Fala-se num provável inicio de negociações entre os insurgentes e o governo do ditador Assad, na Síria.
Era de se esperar que um dia isto acontecesse, ao contrário do que erroneamente queriam alguns.
Neste caso da Síria todos erraram.
Quando as manifestações começaram ninguém se lembrou das agências americanas, ou dos interesses por trás de toda aquela situação.
Teve um jornalista do Estadão que chegou a declarar, quando começaram as ações armadas que os rebeldes estavam com espingardas de matar passarinho. Nada mais que respingos da romântica "Primavera Árabe" que assolou a todos.
Na sequência Assad agiu como qualquer governo (ou ditador) agiria. Viu em tudo aquilo um perigo ao seu governo e reagiu.
Quando as primeiras notícias falavam da manipulação das manifestações pelas agências de inteligência ninguém deu ouvido.
Ninguém se lembrou que Assad, e por conseguinte a Síria tem uma das melhores forças armadas do Oriente Médio, principalmente a sua força aérea, que mesmo sem ser uma brastemp segurou a onda da presença da Síria no Líbano durante anos.
Contavam todos com a subserviência da Rússia e da China as decisões do conselho da ONU.
Mas estes tem fronteiras instáveis e sentiram que as "primaveras" chegariam até eles um dia, e o Oriente Médio ainda é uma boa fortaleza.
Tirando a ira de vizinhos manipulados pelos petrodólares, que financiam românticos insurgentes e sábios mercenários, ninguém mais quis meter a mão na bufunfa, a não ser dando meia dúzia de walk-talks de brinquedo (brincadeira!!!).
Pena que nesse intervalo de tempo muitos inocentes morreram, e muitas cidades destruídas pela força brutal de Assad (ou teria sido diferente com outro governo. A faixa de Gaza já experimentou essa mão de ferro quantas vezes?).
Quando Assad falava em negociação Dª Hillary vinha e dizia que ele não era confiável, e o Sr. Ban Ki Moon mandava para lá algum mestre em trololó para ganhar tempo.
Será que as anistias que Assad promoveu, mesmo que sendo para ladrão de galinha, não lhe dariam algum crédito?
Desde ali poderiam ter forçado os insurgentes, eles sim, a sentarem à mesa de negociação.
O certo é que os insurgentes começaram a arreglar. Primeiro os de fora, depois serão os Rambos de dentro, ao verem que a franquia "Primavera Árabe" com a Irmandade Muçulmana, no Egito, a morte do Embaixador, na Líbia, e a mortandade religiosa no Marrocos, começa a perder bilheteria.
Enquanto o assunto deu voto, tudo bem, Obama e sua tríade européia estavam dentro.
Agora é sentar e assistir aqueles que contavam o tempo para a saída de Assad no grito morder a língua.
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