Por Elisangela Roxo, no Estadão:
Consumidores ouvidos pelo Estado aprovam o fim da CPMF. “Ainda bem que esse imposto acabou, porque tudo o que a gente paga não vai mais parar nos bolsos do governo”, afirmou o motociclista Arnaldo Gonçalves de Oliveira, de 41 anos. Para tentar fugir de pelo menos um tributo, a CPMF, ele escolheu ter apenas uma conta poupança, sem o cheque como opção. Agora, Oliveira acredita que os avanços da economia devem servir para cobrir a CPMF, mas reclama que os benefícios ainda não são sentidos pela população. “Dizem que o País vai bem, o PIB cresceu, mas a situação de quem trabalha na rua é muito ruim.” O camelô Epaminondas da Silva, de 42 anos, acha “muito bom” o fim da CPMF. “Pelo menos é um imposto a menos para o brasileiro pagar.” Ele disse duvidar que a destinação do imposto tenha sido mesmo o sistema de saúde. “No posto do meu bairro nem médico tem”, contou.“O fim do imposto do cheque? Achei maravilhoso”, disse o advogado e presidente do Partido Liberal Democrata, Álvaro Solon Coelho, de 79 anos. Para o monitor Luis Henrique da Silva, de 26 anos, “foi uma conquista do povo, os trabalhadores já pagam tributo demais”. A professora Sheila Rienzi, de 40 anos, acha que nem população nem governo ganharam ou perderam com o fim da CPMF. “O imposto foi criado para cobrir um déficit do governo, que agora deve tirar o dinheiro de outro setor para balancear as contas. Não acho que a criação realmente teve relação com reverter alguma coisa para a saúde”, avalia ela, ao lado do impostômetro da Rua Boa Vista, no centro de São Paulo, que mede o total de dinheiro pago pelos brasileiros na forma de impostos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário