quinta-feira, 29 de maio de 2014

Não levem a rede a sério!


Não sou do ramo da notícia, do jornalismo factual.
Meu negócio é escrever por prazer, por isso escrevo neste blog e numa rede social.
Tenho a notícia enquanto repercussão e não como informação.
Enquanto o blog (dos outros) se presta mais ao debate, a polêmica, a rede social se presta a repercussão.
E sabe por que? Pelo tal do "trend".
São os “trending topics” que hoje movem a decisão de governos e pessoas, nestes tempos de marketing ideológico.
Nas redes sociais você influencia, enquanto num blog registra-se o blá-blá-blá do noticiário.
Aqui um parêntese, essa história de se fazer jornalismo no rádio e na teve com um tablet na mão, de olho na “tendência” das redes sociais, mereceria uma análise dos especialistas.
Sou de um tempo em que um blog se prestava mais ao debate, a formação de opinião.
Hoje com o advento das chamadas redes políticas, da contra informação, dá mais trabalho.
É checar, checar e checar, e muitas vezes não chegar a lugar nenhum, se mantendo mal informado.
Já na rede, existe uma mistura de mediocridade, com intimidade e fofoca que para mim é maravilhosa.
A rapidez com que costumes são derrubados e que reputações caem com apenas um clique, mostram o fundo do poço do tecido social.
E é essa liberdade absoluta que me fascina na rede social, e por isso daqui não saio dela.
Luis Fernando Veríssimo com seu comentário sobre o tempo maluco em que vivemos, com a rapidez em que a rede social promove qualquer explicação que se dê para um fato, bastando que sirva é que tem razão.
E quando a explicação de um fato apenas “serve”, é por que ela não é séria.