quarta-feira, 20 de junho de 2012

Habitação popular não deve ser esmola

Cito parte do comentário de Raul Just Lores em seu blog no Estadão a respeito da hegemonia de Paulo Maluf nos órgãos responsáveis pela construção de casa populares - Ministério das Cidades, CDHU/SP, etc:


"Quem viu ‘Cidade de Deus’, lembra da sina das casas populares construídas longe de tudo, sem previsão de espaços e equipamentos públicos vizinhos (escolas, praças, hospitais), sem contemplar a instalação de comércio. Apenas fileiras e fileiras de casas iguais, onde a monotonia nem é o maior problema.
É difícil criticar o que, para muitos, tem cara de filantropia, mas que tipo de cidade vai florescer a partir desses conjuntos habitacionais? O governo federal e as empreiteiras contratadas criam periferias sem transporte público, onde qualquer emprego fica a horas dali. E onde o sonho dos moradores é melhorar de vida para fugir o quanto antes."

Não é bem assim. Ficar ao lado dos humildes dá IBOPE mas cabe uma reflexão sobre estas populações. 
Na Cidade de Deus, o ex-prefeito Luiz Paulo Conde, que é arquiteto construiu um conjunto popular que é uma joia de arquitetura. 
Vai lá ver como esta. Dá até pena! O cara que desenhou deve estar angustiado. 
Em Niterói, bem no centro da cidade, um outro é uma podridão. 
O fato de ser longe ou perto não interessa. Faz parte da disponibilidade de áreas para se construir. 
O que importa é que grande parte dessa população ainda não está preparada para conjuntos arquitetônicos. 
Vide os de Niemeyer construídos com Dom Helder no Rio. Tiveram o mesmo fim. 
A pobreza não pede casa dada, que cheira a esmola e só faz prolongar a miséria. Pede emprego para poder comprar uma. 
Se se fizer uma pesquisa verá que desses conjuntos 90% dos moradores não são os originais. Ou vendem e saem, ou deixam um parente no lugar. 
Pobre não é burro! Não precisa de um burguês sonhador para ditar sua vida.
Agora, quanto ao restante (parte) do post assino embaixo:


"Desde 2005, ainda no primeiro mandato de Lula, o Ministério das Cidades está nas mãos do PP de Paulo Maluf. Dilma manteve o ministério com o PP. Mais recentemente, em 2011, o governador tucano Geraldo Alckmin entregou a CDHU, que cuida da habitação no Estado, para o PP também. O ‘Cingapura’ venceu nas esferas federal e estadual. Graças ao apoio de Maluf ao candidato petista Fernando Haddad, Alckmin pensa em tirar a CDHU do malufismo."

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