Por que a imprensa é contra a chamada 'lei de abuso de autoridade"?
Por que ela prevê cadeia para magistrado ou membro do MPF que emitir opinião sobre inquérito ou permitir que cheguem ao conhecimento de terceiros fatos que violem sigilo legal.
O problema não é tanto emitir opinião, mas vazar para a imprensa como vem fazendo costumeiramente o MPF documentos que, a princípio, estão sob sigilo. Opinião tinha o procurador Joaquim Francisco dos tempos do FHC. Os de agora tem interesses.
Não sou contra se investigar ou delatar alguém, mas quando o documento vazado chega as mãos da imprensa, quase sempre cessa o interesse público e começa a haver o interesse político.
Procuradores não estão isentos de cor partidária, assim como jornalistas também não. Há procuradores do PSDB, PMDB como existem outros do PT. Há jornais que tendem para a direita, assim como jornais que tendem para esquerda.
Essa guerra vem atingindo o mundo político sem exceção, mas os maiores favorecidos são os rentistas, aquele que vivem de vender o seus dinheiro, bancos e corretoras.
No caso brasileiro a Bolsa de Valores vinha num crescimento exuberante por conta daqueles que apostaram na saída da Dona Janete.
Com todo esse blablablá contra a PEC do Teto, a Reforma do Ensino e da Previdência, com quebra quebra nas ruas e tudo mais, muita gente começou a montar posição no sentido contrário do otimismo, apostando que a Bolsa retornaria aos 58000 pontos.
Assim como o Eduardo Cunha era um excelente player do mercado de capitais, não duvido que já tenha gente entre procuradores e jornalistas se acostumando com a ideia de ganhar dinheiro com informação, e apostando suas fichas no mercado de capitais.
Não creio em coincidências entre fatos políticos e econômicos, alguma coisa há por trás disso, de toda essa pressão num momento que caminhávamos para um 'gran finale' no mercado financeiro.
Se a coisa era só política, por que não se vazou quando as plaquinhas do "fora temer" agitavam os festivais de cinema?
Nessa história não tem santo, e o pacto com os diabinhos da Odebrecht foi a saída mais lucrativa para todos, jornalistas e procuradores.
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