sábado, 22 de junho de 2013

Muita Calma, Nessa Hora!

Aos precipitados, que reivindicam Joaquim Barbosa pra presidente.
O Brasil já teve um Jânio Quadros, um Fernando Collor, e Joaquim Barbosa ainda não foi testado corretamente para se ver sua posição em relação a democracia.
Algumas posturas suas são questionáveis, embora seus votos sejam legitimamente a favor da moralidade
Mas mesmo nesse terreno estabelecer-se como parâmetro de moral o mensalão, é questionável. O país tem lei, métodos que não foram inventados por ele, e não podem ser por ele mudados.
Barack Obama vem causando uma grande frustração na América e no mundo por suas posições anti-democráticas.
Lideranças excessivamente a favor da moral e dos costumes devem ser repelidas.
Sempre analisei Luis Inácio pelo ponto de vista da psicologia, da análise comportamental. Seu posicionamento político era dado, todos conheciam, mas do seu comportamento moral demonstrado na presidência ninguém tinha ouvido falar.
Não gosto de nada que venha tomado pelo rancor, pela raiva, pelo ressentimento.
Esses sentimentos que permeiam a vida de cristãos, judeus e muçulmanos também estão presentes em nossos políticos, em nossos dirigentes.
Se nossos amigos que invocam Deus e Jesus Cristo tem comportamento duvidoso por que não eles?
Claro que não estamos aqui buscando um santo para dirigir nosso país, mas que ele seja exposto o mais que possível a situações limites do comportamento humano é necessário.
Só assim não estaremos colocando no poder um Hollande, um Obama, um Erdogan, um Maduro, que depois de sentados na cadeira presidencial mostram a sua verdadeira face e frustram aqueles que o elegeram.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Viva a Nossa Presidente Dilma Vana!

E ai pacíficos meninos, gostaram? 
Temos ou não temos uma grande presidente?
Agora, vê se deixem dessa história de protestar, de reclamar de tudo.
Ela está atenta, e já faz tudo aquilo que pedimos em nossas manifestações.
Vamos voltar pra casa, sem arruaças, que ela já está preparando uma reunião com o pessoal que nos representa tão bem, os jovens da UNE, os trabalhadores da CUT, o pessoal do MST, e de lambuja a OAB, a ABI, a CNBB, enfim, todos aqueles que nos dão voz, e conseguem entender todo o nosso ódio, toda a nossa revolta.
E na próxima vez que a voltar às ruas vamos convidar nossos amigos do Congresso, nossos deputados e senadores.
São eles os nossos representantes, reconhecidamente pacíficos, homens de bem, grandes figuras, que ao lado da nossa grande presidente governam tão bem este país.
Ah, já ia esquecendo, deixem essa implicância com a Copa, com os custos dos estádios, tudo será pago tim-tim por tim-tim.
Fizemos um grande negócio emprestando dinheiro para nossos amigos enriquecerem.
Aliás, ela zela para que não haja roubo desse dinheiro, prende os ladrões, põe na cadeia.
Os que parecem ladrões, não o são. São nossos companheiros, amigos que lutam conosco para construção dos nossos sonhos.
Que fique claro, quando nossos amigos do MPL saíram as ruas pela primeira vez, foi com a aprovação da nossa querida presidente, que já estava trabalhando por um transporte público de qualidade, objetivo igual ao que nossos companheiros do MPL declaram hoje ser o foco, igual ao pronunciamento da presidente.
E finalmente, nossa imprensa é um baluarte, deixemos dessa história de execrar a Rede Globo. É ela que contem esses baderneiros para que nossa presidenta possa continuar a governar em paz, sem nenhum transtorno, sem nenhum questionamento quanto a legitimidade do seu mandato.
Não vamos fazer como a direita, que tenta dar um golpe e acabar com tudo que está ai. Os jornais do exterior não gostam do governo da nossa presidenta e não conseguem ver tudo aquilo que amamos e adoramos.
Assim que desligarmos a televisão hoje a noite, iremos dormir em paz, pois tudo aquilo que parecia um sonho já está acontecendo.
Agora, pra terminar juntos vamos gritar a uma só voz: 
VIVA A NOSSA PRESIDENTE DILMA VANA!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Marcha da Central Globo em Favor de Dilma Vana (2)

A Globo insiste em falar em "pequeno grupo" de "vândalos" e "baderneiros".
Mas como, cara pálida esse "pequeno grupo" consegue vandalizar e criar baderna em todo território nacional.
Se a violência está acontecendo por todo o Brasil como ignorá-la como "fenômeno de massa".
Quem são eles, os 16% de jovens sem emprego, os de "classe média" que com a inflação voltaram a ficar pobres, os do "bolsa família" que não conseguem mais viver com a merreca que ganham, os de "classe alta" que não conseguem mais vir de mala cheia do exterior, em suma, há de se identificar quem são, e dar uma resposta as suas demandas, senão corremos o risco de voltar a 1964. 
E isso ninguém quer! 

A Marcha da Central Globo a Favor de Dilma Vana (1)

A presidente Dilma Vana vai se tornar credora do trabalho de "contenção" que a Rede Globo, e outros órgãos de imprensa vem fazendo para evitar a "revolução".
Não fosse a imprensa, o clima de "revolta popular" já estaria dentro dos palácios.
Quando dividi os manifestantes em "pacifistas" e "revolucionários", o fiz com base nos rótulos que a imprensa vem criando, e na minha visão dos acontecimentos históricos - a revolta de 1968, a primavera árabe, e outros -, o que deixo alguns ficaram perplexos. 
"Mas, como se temos um Brasil novo que acabou com a miséria?" a resposta deve ser dada pelos 16% de jovens em idade da trabalho e sem emprego, pelas mães sem atendimento nos hospitais, aos alunos sem professores e escolas.
A burguesia européia quando protesta o faz com saúde, transporte e educação já conquistados, e ser desempregado lá não é o mesmo que estar empregado aqui, em condições de semi-emprego, com cerca de 12 horas diárias do esforço de cada trabalhador.
Mesmo os que estão fora do país estudando, graças as políticas de bolsas, protestam.
Mesmo os que recebem dinheiro, graças as políticas de renda, protestam.
Programas sociais de inserção e incentivo são uma obrigação de todo governo.
Tomar esses programas e exclusivisá-los como seus é propaganda, marketing político.
Não fosse a leniência com a corrupção, com o erro, nada disso estaria acontecendo.
E não me venham com essa conversa mole de que a corrupção aparece porque se investiga.
O que povo quer é que quando alguém roube o governante venha e diga: "Ladrão, cadeia pra ele!"

quarta-feira, 19 de junho de 2013

E a Primavera Não Veio!

Tolos! Embarcaram no papo furado daqueles que queriam transformar os protestos em um sentimento amorfo. 
Se deixaram levar pelas manchetes, pelo noticiário das tevês, se assustando com a violência de alguns.
Tolos! Acomodados em seus carros, suas janelas, suas poltronas acharam de encontrar na não-violência a solução para a mudança.
Os mais jovens acrescentaram as suas histórias "aquele dia, daquela passeata", e os mais velhos, como eu viveram um surto de esperança.
E quanto mais se ouve a voz das lideranças, que desorganizadas conseguiram esta façanha mais irão se afastar.
E sabe por que? As lideranças, politizadas, focadas na luta, naquilo que sonham alcançar, pensam a sociedade com a praxis maniqueísta da ação e reação.
Não se muda uma estrutura corrupta e viciada como esta só com bandeiras e rostos pintados. Não se avança nas conquistas sem se derrubar alguma coisa.
Essa bobagem invetada pela mídia de "vândalos", "saqueadores" é coisa para agradar aos moderados que, na real, não querem mudança alguma.
Fazer a juventude embarcar neste discurso pacifista irá trazer a continuidade travestida de mudanças.
Tolos! Com os R$ 0,20 da conquista deram aos poderosos a palavra de ordem que o poder sempre diz, "basta, paremos por aqui!".
O status-quo, a embromação política, os conchavos, juntou neste episódio governo e oposição.
Com os R$ 0,20 enfiaram pela goela do povo uma jujuba, que acabou de vez com o sonho de mudança, de uma verdadeira revolução.

A Maior Aliada do Governo é a Rede Globo!

Até agora a política de "contenção" da Rede Globo tem funcionado a favor do governo.
Sua divulgação das manifestações mostra mais as cenas de "vandalismo" do que as de "paz e amor", com rótulos claros daquilo que seja fácil ou difícil de controlar na indignação popular.
Mas, e se rapidamente não surgir uma voz sensata que, ao invés do "não sabia de nada", traga ao povo uma mensagem de abandono as velhas práticas, de desinteresse pelo poder?
Vai ter "pacifista" ficando em casa, e "revolucionário" quebrando o pau, como agora em Fortaleza onde os tipos de misturam em sua fúria. 
José Sarney, quando o bicho pegou, e viu que a rua ia pô-lo para fora encurtou o seu mandato, numa clara mensagem de mudança naquilo que ele representava.

A Longa Estrada de Pacifistas e Revolucionários no Brasil

Nos protestos existem dois tipos de manifestantes, os "pacifistas", e os "revolucionários".

- Os pacifistas entoam slogans no estilo do movimento estudantil, os revolucionários slogans do movimento punk.
- Os pacifistas ouviram Vandré, Chico, Edu Lobo. Os revolucionários as canções do Racionais Mc, Emicida e outros.
- Os pacifistas pintam os rostos, os revolucionários cobrem o rosto como na intifada árabe.
- Os pacifistas querem mudanças nas leis e costumes, os revolucionários a retirada do poder daqueles que fazem as leis. 
- Os pacifistas não assistem a propaganda política, os revolucionários prestam atenção nas mensagens do PCO, PSTU, PCB e outros da chamada esquerda radical.
- Os pacifistas são de classe média, com todos os bens da sociedade de consumo, os revolucionários, muitos, moram em quartos alugados, invasões e sonham em ter tudo.
- Os pacifistas negociam, os revolucionários tem pressa, clamam por mudanças já.
- Os pacifistas mostram as marcas da violência policial como uma vergonha, os revolucionários como um troféu.
- Os pacifistas escutam a mensagem das lideranças, os revolucionários são surdos, só escutam a si próprios.
- Os pacifistas aguardam o começo, os revolucionários o desfecho.

Se conseguirem seguir juntos até o fim, trilhando o caminho das mesmas manifestações, teremos um país melhor!

No Brasil, aonde a vaca vai o boi vai atrás

Todos os núcleos que poderiam vir a dar voz e apoio na interlocução dos manifestantes com o governo nas suas reivindicações estão cooptados pelo sistema central.
UNE, MST, ABI, Igreja Progressista, Movimento Sindical, etc, etc.
Onde estão aqueles fóruns organizados quando das "Diretas Já" ou no "Fora Collor"?
Sentados nos "fóruns" do governo (até o prefeito de São Paulo já organizou o seu), "fóruns" na verdade de cooptação pois todos que estão ali recebem dinheiro para opinar em nome do "povo", as instituições que representam são agraciadas com verbas públicas, e seus interesses ganham prioridade.
A recente entrevista da presidente da UNE foi de um cinismo tão deslavado que chega a dar raiva.
Repetem a cantilena das invisíveis conquistas sociais dos últimos 10 anos, conquistas estas que só eles conseguem enxergar num país de dimensão continental como o Brasil, com mais de 160 milhões de habitantes.
O marketing governamental é tão forte que transforma em cegos fanáticos seus apoiadores.
Se fechassem por um instante a "boquinha" e abrissem por um minuto o "olhão" conseguiriam entender a insatisfação do povo, e para o seu lado estariam mudando.

terça-feira, 18 de junho de 2013

O Ocaso da Primavera Brasileira

Ainda é cedo para se medir os resultados das manifestações de ontem.
Mas vendo como reagem os governos midiáticos em todo o mundo da prever um final, água!
Basta ver a força popular na Grécia, na Turquia, na França, na Venezuela, e muito mais, para notar que o poder fascina e aqueles que o detêm fazem de tudo para manter o status-quo, com leves mudanças.
Clamar por manifestações pacíficas e jogar no fundo do posso as aspirações do povo.
A história nos mostra como as coisas mudam. Só pela revolução alguma coisa mudou, e não existe revolução "pacífica".
Tenho pena da ingenuidade dos de primeira hora, entre os quais me ponho.
Como um sonhador por uma sociedade democrática e igualitária me impressiona o povo.
Só que o dia seguinte começa a nos mostrar o quão rápido se movimentam os poderosos, com suas máquinas de propaganda e divulgação.
A frustração que irá acometer aqueles mais informados, os que pensam politicamente e sem nenhuma filiação partidária irá esvaziar o grito das ruas, e jogar no colo dos oportunidades o clamor popular.
Leiam as entrelinhas das manchetes, notem as postagens dos com partido, entendam as imagens daqueles que pegam carona na revolta. Tudo se encaminha para a normalidade, com a absorção do aumento das passagens pelas prefeituras e o esquecimento pela mídia daquilo que havia de subliminar no movimento, revolta, insatisfação, nojo com tudo aquilo em que transformaram esse país.