quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Nem tudo está perdido

FHC deu o caminho, quando se referiu ao fato de a CPMF, numa das renovações ter sido aprovada só em janeiro: agora é sentar com civilidade e respeito, e tentar uma solução para a hipotética perda de fundos da ordem de R$ 40 bilhões. Não é um bicho de sete cabeças uma derrota do governo numa democracia. O que não pode deixar de haver é respeito, respeito ao sentimento do povo, respeito a oposição. A CPMF é um imposto maldito desde a origem, embora de boa índole criado por um homem de caráter igual, o Dr. Adib Jatene. Chamar de sonegadores os que eram contra. Mentir dizendo que os pobres seriam os que mais perderiam, quando se sabe que pouco iria para a saúde e para os programas sociais não foi uma boa estratégia do Lula. Demonstrando arrogância e falta de altivez queria a qualquer custo demonstrar a sua força. Uma vitória política da oposição nesse momento é salutar para a democracia. Vai fazer o presidente repensar o seu projeto de um terceiro mandato (se é que é dele), e conversar com a oposição de maneira digna, na busca de uma saída para o problema. Uma reforma fiscal que trouxesse em seu bojo uma nova visão do imposto, sem o efeito cascata e a comulatividade que tinha seria benvinda. Vamos ver como se comporta o Lula depois da vitória do "no". Se xingar e berrar a la Chávez, chamando a derrota de vitória de "mierda" dos opositores não avançará. O país nesse bom momento que vive a economia espera maturidade da sua classe política, sem olho no voto do ano que vem, e sem mais poder para quem já detêm tanto.

Nenhum comentário: