quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Os reis e rainhas da Suprema Corte

Só entende de democracia quem um dia perdeu!
Os mais jovens, os que vivem a liberdade da internet não sabem viver sob um regime autoritário, com seu pensamento e criação sob censura, num estado autocrático em que os direitos individuais não são respeitados, e em que os poderes não tem autonomia necessária para exercer suas funções.
Os tribunais da rua só existem nas revoluções, e a barbárie é coisa do ódio e rancor.
Recentemente tivemos a morte de Fidel Castro, e muitos lembraram dos assassinatos praticados pelos tribunais revolucionários, sob o aplauso do povo, ensandecido contra o ditador Fulgêncio Batista.
A voz das ruas deve ser ouvida como elemento de pressão, ajuste das decisões dos governantes, daqueles que legislam e que regem as leis.
Não podemos cair nessa armadilha de que o STF é a nossa única voz.
Quer queiram ou não esse congresso que está ai foi eleito com nosso voto, e expressam o pensamento de diversas parcelas da população.
Quando aquele político que nos representa sai do rumo, a gente faz pressão, usa a rede, marcha, se manifesta, mas não co a intervenção do judiciário sobre suas cabeças.
É preciso manter a calma e reconhecer que estamos vivendo uma crise institucional. 
Não podemos misturar a nossa torcida por este ou aquele grupo com o fim da democracia, e esta está ai para que nos sintamos livres, sem opressão, com nossos direitos constitucionais respeitados.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O que está faltando?!


Os interesses das autoridades que promovem o abuso

Por que a imprensa é contra a chamada 'lei de abuso de autoridade"?
Por que ela prevê cadeia para magistrado ou membro do MPF que emitir opinião sobre inquérito ou permitir que cheguem ao conhecimento de terceiros fatos que violem sigilo legal.
O problema não é tanto emitir opinião, mas vazar para a imprensa como vem fazendo costumeiramente o MPF documentos que, a princípio, estão sob sigilo. Opinião tinha o procurador Joaquim Francisco dos tempos do FHC. Os de agora tem interesses.
Não sou contra se investigar ou delatar alguém, mas quando o documento vazado chega as mãos da imprensa, quase sempre cessa o interesse público e começa a haver o interesse político.
Procuradores não estão isentos de cor partidária, assim como jornalistas também não. Há procuradores do PSDB, PMDB como existem outros do PT. Há jornais que tendem para a direita, assim como jornais que tendem para esquerda.
Essa guerra vem atingindo o mundo político sem exceção, mas os maiores favorecidos são os rentistas, aquele que vivem de vender o seus dinheiro, bancos e corretoras.
No caso brasileiro a Bolsa de Valores vinha num crescimento exuberante por conta daqueles que apostaram na saída da Dona Janete.
Com todo esse blablablá contra a PEC do Teto, a Reforma do Ensino e da Previdência, com quebra quebra nas ruas e tudo mais, muita gente começou a montar posição no sentido contrário do otimismo, apostando que a Bolsa retornaria aos 58000 pontos.
Assim como o Eduardo Cunha era um excelente player do mercado de capitais, não duvido que já tenha gente entre procuradores e jornalistas se acostumando com a ideia de ganhar dinheiro com informação, e apostando suas fichas no mercado de capitais.
Não creio em coincidências entre fatos políticos e econômicos, alguma coisa há por trás disso, de toda essa pressão num momento que caminhávamos para um 'gran finale' no mercado financeiro.
Se a coisa era só política, por que não se vazou quando as plaquinhas do "fora temer" agitavam os festivais de cinema?
Nessa história não tem santo, e o pacto com os diabinhos da Odebrecht foi a saída mais lucrativa para todos, jornalistas e procuradores.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

domingo, 11 de dezembro de 2016

Quando o capeta se entranha na justiça

No processo político atual existem duas grifes de bastante sucesso, a grife "Lava Jato" e a grife "Odebrecht".
A primeira, super do bem, engrandece seus autores, tidos como uma varinha mágica que toca fundo no bolso dos corruptos e frequentadores.
A outra é tida pela imprensa como um demônio, que atemoriza qualquer um que tenha seu nome pronunciado pelos seus capetas.
No início, os capetas da Odebrecht bem que tentaram satanizar a Lava Jato mas depois de alguns documentos banhados a enxofre e água benta, recuaram.
O alvo principal da Lava Jato são os demônios que se apossaram do corpo da Petrobrás, roubando sua alma e distribuindo propinas entre seus zumbis lulopetistas.
Seu principal ritual de exorcismo é a chamada 'delação premiada', ritual que levou as investigações direto as entranhas do tinhoso, ao poderoso deus das trevas Luis Inácio, o diabo em forma de gente.
Esse poderoso ritual, de tão famoso ganhou vertentes, e hoje delações premiadas, tão temidas no passado por serem seus participantes chamados de dedo-duros, funcionam como antídoto contra partidos e políticos, sempre preparados por experientes zumbis a serviço do petismo, contra seus inimigos. os quais destituíram sua rainha do mal.
E é desse ritual que se serve um certos procuradores, incrustados como ETs na PGR.
Mas seus rituais de delação de nada valeriam se não houvesse um "vade retrum", uma palavra que quando pronunciada causasse medo e pavor. E essa palavra é "Odebrecht"! 
Qualquer coisa, qualquer dito, qualquer situação que não esteja ligada diretamente a Petrobrás, loteamento de cargos, familiares sem talento em ritmo de ascensão, quando associados a essa demoníaca grife causam pavor, excitando os exorcistas de plantão, discípulos do capeta, ora na imprensa, ora nas mídias digitais.
E para que permaneçamos para sempre no inferno, Satanás, o rei da mentira, criou um time de capetas exemplar, delatores de respeito, que a cada vazamento conseguem abalar os pilares da república com suas declarações.

Fora Temer! Que venha um pior

Quando se pensa que tudo vai bem, com a inflação recuando, a Petrobrás sendo recuperada, os graves problemas do ensino sendo ajeitados, Bolsa de Valores em plena exuberância financeira, dólar mantido nos eixos, e desemprego quase que estabilizado, vem a realidade a nos mostrar que nosso otimismo pessoal é coisa de doido, de quem vive a pensar que a maioria vê a realidade da mesma maneira que a gente.
A pesquisa de hoje do Datafolha mais do que um retrato é a antecipação de que a realidade pode se tornar pior, mesmo que tudo demonstre que o melhor está acontecendo.
Aos poucos vai se cristalizando entre os brasileiros um sentimento de que o impedimento de Dona Janete e sua trupe, não é fruto da sua incompetência administrativa, nem dos desmandos e da roubalheira nos cofres da Petrobrás, mas sim do açodamento e ambição de um determinado grupo de políticos.
Não posso acreditar que se queira a todo custo, que sejamos dirigidos por um salvador da pátria, alguém que aceite o que está errado, e que venha a nós trazer a felicidade errando mais e de novo.
O Brasil vive uma séria crise fiscal, mas ao invés de um ajuste clamam por mais impostos, que venham cobrir os rombos que o desajuste causou.
Essa é a leitura que faço do pessimismo da pesquisa de hoje, ninguém aceita repartir o sacrifício, que deve ser pago por alguém, que teve a ilusão que o impeachment resolveria tudo sozinho.
Se é assim, vamos engrossar o coro a favor do pior, "Fora Temer!"