A propósito do artigo do Sr. Wanderley Guilherme dos Santos, em que ele dá uma cacetada no Sistema Globo de Mídia dentro do jornal "Valor Econômico" deixa eu te contar uma história sobre ele que já contei aqui numa outra ocasião.
Certa vez, estava prestando serviço numa festinha de aniversário.
Coisa simples de uma família burguesa há anos massacrada pelo poder econômico, quando de repente chegou este senhor.
Trazia debaixo do braço uma garrafa de vinho, que depois se saberia caro e importando. Sentou-se numa mesa a qual se juntaram alguns familiares do aniversariante.
Perguntado o que queria beber cerveja ou refrigerante disse que tinha trazido a sua própria bebida.
Foi um corre-corre! A festa só tinha daqueles copos descartáveis, e o senhor Wanderley se recusou a beber o seu pitéu num deles. Providenciaram uma taça e... novo corre-corre: esqueceram do abridor.
Tudo pronto começou a sua degustação diante daquela plebe envaidecida com a presença do seu ilustre conviva. Eram dias pós mensalão, e nenhum dos presentes teve a coragem de trazer o tema à discussão.
O insólito da cena foi que enquanto o senhor Wanderley momescamente degustava sua bebida em taça de cristal, os demais convivas se contentavam com uma bicadinha em copos de plástico. Santa decadência! Não bastasse a arrogância do vinho em festa de criança, o mesmo fez questão de aumentar a diferença entre ele e a ignóbil classe sacando do bolso um "havana legítimo", que fumou as baforadas diante daquele grupo, que agora embasbacado lhe retribuía com todos os salamaleques dos puxa-sacos.
Em determinado momento a festa só dava ele, enquanto a garotada sem dar à mínima corria a se divertir na chuva. Quando se foi cumprimentou-me com aquela empáfia característica do seu monarca e senhor, e como que a perguntar: súdito, se todos puxam o meu saco porque não o senhor?
Deu-me vontade de gritar, em alto em bom som: CRÁPULA SAFADO! Mas estava ali prestando serviço e ainda tinha que receber o meu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário