sábado, 1 de dezembro de 2012

"Lula e Rose eram amantes desde 1993"


Do Blog de Reinaldo Azevedo - Veja Online

"Jornal decide contar ao leitor o que os jornalistas e o governo sabiam há muito: Lula e Rosemary, no centro do novo escândalo, eram amantes desde 1993.

Um homem público ter uma amante é ou não assunto relevante? Nos EUA, basta para liquidar uma carreira política, como estamos cansados de saber. Foi um caso extraconjugal que derrubou o todo-poderoso da CIA e quase herói nacional David Petraeus.

Desde quando estourou o mais recente escândalo da República, todos os jornalistas que cobrem política e toda Brasília sabiam que Rosemary Nóvoa Noronha tinha sido — se ainda é, não sei — amante de Lula. Assim define a palavra o Dicionário Houaiss: “Amante é a pessoa que tem com outra relações sexuais mais ou menos estáveis, mas não formalizadas pelo casamento; amásio, amásia”.

Embora a relação fosse conhecida, a imprensa brasileira se manteve longe do caso. Quando, no entanto, fica evidente que a pessoa em questão se imiscui em assuntos da República em razão dessa proximidade e está envolvida com a nomeação de um diretor de uma agência reguladora apontado pela PF como chefe de quadrilha, aí o assunto deixa de ser “pessoal” para se tornar uma questão de interesse público.

O caso, com todos os seus lances patéticos e sórdidos, evidencia a gigantesca dificuldade que Lula sempre teve e tem de distinguir as questões pessoais das de Estado. Como se considera uma espécie de demiurgo, de ungido, de super-homem, não reconhece como legítimos os limites da ética, do decoro e das leis.

Outro dia me enviaram um texto oriundo de um desses lixões da Internet em que o sujeito me acusava de “insinuar”, de maneira que seria espúria, uma relação amorosa entre Rose e Lula. Ohhh!!! Não só isso: ao fazê-lo, eu estaria, imaginem vocês!, desrespeitando Marisa Letícia, a mulher com quem o ex-presidente é casado. Como se vê, respeitoso era levar Rose nas viagens a que a primeira-dama não ia e o contrário.

Mas isso é lá com eles. A Rose que interessa ao Brasil é a que se meteu em algumas traficâncias em razão da intimidade que mantinha com “o PR”. Lula foi o presidente legítimo do Brasil por oito anos. A sua legitimidade para nos governar não lhe dava licença para essas lambanças. Segue trecho da reportagem da Folha. 

A influência exercida pela ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, no governo federal, revelada em e-mails interceptados pela operação Porto Seguro, decorre da longa relação de intimidade que ela manteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rose e Lula conheceram-se em 1993. Egressa do sindicato dos bancários, ela se aproximou do petista como uma simples fã. O relacionamento dos dois começou ali, a um ano da corrida presidencial de 1994.

À época, ela foi incorporada à equipe da campanha ao lado de Clara Ant, hoje auxiliar pessoal do ex-presidente. Ficaria ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido. Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, jamais escondeu que não gostava da assessora do marido. Em 2002, Lula se tornou presidente. 

Em 2003, Rose foi lotada no braço do Palácio do Planalto em São Paulo, como “assessora especial” do escritório regional da Presidência na capital. Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que, na semana retrasada, foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal.

Sua tarefa era oficialmente “prestar, no âmbito de sua atuação, apoio administrativo e operacional ao presidente da República, ministros de Estado, secretários Especiais e membros do gabinete pessoal do presidente da República na cidade de São Paulo”. 

Quando a então primeira-dama Marisa Letícia não acompanhava o marido nas viagens internacionais, Rose integrava a comitiva oficial. Segundo levantamento da Folha tendo como base o “Diário Oficial”, Marisa não participou de nenhuma das viagens oficiais do ex-presidente das quais Rosemary participou.

Procurado pela Folha, o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, afirmou que o ex-presidente Lula não faria comentários sobre assuntos particulares.

Como se vê, Lula considera Rosemary um “assunto particular”, o que soa como confissão. Só que ela era chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo. O Brasil pagava o salário do “assunto particular” do Apedeuta. Ainda assim, ela poderia ter sido uma funcionária exemplar. Não parece o caso…

É um modo de ver a República. O mesmo Lula que classifica a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo de “assunto particular” não distingue a a linha que separa o interesse público de seus impulsos privados.

PS – Não deixem que a sordidez da história contamine os comentários. Há sempre o risco de se ultrapassar a linha do decoro em temas assim. Façam o que Lula não fez."

Augusto Nunes: "Rose é Amante do Lula!"

Foi com a pulga atrás da orelha que joguei no Google "rose amante lula", e olha o que encontrei, nada mais nada menos do que aquilo que já desconfiava:


"Colunista de Veja.com diz que jornalistas devem "dispensar-se de cautelas farisaicas". É hora, diz ele, de "contar o que muitos sabem desde o século passado". Ex-diretor de redação que, nos seus  tempos de glória, ocultou deliberadamente o romance entre FHC e uma jornalista da Globo, hoje compara a ex-chefe de gabinete da presidência à Marquesa de Santos, amante de Dom Pedro I; abriu-se a porteira

247 - Entrevistado por Palmerio Doria, para uma reportagem da revista Caros Amigos, sobre os motivos que levaram todos os diretores de redação da imprensa brasileira a omitir, durante oito anos, um romance entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e uma jornalista da Globo (a repórter Miriam Dutra), o jornalista Augusto Nunes saiu-se com uma explicação que é a negação do jornalismo. Se um desse, todos dariam. Se ninguém publicasse, ninguém publicaria. Ou seja: um pacto de silêncio. Neste sábado, a Folha encontrou mil maneiras de dizer que Rosemary Nóvoa de Noronha é amante do ex-presidente Lula sem usar a palavra proibida. Reinaldo Azevedo, que já havia chamado Rose de "a mulher do Lula", destacou o texto. E, agora, Augusto Nunes dispara: "Rose é amante de Lula". O blogueiro de Veja.com comparou ainda a personagem à Marquesa de Santos, amante de Dom Pedro I. Leia:

Lá na terra de onde eu venho, uma amiga como Rose tem duas letras a mais

Amante, segundo o Aurélio, é a palavra que se aplica a "pessoa que tem com outra relações extramatrimoniais". O dicionário autoriza o uso dos sinônimos amásia, concubina e amiga. Assaltada por um surto de pudicícia, a imprensa escolheu a terceira opção para referir-se a Rosemary Noronha.

Depois da reportagem publicada pela Folha neste sábado, traduzida brilhantemente por Reinaldo Azevedo, os jornalistas podem dispensar-se de cautelas farisaicas e contar o que muitos sabem desde o século passado: Rose é mais que amiga de Lula. É amante.

Em Taquaritinga, ninguém confunde amizade com amigação. Lá na cidade de onde eu venho, todo lula-com-rose " seja ele o prefeito ou o mais humilde eleitor " não tem uma amiga: tem amigada. As duas letras a mais eliminam quaisquer dúvidas adubadas por ambiguidades.

Estou invadindo a privacidade do ex-presidente? Conversa fiada. A descoberta de mais uma quadrilha acampada na administração federal reafirma que quem confunde o público e o privado é Lula. Ele garantiu o sustento de Rose com o dinheiro dos pagadores de impostos. Quem transformou uma relação íntima em gazua foi ela.

O noticiário sobre o escândalo da vez, que está apenas em seu começo, precisa substituir imediatamente esse pundonoroso "amiga" pela expressão correta. Amigada, admito, soa um tanto vulgar. "Amásia" lembra manchete de jornal de antigamente. "Concubina" é adereço de monarquias. Fiquemos com a velha e boa "amante".

Como os seus sinônimos, "amante" tem numerosas contra-indicações e os efeitos colaterais podem ser devastadores. Mas é a palavra certa. E o primeiro mandamento do jornalismo ordena que se conte a verdade.

PS: Reproduzo e endosso o recado de Reinaldo Azevedo aos leitores: "Não deixem que a sordidez da história contamine os comentários. Há sempre o risco de se ultrapassar a linha do decoro em temas assim. Façam o que Lula não fez"."

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quem Deixa Rastro é Caramujo

O que causa estranheza nessa troca de emails entre a secretária de Luis Inácio e seus comparsas, não é o conteúdo, mas sim o meio utilizado: o computador da Presidência da República. 

Fosse o computador da casa dela, da sua filha, da lan-house, sei lá... Tudo bem! Tratava-se de um pedido que qualquer um faz em conversa privada numa festinha de aniversário. 

Mas usar o computador da Presidência com tanta desfaçatez e simplicidade é muita cara de pau. 

Fosse dono de firma, presidente de empresa, político ou qualquer coisa que valha proibiria intimidades na troca de emails em assuntos consoantes ao trabalho. Ia ser só Sr., Sra., Prezado e o escambau. 

A intimidade tira o foco e leva o assunto para um departamento que dá espaço para diversas interpretações.

Agora está lá escrito, e o senhor Luis Inácio não tem como dizer que não fazia parte da gang. 

Certa vez assisti um guardinha propondo uma propina a um cidadão. Este que se dizia autoridade, não tinha a grana e se dirigiu a um terceiro, por telefone para pedir, que por sua vez pediu para falar com o guardinha.

Foi quando o guardinha experto exclamou: "Ô meu irmão!!! Tua acha que eu sou otário de falar nessa porra e deixar rastro. Quem deixa rastro é caramujo, rapaz!" 

É isso ai. Vivendo e aprendendo.

Viva o Estado Palestino!

O recente conflito entre palestinos e israelenses deixou um saldo de violência maior que o conflito de 2008, embora com número de mortos menor. 

Com a maciça presença da imprensa durante os embates - a Rede Globo, quinta rede de teve do mundo esteve presente no antes e depois com Caco Barcelos e equipe -, o mundo pode ver em detalhes o horror de ambos os lados, e a arrogância de (parte) do povo judeu diante do conflito. 

Com a clara vitória moral do Hamas, e os benefícios do crescimento do apoio militar e financeiro árabe depois da "primavera" ficará difícil para Israel e seus aliados americanos manter a cega política de "terra pela paz", negando-se a reconhecer as fronteiras de 1967 como base para o acordo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Folha de São Paulo e sua publicidade disfarçada

A Folha de São Paulo passou a cobrar pela leitura do conteúdo do site, com uma franquia para os não assinantes de 20 matérias (não cadastrados) e 40 matérias (cadastrados). 

Só que ela usa as redes sociais para anunciar as matérias do site. 

Apenas uma pergunta: Se as matérias são cobradas, ficando seu acesso proibido para além da franquia seriam estes posts no facebook "publicidade"? Não deveriam estar na coluna de "links patrocinados", ou seja, publicidade?