sábado, 8 de junho de 2013

Também Quero Meu Pedacinho de Chão!

O Globo - Índios reunidos no planalto
Os que ficam por ai tomando as dores dos indígenas deviam ler o relatório da Embrapa que diz que até índio paraguaio está vindo para cá reivindicar terras.
Não existe questão indígena no Brasil. 
O que existe é questão fundiária, ou seja, pouca terra para muito índio, os verdadeiros e os não.
É a mesma questão dos quilombolas. Os que conseguiram permanecer em guetos de áreas valorizadas, e sem invasão por gente pobre estão tendo seus direitos reconhecidos.
Já os outros não, tornaram-se favelados envolvidos pela miséria urbana.
Minha avó e tias-avó foram escravas libertas, sendo que uma delas morava ali pelo Fonseca, em Niterói, numa região de encosta.
Para mim, ainda moleque aquilo não se parecia com uma favela.
E a vizinhança, em sua maioria era de negros.
Hoje consigo perceber que aquele lugar era um quilombo, com muita festa e comedoria de hábitos escravos (alguns comiam sentado no chão e com as mãos).
Só que o desejo de ascensão social era grande, e a maioria deixou o lugar que, lentamente se transformou numa favela.
Já pensou o bafafá que ia dar se minha família e os outros reivindicassem o lugar?

O Dono do Circo das UPPs

O Globo - Comércio fechado na região da Central após morte de bandido
Essa política de segurança do RJ não existe!
É a mesma política de segurança dos tempos do Brizola e do Moreira.
A única diferença é que as instalações policiais subiram o morro, ao invés de ficarem no asfalto.
O tráfico continua correndo solto, e o maior indício é que não diminui o número de viciados, ou aumentou o números de filhinhos de papai se internando em clínicas de reabilitação.
Antes o viciado que curtia uma balada na Zona Portuária, na Lapa ou na Barra era escrachado quando subia o morro para comprar droga, agora está tudo em paz.
Tem até local para consumo estabelecido, com os gringos adorando subir e descer ladeira.
Ou seja, onde existe consumo existe tráfico, e onde existe tráfico existe bandido.
O que a UPP faz é dar segurança a quem já é dono da boca, não permitindo as famosas invasões e tiroteios.
O verdadeiro Secretário de Segurança do RJ é o Junior do Afroregae, que diz como tem que acontecer e permanecer, com apoio da imprensa e da Rede Globo de Televisão.
Uma palhaçada sem tamanho que brinca com a ignorância do povo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A Palestina da Novela da Globo

Boa! A novela da Globo incluiu a Palestina entre os temas da sua novela. 
Vamos ver como vai se dar essa abordagem. 
Já começaram errado, equiparando o personagem médico, que foi para lá trabalhar pela causa de um estado Palestino livre e independente, a um homem bomba.
Atualmente a Globo mantem em Jerusalém, o seu melhor e mais equilibrado correspondente, Rodrigo Alvarez, que esteve em Golan e mostrou a realidade dos sírios residentes nos arredores.
Ao invés de ficar por aqui babando sem-terra, indígenas e comunidades carentes as novelas da Globo deviam abordar mais a realidade internacional, não diga como tema principal mas dando um enfoque, uma opinião.
Ter mostrado a Turquia, e passado batido quanto as posturas do ditador Erdogan foi dose.
Com a novela da Turquia a única coisa que conseguiu foi levar brasileiros para morrer num engarrafamento de balões.   

A Hipocrisia de Barack Obama e François Hollande

O bom senso de Moscou na questão Síria é superior.
Enquanto não cessarem os envios de armamentos para ambos os lados, milícias de pró-Assad e milicias insurgentes não haverá paz.
O premier russo Sergei Lavrov desfaz com maestria os argumentos do ocidente de que Assad só tem conseguido avanços com o apoio do Hesbolahh e do Irã.
E quem apoia o outro lado, como eles conseguiram chegar até onde chegaram militarmente.
Brigadas jihadistas partem de todo o Oriente para a Síria. EUA e França enviam apoio logístico e seus mercenários que ajudaram na derrubada de Sadam Hussein no Iraque treinam os insurgentes.
Como diz Sergei Lavrov, é pura hipocrisia para se continuar derramando mais sangue, e pondo em risco a vida de inocentes, destruindo milhares de famílias e cidades.




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Seria a Síria uma nova Israel?

A vitória das forças do ditador Assad na "Batalha de Qusair" certamente irá levar essa guerra a um novo estágio, com alguma resolução eficaz na conferência que será realizada em Genebra.
A única notícia que se tem dos insurgentes é o terror.
Não aconteceram as tão anunciadas (pela imprensa) "batalha de Damasco", "batalha de Allepo" e "batalha de Homs", e o que se vê apenas e uma feroz reação do governo Sírio a um novo tipo de guerra. 
Nessa guerra os únicos perdedores são o povo sírio, e os grandes vencedores são os inimigos da paz.
O Ocidente, no bojo da chamada "Primavera Árabe" elegeu a Síria, do ditador Assad como a "bola da vez", pensando que a derrubada do regime jogaria no chão mais facilmente o Irã.
Só que a Síria é uma grande aliada da Rússia, que percebeu a manobra e não entregou a cabeça de Assad de bandeja.
A Rússia tem na Síria um dos seus maiores clientes de armamento, e o exército Sírio resistiu a tentativa de se entregar o Líbano a Israel com muita determinação.
Aliás, Assad não trata o assunto diferente de como Israel tratou a Palestina nos últimos conflitos, e até o uso de bombas fragmentadoras e armamento neo-químico é igual.
A Síria tem um dos melhores exércitos da região, e os interesses por trás dessa guerra são religiosos, os mesmos que levaram o Iraque a atual guerra civil.
A estratégia do Ocidente não deu certo. A incompetência da senhora Hillary Clinton e do seu lacaio Ban Ki-Monn transformaram aquilo que seria contornável, em milhares de mortes de inocentes, levando ao exílio outros tantos, destruindo famílias e cidades, algumas patrimônio da humanidade.
Há de se louvar o papel do governo brasileiro no conflito, e agora do pau-mandado Paulo Sérgio Pinheiro que pela primeira vez em suas missões não se submeteu ao interesse ocidental (vide relatório de armas químicas na Síria, da ONU).  
Se a conferência de Genebra conseguir a saída de Assad do governo com a formação de um regime efetivamente laico, certamente a Síria se transformará na nova "Israel" do Oriente Médio. 

Bira de Oliveira