Na internet todo mundo mete o dedo na ferida, ou no nariz do outro. Tanto faz se sobre política, economia ou comportamento. O importante é cutucar, informar, ter opinião sobre tudo, seja fazendo graça ou falando sério. Por isso estamos aqui para pensar, falar das injustiças contra minorias e países, e dar nosso palpite sobre a fábula do enfraquecimento moral desse país, suas mazelas e problemas, pois não queremos carregar a maldita herança que estão querendo nos deixar.
sábado, 21 de julho de 2012
A Ameaça das Armas Químicas na Síria é Real?
A situação na Síria está se tornando cada vez mais tensa. Os combates entre forças governamentais e rebeldes chegaram a Damasco.
Artigo de "Rádio A Voz da Rússia"
Autora: Svetlana Andreyeva
A situação na Síria está se tornando cada vez mais tensa. Os combates entre forças governamentais e rebeldes chegaram a Damasco.
Na quarta-feira, resultado de uma explosão ao lado do edifício do Serviço de Segurança Nacional, perpetrado pela oposição armada, matando vários oficiais militares, incluindo o ministro da Defesa e seu vice.
Nesta situação, não é possível ter o Conselho de Segurança da ONU, que não consegue elaborar uma resolução sobre a Síria para satisfazer Rússia, EUA, China e Europa. No meio, Washington iniciou conversações com Israel sobre o bloqueio das armas químicas reservas sírias, em caso de colapso e caos neste país.
Os rebeldes chegaram ao coração do regime, os edifícios mais protegidos em Damasco. E em poucos segundos, conseguiu eliminar os principais apoiantes do Presidente Bashar Assad. Isto indica que a segurança do regime caiu para níveis extremamente baixos, o que permite que especialistas para prever a queda seguinte do regime. No entanto, ainda é prematuro falar de uma capitulação, considere Veniamin Popov especialista russo:
- Isso não significa que o regime pensa em se entregar, ou que entre os amigos do presidente existem inimigos. Se existisse, não usariam o assassinato como um meio. Em qualquer caso, é óbvio que este fato irá conduzir a eventos muito mais dramáticos. É por isso que dizemos que é necessário regulamentar isso por meios políticos. E, aparentemente, a oposição está disposta a lutar até a última sírio. Mas então quem o fará?
A principal preocupação da maioria dos políticos, diretamente relacionada à resolução dos problemas na Síria respeita à existência de armas químicas na Síria e a possibilidade de bloquear essas reservas. Todo mundo entende que se cair em mãos dos rebeldes e decidir usá-los, as conseqüências afetam não apenas a população da Síria, mas também seus vizinhos. Praticamente todo o planeta poderia ser ameaçada, Veniamin Popov considera:
- O aumento da violência é sempre contraproducente e, finalmente, sempre leva a conseqüências desastrosas. Devemos entender claramente porque é que se insiste tanto em continuar a missão de Kofi Annan e as conversações entre o governo e a oposição. O aumento da violência vai trazer conseqüências terríveis. Se essas armas químicas caírem nas mãos dos rebeldes, caírem nas mãos da Al-Qaeda, isso será usado em primeira instância contra os EUA e Israel. Por isso, é necessário desligar o fogo o mais rápido possível e encontrar uma solução pacífica.
A situação na Síria é complicada porque, no caso da derrubada de Bashar Assad, não há nenhum pretendente real ao seu posto, e claramente não há força política organizada. O país está à beira do caos inevitável e guerras sucessivas, na opinião do russo Georgy orientalista Mirsky:
- A queda do poder nas mãos da Irmandade Muçulmana ou Al-Qaeda. E se o país realmente tem armas químicas, é uma preocupação legítima de todos, não apenas dos EUA e Israel. Onde vão parar estas armas, o que vai acontecer? Portanto eu considero que estas preocupações são bem compreendidas. Assim, tanto os norte-americanos e israelenses estão tentando descobrir onde Bashar Asad concentrou suas armas químicas, e lançar um comando de forças especiais para bloquear e não deixar cair nas mãos de terroristas internacionais. Mas por outro lado, devemos ter em mente que esta é uma operação militar em um país estrangeiro.
A retirada da Síria do chefe da missão da ONU, o general-major Robert Mood, que deixou Damasco sem aguardar a decisão do Conselho de Segurança, é outra confirmação de que a situação neste país está se tornando cada vez mais tensa. Antes de sua partida, disse que não fazia sentido para retomar o trabalho da missão até que a violência não cessou e não estabelecer um diálogo político.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
A Primavera Árabe e a questão Síria
Foram 3 dias de bombardeio... na imprensa! Quem lesse os jornais iria pensar que o governo do ditador Assad tinha chegado ao fim.
Não se falava mais na situação em Homs, em Idlib, ou em qualquer outra província Síria.
Na verdade para mim o que houve, baseado no histórico de atuação da CIA, foi uma cortina de fumaça para o atentado que mataria o Ministro da Defesa, e outras autoridades do governo Assad.
Desde a chegada da missão da ONU é assim. A cada ação que os insurgentes reclamam - massacres e ações do exército -, segue um atentado ou ação espetaculosa, como o controle dos postos de fronteira que já ninguém fala. Ações que lembram as do PCC ou tráfico do Rio, fatos para criar manchetes.
Aliás, essa "revolução Síria" só existe para midiaticamente. O poderio do exército é tão grande que leva qualquer ação tão somente para o terreno da propaganda.
Os insurgentes, que teoricamente representam etnias majoritárias, não estão sós nessa intempestiva atividade. Arábia Saudita, Kuwait, e outras ditaduras comandadas por representantes destas etnias financiam essas ações.
Todos sabem que o pano de fundo de tudo é o petróleo, o ouro negro que mancha de sangue as mãos das nações ocidentais.
Para tanto, não seria impróprio lembrar os recentes acontecimentos da chamada "primavera árabe" no Marrocos, na Líbia, e no Egito.
No Marrocos e Egito a chegada ao poder só foi possível mediante acordo com os referidos exércitos.
Na Líbia, ao contrário a conquista se deu mais ou menos como no Iraque, com as forças militares arrasadas para a dominação do estado. Salta aos olhos os milhões de dólares gastos e a imensidão de perdas humanas.
O que mais me causa estranheza nisso tudo é o papel da imprensa nessa história.
Fala-se no cerceamento a liberdade de informação, mais fotos e noticiários da Reuters e BBC diretos de Damasco correm o mundo.
A propaganda dos insurgentes então conta com apoio e solidariedade da imprensa ocidental que, como na ação da ONU condena apenas o governo Assad pelas barbáries - não atoa o Conselho de Segurança da ONU negou-se peremptoriamente a condenar os atentados contra o núcleo do poder.
A se elogiar a ação de Rússia e China, que apesar dos interesses em jogo clamam por um resolução "civilizada".
Se tocaram que o apoio que deram a resolução que permitiu a a abertura de um corredor aéreo sobre a Líbia, só produziu barbárie. Não fosse esse corredor e a permissão dada a OTAN para garanti-lo tenho minhas dúvidas se Kadafi teria caído.
A Síria não é a Líbia, e seu exército é forte o suficiente para enfrentar a insurgência. Esse exército foi moldado para enfrentar Israel, e suas ações muito se parecem com as ações de Israel na Palestina. A tal política do "olho por olho, dente por dente".
Lembram quando na Líbia os insurgentes controlaram uma parte do país? Equipes de reportagem do mundo inteiro para lá foram reforçar a campanha contra Kadafi.
Pois é, na Síria Assad tal como Israel não deixa isso acontecer, arrasa com tudo e pronto!
Nossa posição é igual a da resolução da ONU que acaba de sair. Uma solução de transitoriedade que permita as forças em conflito chegarem a transição.
Mais ou menos como no Egito. Preserva-se o estado e suas forças de manutenção e afasta-se os atores politicamente nefastos.
Não se falava mais na situação em Homs, em Idlib, ou em qualquer outra província Síria.
Na verdade para mim o que houve, baseado no histórico de atuação da CIA, foi uma cortina de fumaça para o atentado que mataria o Ministro da Defesa, e outras autoridades do governo Assad.
Desde a chegada da missão da ONU é assim. A cada ação que os insurgentes reclamam - massacres e ações do exército -, segue um atentado ou ação espetaculosa, como o controle dos postos de fronteira que já ninguém fala. Ações que lembram as do PCC ou tráfico do Rio, fatos para criar manchetes.
Aliás, essa "revolução Síria" só existe para midiaticamente. O poderio do exército é tão grande que leva qualquer ação tão somente para o terreno da propaganda.
Os insurgentes, que teoricamente representam etnias majoritárias, não estão sós nessa intempestiva atividade. Arábia Saudita, Kuwait, e outras ditaduras comandadas por representantes destas etnias financiam essas ações.
Todos sabem que o pano de fundo de tudo é o petróleo, o ouro negro que mancha de sangue as mãos das nações ocidentais.
Para tanto, não seria impróprio lembrar os recentes acontecimentos da chamada "primavera árabe" no Marrocos, na Líbia, e no Egito.
No Marrocos e Egito a chegada ao poder só foi possível mediante acordo com os referidos exércitos.
Na Líbia, ao contrário a conquista se deu mais ou menos como no Iraque, com as forças militares arrasadas para a dominação do estado. Salta aos olhos os milhões de dólares gastos e a imensidão de perdas humanas.
O que mais me causa estranheza nisso tudo é o papel da imprensa nessa história.
Fala-se no cerceamento a liberdade de informação, mais fotos e noticiários da Reuters e BBC diretos de Damasco correm o mundo.
A propaganda dos insurgentes então conta com apoio e solidariedade da imprensa ocidental que, como na ação da ONU condena apenas o governo Assad pelas barbáries - não atoa o Conselho de Segurança da ONU negou-se peremptoriamente a condenar os atentados contra o núcleo do poder.
A se elogiar a ação de Rússia e China, que apesar dos interesses em jogo clamam por um resolução "civilizada".
Se tocaram que o apoio que deram a resolução que permitiu a a abertura de um corredor aéreo sobre a Líbia, só produziu barbárie. Não fosse esse corredor e a permissão dada a OTAN para garanti-lo tenho minhas dúvidas se Kadafi teria caído.
A Síria não é a Líbia, e seu exército é forte o suficiente para enfrentar a insurgência. Esse exército foi moldado para enfrentar Israel, e suas ações muito se parecem com as ações de Israel na Palestina. A tal política do "olho por olho, dente por dente".
Lembram quando na Líbia os insurgentes controlaram uma parte do país? Equipes de reportagem do mundo inteiro para lá foram reforçar a campanha contra Kadafi.
Pois é, na Síria Assad tal como Israel não deixa isso acontecer, arrasa com tudo e pronto!
Nossa posição é igual a da resolução da ONU que acaba de sair. Uma solução de transitoriedade que permita as forças em conflito chegarem a transição.
Mais ou menos como no Egito. Preserva-se o estado e suas forças de manutenção e afasta-se os atores politicamente nefastos.
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