Quem viu as diversas operações de condução de presos da PF dentro da Lava Jato deve ter notado o padrão 'barata voa' dessa transferência para o presídio de Bangu do ex governador Garotinho.
É quem não souber conter sua indignação, e vier a aceitar este padrão estará a favor da barbárie, do linchamento. Se aqueles que reclamavam da força ostensiva com que agiu a PF com relação a condução coercitiva de Luís Inacio, não se indignarem com o modo da transferência de Garotinho teremos a instalação da barbárie.
A cena talvez seja o fato que precisavam os inimigos da Lava Jato, para acolher a extensão do abuso de poder a juízes e promotores no Congresso.
A grife Lava Jato não pode ser sinônimo de vendetas políticas.
Não podemos ver instalado aqui, a espúria aliança entre mídia e poder que levou a trágica situação que vive hoje o Oriente Médio.
Senão em breve teremos a repetição daquilo que vimos no episódio do sequestro do ônibus 174 no Jardim Botânico, quando o preso, em nome da "contenção" foi morto dentro do camburão.
Desafetos, ex comandados, principalmente aqueles que se viram prejudicados por alguma medida do ex mandatário, não podiam estar no comando da condução dele.
A dissimulação, o teatro, como alguns acusam o ex governador de ter feito, qualquer trombadinha de quinta faz, mas nem isso não justificaria amarrá-lo a um poste com corrente de bicicleta, como um bando de playboys fez no Rio.
Sou civilizado e me indigno até com binga de cigarro no chão, o que dirá com qualquer tipo de arbítrio policial.
O "teatro" do Garotinho era previsível, por isso me chocou o modo como se realizou sua condução ao presídio.
A autoridade deveria ter sido mais prudente na preparação nessa transferência, e não ter deixado a realização desse show, em que desafetos despreparados põe para fora todo seu ódio e rancor.
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