Saindo do campo da política e entrando no da administração, nesse caso da "farra dos cartões" se eu fosse o Inácio da Silva ou o Franklin Martins estaria pedindo a cabeça do idiota do analista de sistema que bolou essa sistemática do tal "portal da transparência".
Como o sujeito pode atrelar, para fins de relatório apenas a razão social do estabelecimento, sem identificar o que foi comprado, e para que fim? Sabendo-se que a razão social de uma firma pode ter uma atividade principal e inúmeras atividades secundárias estava na cara que ia dar confusão. Por muito menos, tentando ser "transparente" o ex-governador Garotinho viu sua candidatura presidencial ir para o brejo. No caso dele foram listadas um sem número de ONGs que colaboravam para a sua campanha, e que tinham prestado serviços ao Governo do Estado do RJ. No caso do governo Inácio da Silva a mesma incompetência está sendo demonstrada pelos “aspones” contratados para dar "transparência" ao que parecia uma boa idèia. Por exemplo: inúmeras farmácias hoje vendem material fotográfico, água mineral, doces e outras mumunhas mais. Acho até que devem ter entre suas atividades registradas até a fabricação de medicamentos, o que em princípio as categorizariam para fabricar e vender para o governo uma determinada marca de colírio, por exemplo. Aí o sujeito pega o CGC dessa firma numa concorrência - "Farmácia N.S.de Nazaré", por exemplo - e arma o maior banzé.
Claro que não vai ser fácil explicar como que aquela portinha do subúrbio participou de uma licitação milionária. Culpa de quem? Culpa da mente simplista e simplificadora de algum burocrata de plantão, que para ficar bem na fita achou que todos iriam pensar como ele, nas suas belas intenções. O problema do Inácio da Silva é que ele se juntou a um monte de deslumbrados com o poder. Parece o governo Collor, só falta a cerimônia da descida da rampa. Esse pessoal acha que tudo pode, e por isso perdeu o dom crítico que os faria escolher melhor com quem trabalham.
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