quarta-feira, 9 de março de 2016

Quando um erro muda a história

Ao mesmo tempo que a política vive de erros, em política não se pode cometê-los.
A muito bem urdida participação da tropa de choque da PF, na ação que levou o investigado ex-presidente a depor diante de um juiz, gerou a imagem de truculência em que muitos hoje se apóiam para criticaá-la.
Todo o restante da operação foi efetuada por agentes com suas herings pretas surradas, e sem nenhum aparato que chamasse atenção.
Hoje o uso da tropa de choque de qualquer umas das corporações tem uma forte rejeição popular. Para os brasileiros ela só deve ser usada contra traficantes e presos em rebelião.
Toda a vez que uma tropa de choque é usada para reprimir uma manifestação de rua, ou contra alguma população indefesa, pode contar, a chamada opinião pública vai ser contra e cairá de pau em cima.
O juiz Sérgio Moro não pediu tropa de choque, muito pelo contrário queria a discrição necessária que respeitasse a história do investigado.
O uso da tropa de choque da PF foi coisa de dentro da corporação, uma trama bem montada para dar ao investigado a condição de vítima, e este já tinha até a frase de efeito pronta, "só saio algemado".
Agora é pagar pelo erro de ter transformado a jararaca numa hidra, e ficar por aí aguentando suas bazofias de "herói", "mártir" e, quem sabe, ter de atura-lo no seu melhor papel em 2018.
Como Getúlio ao se suicidar, o investigado é um às em conduzir a história, e não poderia ter tido melhor roteiro.

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