A fábula da roupa nova do rei começa a assombrar a grife "Lava Jato".
Aos poucos vão ficando claras as suas idiossincrasias.
Se antes tínhamos um processo que pretendia investigar a corrupção na Petrobras, praticada por um bando de diretores corruptos em parceria com partidos e políticos, hoje temos um festival de ilegalidades, onde a prova vale pouco diante dos holofotes da popularidade midiática.
Nunca achei certo a deleção premiada sem o individuo carregar no bolso um documento, uma prova, uma conversa telefônica, um guardanapo com uma anotação.
Apenas a palavra de um corruptor, ou de um corrupto, para mim não tem valor. Pode-se querer criar teses jurídicas diversas, mas para mim não cola.
Na ditadura diante da tortura o sujeito entregava até a mãe, se fosse necessário. Delação sem prova é sinônimo de mentira, de covardia, de vingança pessoal.
Hoje uma citação numa delação premiada vira pauta dos jornais, transformada em manchetes que agitam a vida política e econômica.
O sujeito vai comprar pão, cuidado! Ele foi citado e o dinheiro que paga o padeiro é suspeito, É indicado para um cargo, cuidado! Foi citado e poderá usá-lo em favor de uma súcia qualquer.
Temos que por um paradeiro a esse festival de besteiras que a Lava Jato instalou, incitando as redes a mentira e a depravação moral.
O juiz Moro e os procuradores de Curitiba, ambos com suas vaidades escancaradas pela imprensa mandam e desmandam tomados por uma arrogância absoluta.
Quem assistiu as três horas do depoimento do Eduardo Cunha, e viu o juiz Moro, baqueado diante da inflamada certeza do réu da sua inocência, recorrendo ao noticiário numa tática de pegadinha para colher motivos para sentenciá-lo, se assustou, e viu o quanto o rei está nu, e sua roupa nova só vista por aqueles que querem a volta das turbas ensandecidas a pedir o enforcamento de inocentes.
Na internet todo mundo mete o dedo na ferida, ou no nariz do outro. Tanto faz se sobre política, economia ou comportamento. O importante é cutucar, informar, ter opinião sobre tudo, seja fazendo graça ou falando sério. Por isso estamos aqui para pensar, falar das injustiças contra minorias e países, e dar nosso palpite sobre a fábula do enfraquecimento moral desse país, suas mazelas e problemas, pois não queremos carregar a maldita herança que estão querendo nos deixar.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Moro não é um deus, e a Globo não é a verdade
É preciso tomar cuidado com as aparências, o juiz Sérgio Moro não é um deus, e a Globo nem sempre é a verdade!
No depoimento de ontem do Eduardo Cunha, ficou claro o quanto ele é um juiz midiático, que se apóia no noticiário dos jornais para elaborar suas sentenças, mais que nas investigações e nos autos do processo, para alcançar sucesso em suas decisões de primeira instância.
Alias, esse papel da imprensa como um subproduto do judiciário também deve ser questionado.
A linha de condução de uma entrevista, em que a palavra se sobrepõe ao fato, não pode ser a mesma da argumentação de um juiz, pois muitas das vezes serve mais a vendetas pessoais e econômicas que ao interesse público.
Ao assistir o interrogatório, além do fato de o juiz Moro se prender demais as entrevistas dadas pelo réu aos jornais, uma outra coisa me chamou atenção, o papel da jornalista Cláudia Cruz nesse processo e em relação a Rede Globo.
Pois bem, Cláudia Cruz venceu a Globo em uma disputa trabalhista milionária, em que o elemento de fundo era um desses pilares da imprensa moderna, o trabalho como PJ que exime as empresas de diversas obrigações com os jornalistas que abriga, e leva para os editoriais a responsabilidade pelas opiniões do jornal. Com a figura do jornalista PJ o órgão de imprensa é apenas um organizador de notícias, e não mais o seu criador.
Sabendo-se da onipotência das Organizações Globo com relação as suas verdades, e da sua vaidade com o que é seu, e que, por conquistas de mercado, já a levou a diversas batalhas "jornalísticas", o elemento da dúvida se faz necessário, cuidado extendido também a tudo aquilo que a imprensa transforma em clamor.
"A quem interessa?" é a pergunta que me faço, sempre que me deparo com uma notícia de jornal, e nesse caso do Eduardo Cunha os interesses não são tão difusos assim para se ter absoluta certeza do que há por trás de tanto clamor.
No depoimento de ontem do Eduardo Cunha, ficou claro o quanto ele é um juiz midiático, que se apóia no noticiário dos jornais para elaborar suas sentenças, mais que nas investigações e nos autos do processo, para alcançar sucesso em suas decisões de primeira instância.
Alias, esse papel da imprensa como um subproduto do judiciário também deve ser questionado.
A linha de condução de uma entrevista, em que a palavra se sobrepõe ao fato, não pode ser a mesma da argumentação de um juiz, pois muitas das vezes serve mais a vendetas pessoais e econômicas que ao interesse público.
Ao assistir o interrogatório, além do fato de o juiz Moro se prender demais as entrevistas dadas pelo réu aos jornais, uma outra coisa me chamou atenção, o papel da jornalista Cláudia Cruz nesse processo e em relação a Rede Globo.
Pois bem, Cláudia Cruz venceu a Globo em uma disputa trabalhista milionária, em que o elemento de fundo era um desses pilares da imprensa moderna, o trabalho como PJ que exime as empresas de diversas obrigações com os jornalistas que abriga, e leva para os editoriais a responsabilidade pelas opiniões do jornal. Com a figura do jornalista PJ o órgão de imprensa é apenas um organizador de notícias, e não mais o seu criador.
Sabendo-se da onipotência das Organizações Globo com relação as suas verdades, e da sua vaidade com o que é seu, e que, por conquistas de mercado, já a levou a diversas batalhas "jornalísticas", o elemento da dúvida se faz necessário, cuidado extendido também a tudo aquilo que a imprensa transforma em clamor.
"A quem interessa?" é a pergunta que me faço, sempre que me deparo com uma notícia de jornal, e nesse caso do Eduardo Cunha os interesses não são tão difusos assim para se ter absoluta certeza do que há por trás de tanto clamor.
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