A vitória das forças do ditador Assad na "Batalha de Qusair" certamente irá levar essa guerra a um novo estágio, com alguma resolução eficaz na conferência que será realizada em Genebra.
A única notícia que se tem dos insurgentes é o terror.
Não aconteceram as tão anunciadas (pela imprensa) "batalha de Damasco", "batalha de Allepo" e "batalha de Homs", e o que se vê apenas e uma feroz reação do governo Sírio a um novo tipo de guerra.
Nessa guerra os únicos perdedores são o povo sírio, e os grandes vencedores são os inimigos da paz.
O Ocidente, no bojo da chamada "Primavera Árabe" elegeu a Síria, do ditador Assad como a "bola da vez", pensando que a derrubada do regime jogaria no chão mais facilmente o Irã.
Só que a Síria é uma grande aliada da Rússia, que percebeu a manobra e não entregou a cabeça de Assad de bandeja.
A Rússia tem na Síria um dos seus maiores clientes de armamento, e o exército Sírio resistiu a tentativa de se entregar o Líbano a Israel com muita determinação.
Aliás, Assad não trata o assunto diferente de como Israel tratou a Palestina nos últimos conflitos, e até o uso de bombas fragmentadoras e armamento neo-químico é igual.
A Síria tem um dos melhores exércitos da região, e os interesses por trás dessa guerra são religiosos, os mesmos que levaram o Iraque a atual guerra civil.
A estratégia do Ocidente não deu certo. A incompetência da senhora Hillary Clinton e do seu lacaio Ban Ki-Monn transformaram aquilo que seria contornável, em milhares de mortes de inocentes, levando ao exílio outros tantos, destruindo famílias e cidades, algumas patrimônio da humanidade.
Há de se louvar o papel do governo brasileiro no conflito, e agora do pau-mandado Paulo Sérgio Pinheiro que pela primeira vez em suas missões não se submeteu ao interesse ocidental (vide relatório de armas químicas na Síria, da ONU).
Se a conferência de Genebra conseguir a saída de Assad do governo com a formação de um regime efetivamente laico, certamente a Síria se transformará na nova "Israel" do Oriente Médio.
Bira de Oliveira
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