O Rio de Janeiro faz um bem danado. Toda fez que um paulista por lá passa, bilisca uns breguetes no Bar Brasil, ou assiste a uma canja com o pessoal da lapa retorna a São Paulo com o bom humor e equilíbrio, vendo a democracia de frente para o mar. Isso é o que aconteceu com o jornalista Luis Nassif, de quem gosto por ser o mais carioca do jornalismo paulista, e que nada contra a maré do status-quo e não se deixa pautar nem pela direita, nem pela esquerda, e é capaz de mandar até o Franklin Martins para aquele lugar depois de tomar umas e outras por aqui. É dele a melhor análise sobre a vaia que Lula levou, depois de pensar que estava levando o carioca no papo ao querer transformar o PAN do Rio, no "pan do brasil":
"As vaias a Lula
Leitores indagam minha opinião sobre as vaias ao Lula na abertura do Pan. Lá sei eu.
Poderia lembrar o Nelson Rodrigues, que dizia que o Maracanã vaia até minuto de silêncio, como foi colocado em alguns comentários.
Poderia dizer que, ao contrário do Lula pensa, a situação está muito mais apertada para a população do que os vãos indicadores econômicos apontam.
Poderia dizer que foi fruto do mesmo processo psicológico que faz com que todos os presidentes e governadores sejam vaiados, em quase todas as solenidades públicas, especialmente no Rio.
Poderia dizer que foi vingança do Rio pelo fato de só haver apoio federal em época de eventos internacionais.
Poderia imaginar que foi ingratidão ou fruto de uma “elite reacionária”, como supõe o Dr. Rosinha, em um spam que sempre invade minha caixa postal.
Ou poderia ser fruto da soma dos brizolistas (que vaiaram Lula no enterro do líder) com a classe média carioca.
Se for buscar no Google, deve ser a décima vaia pública que Lula recebeu no Rio.
Seria gastar muita sociologia querer interpretar uma vaia que, a rigor, não tem nenhum significado maior do que uma vaia contra um presidente da República." Luis Nassif.
Nenhum comentário:
Postar um comentário