).
(....)
O jornal também ouviu fontes ligadas ao grupo em anonimato. "Ficamos perplexos e chocados", observou fonte próxima à Brasil Telecom. "O script que imaginávamos era que o governo apresentasse um grupo para estudar as mudanças nas regras de telecomunicações e que isso abrisse caminho para a fusão", afirmou a fonte.
(...)
(...) o ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou que seria formado um grupo de trabalho para estudar a partir da fusão das empresas Oi (ex-Telemar) e Brasil Telecom (BrT). Em entrevista à Radiobras, o ministro afirmou que a nova companhia surgiria como a maior do setor nacional. "Isto se dará na medida em que duas grandes empresas brasileiras, de capital também estrangeiro, mas que tem uma maior participação dos fundos de pensão brasileiros, que são a Telemar Oi e a Brasil Telecom, possam se unir", disse.
Segundo o "Valor", os fundos de pensão, simpáticos à idéia da fusão, também teriam considerado "exageradas" as declarações do ministro. Os fundos são acionistas das duas operadoras, embora tenham participação mais relevante na BrT. Eles não votam nas decisões relativas à Oi.
(...)
Também há muitas críticas do mercado quanto a uma possível "reestatização" do setor de telefonia, já que o ministro sugeriu que haja uma cláusula de "golden share" do governo (ação especial que, por acordo de acionistas, dá direito ao seu portador de vetar ou não decisões importantes da empresa) no negócio.
(...)

Nota do Blog: Os fundos de pensão são controlados pelo governo e pelo Aloysio Mercadante, que por sua vez publicou hoje artigo, encampando as teses do jornalista Luis Nassif, e que por sua vez é patrocinado pela Petrobrás e abrigado no Portal IG. Desse saco de maldades nasceria a grande imprensa digital "chapa branca" tão sonhado pelo Lula/PT/Zé Dirceu, e seu "pau-mandado" Helio Costa.

De financiamentos e patrocínios

Está tão chato o ambiente político na internet, sem nenhuma celeuma ou quiprocó que resolvi chupar um artigo do jornalista Ali Kamel no jornal "O Globo", e que encontrei em um blog:

"A grande imprensa"

"A grande imprensa está sob ataque. Não do público, que continua considerando o jornalismo que aqui se produz como algo de extrema confiabilidade, conforme atestam pesquisas de opinião recentes. Os ataques vêm de setores autoritários e antidemocráticos, que, diante do noticiário, sentem-se ameaçados. Esses setores consideram que só é notícia aquilo que, em nenhuma hipótese, atrapalha os seus planos de poder. Não importa que alguns acontecimentos lhes sejam embaraçosos; importa que ou não sejam noticiados ou sejam levados ao público de tal forma que o efeito, para eles, seja positivo ou neutro. Já disse uma vez: isso não seria jornalismo, mas propaganda.
Evidentemente, em seus ataques eles não deixam transparecer essa verdade. Tão logo surge um evento que eles consideram desvantajoso, começam a gritar, dizendo que não é o evento que lhes faz mal, mas a cobertura da grande imprensa. Costumam seguir o seguinte padrão: mentem, atribuem à grande imprensa coisas que ela não fez e denunciam conspirações que não existem. Sempre num tom indignado, dourando a grita com defesas “apaixonadas” da liberdade de expressão e do que chamam de democratização da mídia. Um disfarce. Às vezes, publicam livros, financiados por partidos, com estudos pseudocientíficos como os que tentam demonstrar que, em 2006, os jornais penderam pesadamente a favor de Alckmin e contra Lula, no noticiário eleitoral. Tais estudos se esquecem apenas de contar que todo o noticiário sobre o mensalão e outros escândalos foi considerado prova de desequilíbrio contra Lula. Ora, se é assim, qual seria a alternativa para que o estudo apontasse equilíbrio? Não noticiar os escândalos? Mas isso sim seria perder o equilíbrio e a isenção.É uma tautologia, mas, na atual conjuntura, vale dizer: o jornalismo só é livre e independente quando não depende de nenhuma fonte exclusiva de financiamento. Quanto mais variadas forem as fontes de recursos que sustentam um jornal, uma revista, um portal de internet ou uma emissora de rádio e televisão, mais livres e independentes serão estes veículos. O leitor pode fazer o teste. Veja os anunciantes da grande imprensa e verifique: a variedade é tanta que o veículo não depende, nem de longe, de ninguém isoladamente para sobreviver. E por isso é livre. E por isso é independente. O leitor poderá fazer outro teste. Procure algum veículo que se diga livre e independente e ao mesmo tempo se dedique costumeiramente a atacar a grande imprensa e a defender este ou qualquer governo. Veja os anunciantes. Eles serão poucos e a concentração, grande. Quase sempre, será propaganda governamental. Se o veículo for um portal de internet, verifique quem são os controladores: fundos de pensão de órgãos do governo.Portanto, livre mesmo, só a grande imprensa. Só ela tem os meios para investir em recursos humanos e tecnológicos capazes de torná-la apta a noticiar os fatos com rapidez, correção, isenção e pluralismo, sem jamais se preocupar se o que é noticiado vai ser bom ou ruim para este ou aquele cliente, para este ou aquele governo. A grande imprensa sabe que o seu compromisso é com o público, que lhe dá a audiência que lhe traz publicidade. A grande imprensa sabe que o público exige informação de qualidade e que não pode ser enganado. O grande público é o que faz as suas escolhas cotidianas de acordo com o que é melhor para si, é o mesmo que tem discernimento para votar, para eleger seus governantes. Consumidores exigentes, grande público e cidadãos conscientes não são três entidades distintas, mas uma única realidade.
Na cobertura da tragédia da TAM, a grande imprensa se portou como devia. Como não é pitonisa, como não é adivinha, desde o primeiro instante foi, honestamente, testando hipóteses, montando um quebra-cabeças que está longe do fim. A nação viveu um descalabro aéreo nos últimos dez meses? Então é necessário testar qual o impacto dessa desordem no acidente (e, hoje, ouve-se o ministro da Defesa dizer que a prioridade não é mais o conforto ou a ausência de filas, mas a segurança, uma admissão cabal de que, antes, não era assim). A pista de Congonhas estava escorregadia (a ponto de no dia anterior ao desastre, uma aeronave deslizar até um canteiro e outra quase se espatifar no fim da pista)? Então é preciso verificar se a pista foi fundamental no desastre. Chegam informações de que a manutenção da TAM é falha? Então é preciso saber como estava o avião acidentado (e descobrir que ele voava com o reverso pinado). A análise da caixa preta ficou pronta? Então é preciso tentar revelar o seu conteúdo e mostrar que uma falha do piloto pode ter sido a causa do acidente. É a grande imprensa que noticia tudo isso, passo a passo, tendo apenas em mente informar o grande público, sem pensar no impacto negativo ou positivo que isso terá para o governo ou para a companhia aérea.
É assim aqui, é assim em todas as democracias. Quando do furacão Katrina, a imprensa americana, num continuum, testou muitas hipóteses: noticiou que aquela era uma tragédia anunciada, mostrou que houve cortes federais para obras urgentes nos diques que se romperam, denunciou a inépcia do governo no socorro imediato às vítimas. E a única coisa que o governo fez foi se defender, com dados e argumentos. O público pôde julgar quem estava com a razão. Ninguém ouviu de aliados de Bush que a mídia queria derrubá-lo, provocar o seu impeachment, desestabilizar o seu governo.
Já aqui, temos de conviver com essas bazófias. Porque aqui, ao contrário de lá, há quem queira que a informação esteja a reboque de projetos de poder."

Nota do Blog: O Portal IG, onde atuam os jornalistas Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Alberto Dines, entre outros, e também o José Dirceu é propriedade da Brazil Telecom.

A margarida e o espinho...


sábado, 18 de agosto de 2007

O jornalismo canalha

Não tenho grana para comprar VEJA. Me alimento do conteúdo gratuito da Internet. Por isso quando li o post no blog do Luis Nassif sobre as "elites" corri para o site da VEJA para ver se a tal matéria que ele se referia estava disponível. Lá encontrei, além do título que "...um livro prova que, ao contrário do que propalam os esquerdistas, a elite nacional é o farol da modernidade. Ela acredita na civilidade." Num outro blog fiquei sabendo que se trata de "A Cabeça do Brasileiro (Record; 280 páginas; 42 reais), do sociólogo Alberto Carlos Almeida". Grande jornalismo esse o que se faz no portal British Telecom/IG. O que é conclusão de uma pesquisa passa a ser a opinião de VEJA. No portal da BBC tem uma matéria que diz "reflorestamento é melhor que biocombustíveis". Lendo o lead da matéria na capa da edição on-line pode parecer ser essa a opinião da BBC, mas não é. É apenas a conclusão de um estudo. Da maneira que Luis Nassif escreve o post sem essas informações acessórias começo a duvidar das intenções do blog dele, a serviço de quem ele esta, e me pergunto como pode um jornalista se achar imparcial depois de uma dessas. Talvez melhor seria falar do autor do livro, Alberto Carlos Almeida que numa outra ocasião escreveu o livro "Por que Lula?", onde ele põe a nu os financiamentos de campanha do presidente e do PT. Para ele "esse negócio de arrecadar dinheiro em festa do PT acabou há muito tempo. O financiamento da campanha deixou de ser pela base do partido. Ele passou a contar com o financiamento da elite. Ele (Lula) entrou no jogo da elite brasileira". Como se vê, a elite que o moço esta se referindo não é a mesma que o jornalista Luis Nassif quer indicar, a tal do "Cansei!". Mas sim aquela que vive as custas dos patrocínios oficiais, das verbas públicas, do roubo descarado do dinheiro da nação. Pelo jeito Lula passou a ter a preferência nacional definitiva, a do povão e a das "elites".

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

"I wanna be like Osama"

A musa da vaia




A cidade de Campos dos Goytacazes oferece a sua candidata a "Musa da Vaia". Uma gracinha!

De que lado está a verdade?

Será que ele fala a verdade:

LULA - "Essas pessoas que criticam o Bolsa Família não criticam uma bolsa de US$ 2 mil para um doutor se formar no exterior".

O GLOBO (sobre as bolsas de doutorado que a CAPES está oferecendo na França): "O selecionados receberão passagens aéreas, mensalidades de 1.100 euros, auxílio instalação e seguro".

Cabe a pergunta: deve-se proibir aquele que mata sua fome de conhecimento e saber para gerar riqueza, e outro mate sua fome de alimentos?

Os que estão a favor e contra a CPMF

A votação da CMPF na Câmara dos Deputados mostrou os que são contra ou a favor da "garfada" de R$ 627,00 no bolso de cada família brasileira. Eis o resultado:

Votaram A FAVOR DA CPMF os Deputados:
Benedito de Lira,
Geraldo Pudim,
Gerson Peres,
Ibsen Pinheiro,
José Eduardo Cardozo,
José Genoíno,
Leonardo Picciani,
Magela,
Maurício Quintella Lessa,
Maurício Rands,
Mauro Benevides,
Mendes Ribeiro Filho,
Nelson Pellegrino,
Nelson Trad,
Neucimar Fraga,
Odair Cunha,
Paes Landim,
Paulo Maluf,
Paulo Teixeira,
Sérgio Barradas Carneiro,
Vilson Covatti,
Vital do Rego Filho,
Wilson Santiago,
Alexandre Santos,
Antônio Carlos Biffi,
Domingos Dutra,
Eduardo Cunha,
Luiz Couto,
Odílio Balbinotti,
Carlos Brandão,
Ronaldo Cunha Lima,
Flávio Dino,
Márcio França,
Sérgio Brito,
Valtenir Luiz Pereira,
Wolney Queiroz,
Beto Albuquerque e
Sarney Filho.

Votaram CONTRA A CPMF os Deputados:
Marcelo Itagiba,
Régis de Oliveira,
Arnaldo Faria de Sá,
Hugo Leal,
Antônio Carlos Magalhães Neto,
Ayrton Xerez,
Eduardo Sciarra,
Fernando Coruja,
Felipe Maia,
Índio da Costa,
José Carlos Vieira,
Mendonça Prado,
Moreira Mendes,
Roberto Magalhães,
Silvinho Peccioli,
Paulo Bornhausen
William Woo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Pega o ladrão!

Aprendi com a ditadura que caso você "caisse" em público por algum motivo saisse gritando bem alto seu nome e CPF para todo mundo em volta ouvir. Era para o caso de que algo "grave" acontecesse seus parentes e amigos pudessem achá-lo no primeiro "dops" da vida. O conselho vale até hoje: ao perigo, tendo alguém por perto botem a boca no trombone, com nome e CPF.

Ah, bem...!

Pelo menos até agora o "feed" do blog no Orkut voltou...

XÔ, CPMF!

Esta é a mensagem que você pode enviar para os parlamentares do seu estado clicando aqui:
"Prezado Parlamentar, É como eleitor e cidadão que escrevo esta mensagem. A CPMF deve acabar em 31 de dezembro de 2007. É assim que prevê a Lei e é assim que o povo brasileiro quer. Por isso, conto com você para representar esse desejo. Vote NÃO para a prorrogação da CPMF e fique ao nosso lado. Nossa Constituição deve ser respeitada assim como o dinheiro de todo o trabalhador. Atenciosamente"

Censura!

A última charge que postamos tirou nosso blog dos "feeds" das páginas do Orkut. Quem tem Orkut tente e verá: fomos censurados! Belo trabalho da PF, que mantêm um funcionário lá proibindo tudo que seja contra o governo.

Profissão, repórter

"O perigo desses senhores do governo é quando procuram substituir a competência que lhes falta pela esperteza que lhes sobra".
Joel Silveira

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

A nova propaganda do Banco do Brasil...


Eu sou você... amanhã!

PARTE 1
a) Na Argentina foi encontrado um embrulho com 60 mil dólares no banheiro da ministra da fazenda.
b) No Brasil foram encontrados 50 mil reais na cueca do irmão do presidente do PT.
PARTE 2
a) No Brasil foi encontrada uma mala com 300 mil reais, de petistas, na eleição de 2006.
b) Na Argentina foi encontrada uma maleta com 800 mil dólares num jatinho aonde vinha da Venezuela um assessor do presidente. Os responsáveis perderam seus cargos, mas não seu dinheiro e muito menos sua influência e menos ainda, processados.

E não é que ele tem razão...

E depois metem o pau no FHC quando ele diz que a parada de 7 de setembro é uma "palhaçada": "O governo federal vai pagar R$ 2,2 milhões à empresa goiana de rodeios João Palestino Eventos, para organizar a parada de 7 de Setembro, em Brasília. Ano passado gastou R$ 1,4 milhão". Só falta contratar o Beto Carrero para treinar os soldados.

O homem e o mito

Quanta burrice e ignorância nos comentários que tenho lido a respeito da entrevista do João Moreira Sales com o Fernando Henrique Cardozo. Querer colocar a entrevista como um texto do jornalismo político é esquecer as origens de documentarista do autor. Quem assistiu "Entreatos", e o documentário que ele fez com seu mordomo entenderá melhor a qualidade do texto da entrevista. O respeito que João tem pela figura humana, seu nível de educação, cultura e delicadeza o distanciam dessa coisa torpe da polílitica nacional. Assistindo (lendo) aos 3 trabalhos nota-se que FHC é um senhor com quase 80 anos; Lula um operário que chegava ao poder, e seu mordomo um humilde servo deslumbrado com aristocracia. Em nenhum momento João buscou a opinião de FHC sobre política, se ele a dá é porque quer. Assim como não buscou a do Lula, e nem quis saber do seu mordomo o que pensava sobre a luta de classes. Buscou em todos, com olhar de documentarista a simplicidade do gesto, o distanciamento na atitude pública, o sentimento daquele momento. Em "Entreatos" quando Lula entra na barbearia e fala ao barbeiro que ele poderia estar diante do presidente, a câmera não destaca uma pretensa arrogância, mas sim a felicidade do trabalhador, prestes a dirigir a nação. Quando seu mordomo se posta com humildade diante do ex-patrão seu olhar busca apenas o orgulho do homem que conviveu com a aristocracia. Com FHC nada diferente: imagina-se diante de um ex-presidente que humildemente deixa-se mostrar sem sapatos diante do raio-x de um aeroporto. Seu olhar procura o homem que nada guardou da pompa e circunstância do cerimonial. Massacrar FHC é esculhambar com o talento do João. Imagina o que essa gente faria diante de uma foto, de uma obra em um museu de um Hitler regando flores pintado por um Picasso, por exemplo. Seriam capazes de empastelar e de jogar ao chão. Não gosto do Lula, mas assisti "Entreatos" com o olhar pregado na tela, fixado naquela câmera ágil que busca, não a propaganda de um partido mas o homem, conseguindo estabelecer o contraste com aquilo que viria depois. Com FHC deu-se o contrário. Derruba o mito do imperador que alguém na mídia tentou vender.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

FHC, o bon-vivant

Já que está todo mundo postando segue o link da entrevista de Fernando Henrique Cardozo à João Moreira Sales da Revista Piauí. Clique aqui.
João Moreira Sales é aquele do "Entreatos", documentário que registra a vitória do Lula no primeiro turno, e que aparece ganhando um esporro do Zé Dirceu. Antes, quase dançou quando filmou o tráfico do Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro. Há poucos dias vi também um outro documentário seu, em que registra em uma entrevista a sua gratidão ao ex-mordomo da sua família. Aliás, para quem não sabe seu pai foi dono do Unibanco, e seu irmão mais velho Walter Moreira Sales quase ganhou o "Oscar" de melhor filme estrangeiro. Analisando a entrevista imaginei-o com duas cameras registrando tudo. Deve ter mais coisa, ou ele não entregaria tudo na revista. As imagens que virão (posso apostar) futuramente vão levantar a bola do FHC, e dirão o quanto ele se tornou um bon-vivant, ao lado do Clinton e do Mandela, vivendo do prestígio que lhe deu sua carreira de intelectual de esquerda, ligada a presidência de uma república de bananas como o Brasil, cuja capital para os gringos é Buenos Aires. E pensar que o Lula pensa em seguir o mesmo caminho decadente, tomando pinga com os companheiros nos bares de São Bernardo, contando do dia em que quase comeu a Sheila Mello (se não...). Nada pior do que dirigir um país como este. Te dão as maiores mordomias enquanto no poder, para depois você ter que sair por ai comendo comida vagabunda em quartos de pensão.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Assim tá!

A briga aqui é outra. Contra ou a favor cada um tem dizer a que veio. O que não pode é esse bando de jornalistas desempregados, que mamaram nas tetas da grande mídia durante anos querer vir para a internet e pensar que estão na redação dos jornais, do alto da sua empáfia, de um pseudo estilo, querendo cagar regra daqui para a mídia impressa. Ainda não entenderam como as coisas funcionam, o imediatismo da informação, a rapidez do fato. Não possuem senso de humor... São uns idiotas. E não falo só daqueles do outro lado - Luis Nassif, Paco Amorim, Alberto Dines, todos patrocinados pelo governo e funcionários da multinacional British Telecom - falo também de Reinaldo Azevedo, que quando se acha vira um chato. E só para dar um exemplo vai aí um endereço de um blog "daqui", da internet (os caras podem até ser ex-grande mídia, mas não tem cara de canalhas). O site é http://www.tocansadinho.blogspot.com/. É por aí o caminho do jornalismo político na web.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Estamos com cara de estátua


Ser classe média é...

Vestir roupões de linho egípcio;
Deslizar pelas ruas de Brasília num Ômega australiano;
Fumar cigarrilhas holandesas;
Beber os melhores vinhos...
E os mais confiáveis escoceses.
E com um pouco de sorte
ser eleito presidente
e ter tudo isso de graça!

A "brigada" de Curitiba

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Não tem trégua!

"Quem tem boca vaia Lula; quem tem boquinha, não". VAIA NELE!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A tal da classe média

Acho que estão cometendo um erro nessa história de querer conceituar a classe média conforme os parâmetros do grupo social dos que escrevem na mídia. Ao contrário do tal do proletariado, ou dos chamados ricos, a classe média subdivide-se em "n" categorias. Pelos economistas é enumerada de "A a Z", pelos políticos de "alfa" a "omega". Em todos esses anos de vida já estive em todos os andares dela, e apoiei desde Carlos Lacerda a Brizola. Agora que habito o mundo virtual comecei a enxergá-la de uma forma muito mais heterogênea. Venho acompanhando alguns blogs rotulados de "direita" desde a invasão da USP. Encontro neles quase que uma síntese do pensamento desta classe, mas as vezes me desencontro, e fico puto, principalmente quando eles pensam que estão escrevendo para o público que lê. Será que ainda não refletiram que quem está na Internet a essa hora (escrevo este post às 15:40hs) está em casa, ouvindo rádio (que pode ser notícia ou música). Ou então matando tempo no trabalho, ou na faculdade. E este sujeito não é classe média? Está coçando, fazendo aquilo que aquele filósofo italiano está pregando, o chamado "ócio criativo". E não são só os jovens não... É gente de toda idade. Em nosso blog, por exemplo adotamos a musiquinha do sujeito com cara de proletário como hino, a qual demos o nome do nosso manifesto (virou a "melô do "caguei!""). Ao mesmo tempo metemos o pau naqueles babacas de Ipanema, que não são classe média não... São riquinhos com nome e sobrenome conhecidos, bens, patrimônio e o escambau. O problema da classe média é que os de cima se acham ricos (para dentro), e para fora se dizem "de classe média". Então é preciso botar ordem na casa e depurar. Tem rico se dizendo "de classe média", assim como tem proletário que "se acha". Vai na periferia e pergunta. Ser "classe média" é muito mais um estado de espírito do que uma situação. Parem com essa história de sair em defesa de uma classe que não tem cara, que não tem caráter (bom ou ruim) estando mais para "macunaíma" do que para qualquer outra coisa. No nosso caso já está bem claro:

NÃO SOMOS DE DIREITA NEM DE ESQUERDA, MAS DE CLASSE MÉDIA. NÃO ESTAMOS A FAVOR DO QUE É CERTO EM NENHUM GOVERNO, MAS DAQUILO QUE FAVORECE A GENTE. SOMOS CONTRA O QUE É ERRADO, MUITO MAIS PELO QUE NOS PREJUDICA EM PARTICULAR DO QUE PELO INTERESSE DO POVO. SOMOS CONTRA QUALQUER PARTIDO POLÍTICO E ESCREVEMOS SOBRE POLÍTICA PORQUE NÃO GOSTAMOS DO PT, DE LADRÕES, DE GENTE QUE VIVE PENDURADA NA POLÍTICA NACIONAL PARA SE LOCUPLETAR (ERGH!). FAZEMOS PARTE DA NOVA ESCOLA DE JORNALISMO LANÇADA NA INTERNET POR PACO AMORIM NA QUAL IRRITAR É MUITO MAIS LEGAL DO QUE FALAR A VERDADE (HE,HE,HE!!!).

E ponto!