A fábula da roupa nova do rei começa a assombrar a grife "Lava Jato".
Aos poucos vão ficando claras as suas idiossincrasias.
Se antes tínhamos um processo que pretendia investigar a corrupção na Petrobras, praticada por um bando de diretores corruptos em parceria com partidos e políticos, hoje temos um festival de ilegalidades, onde a prova vale pouco diante dos holofotes da popularidade midiática.
Nunca achei certo a deleção premiada sem o individuo carregar no bolso um documento, uma prova, uma conversa telefônica, um guardanapo com uma anotação.
Apenas a palavra de um corruptor, ou de um corrupto, para mim não tem valor. Pode-se querer criar teses jurídicas diversas, mas para mim não cola.
Na ditadura diante da tortura o sujeito entregava até a mãe, se fosse necessário. Delação sem prova é sinônimo de mentira, de covardia, de vingança pessoal.
Hoje uma citação numa delação premiada vira pauta dos jornais, transformada em manchetes que agitam a vida política e econômica.
O sujeito vai comprar pão, cuidado! Ele foi citado e o dinheiro que paga o padeiro é suspeito, É indicado para um cargo, cuidado! Foi citado e poderá usá-lo em favor de uma súcia qualquer.
Temos que por um paradeiro a esse festival de besteiras que a Lava Jato instalou, incitando as redes a mentira e a depravação moral.
O juiz Moro e os procuradores de Curitiba, ambos com suas vaidades escancaradas pela imprensa mandam e desmandam tomados por uma arrogância absoluta.
Quem assistiu as três horas do depoimento do Eduardo Cunha, e viu o juiz Moro, baqueado diante da inflamada certeza do réu da sua inocência, recorrendo ao noticiário numa tática de pegadinha para colher motivos para sentenciá-lo, se assustou, e viu o quanto o rei está nu, e sua roupa nova só vista por aqueles que querem a volta das turbas ensandecidas a pedir o enforcamento de inocentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário