No início pensei que a mania do Luiz Inácio de viver se escorando no Fernando Henrique fosse uma coisa que só Freud explicasse. Pensava: “O sujeito deve ter algum complexo de inferioridade e tenta açular o povão para fazê-lo pensar que cultura é coisa de fresco.” Com o passar do tempo, e as sucessivas crises de corrupção acontecendo fui levado a crer que a razão da coisa vencia a barreira da psicologia, e avançava pelo caminho da patologia criminal. Fernando Henrique é o habeas-corpus do Inácio. A cada crime cometido ele corre ao delegado e expõe o seu álibi: “Estava na casa de fulano, pode perguntar a ele!” E o fulano por ser um tonto que não se lembra nem o que comeu ontem se cala com medo do outro estar dizendo a verdade e ele ficar mal na fita, e se contradizer.
Pode ser também que o mal do Fernando Henrique é pertencer a um partido de “mauricinhos”, e ele mesmo ser um. Ao invés de encarar o meliante e partir pra briga, mesmo sabendo que o outro é mais forte, grita alto, cospe no chão fica na dele pra não sujar a roupa nova que mamãe comprou, e ficar mal com a galera da escola que não xinga palavrão e acha que é pecado dizer pra todo mundo que a coleguinha é gostosa. Pra nós que vivemos os rescaldos da política, a qual incide sobre as nossas vidas assaltando os nossos bolsos, tudo isso parece muito estranho.
Contam que certa vez o Marechal Juarez Távora, candidato a presidência da república fez um comício no cais do porto, no Rio de Janeiro. E um gaiato de um estivador passou a mão na sua bunda. O militar não estrilou, mas depois como Ministro dos Transportes durante a ditadura acabou com a negada colocando em disponibilidade todo marítimo, estivador e ferroviário que via pela frente.
Será esse o problema do Fernando Henrique, medo de o metalúrgico passar-lhe a mão, e ele sem condição de reagir ficar no prejuízo (não tem mais idade pra voltar ao poder)?
Sei não...
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