quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Que tal uma Petrobras mais humilde...

Não sou de ensinar missa a vigário, mas no caso dessa "doação" às escolas de samba a Petrobrás bem que podia se mirar no exemplo do Banerj na época do Brizola. Este deu total e irrestrito apoio a Mangueira, que a época passava por um problema de caixa. Nada pediu para a marca "Banerj", apenas que a escola estivesse presente com seus passistas e ritmistas nos eventos culturais que o banco por acaso promovesse. Foi assim com o "Dia Banerj" produzido por mim, e que levou música, teatro infantil e recreação a 40 cidades do interior do Rio de Janeiro. Na Copa do Mundo de 1986, num outro projeto que produzi em parceria com Albino Pinheiro criamos uma grande torcida com show de diversos artistas do mundo do samba. E como sempre a Mangueira estava lá presente fazendo jus a ajuda financeira que recebia, certamente como doação. Não me lembro de contratos leoninos e cheios de "vantagens" para uma das partes. A Mangueira cheia de garra aceitava tudo numa boa, chegando a ser campeã. Com isso o povo do interior teve oportunidade de ver a escola mais de uma vez, e diversos bairros do Rio de Janeiro torceram pela sua seleção ao som da bateria "nota 10". Já que a Petrobrás é o braço cultural do governo Lula, junto com a Caixa e o Banco do Brasil, bem que podia olhar para o carnaval do Rio menos como marketing, e mais como "projeto cultural".

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