Em post anterior já tinha mostrado aos que pedem a eleição de Joaquim Barbosa, muito cuidado.
Elio Gaspari em seu artigo de hoje repercute estas razões.
Joaquim Barbosa pode não ter condições de equilíbrio suficiente para conduzir o Brasil por 5/10 anos, mas tem a firmeza para conduzi-la por um curto período, sob o olhar do povo, como fez com o processo do mensalão.
E de uma nova constituição iria nascer, certamente um sistema parlamentarista.
Fosse Jânio Quadro e Fernando Collor primeiro-ministros em um sistema parlamentarista o quadro do Brasil hoje seria outro.
Não deveríamos ter tido o governo José Sarney. O Brasil poderia ter tido uma constituinte em 1985, e eleições diretas em 1986.
O brasileiro, embora tenha votado pelo sistema presidencialista quer na verdade um parlamentarismo, em que possa tirar o primeiro ministro e nomear outro, numa outra eleição. Nossa experiência com o voto, e a queda de um monte de governos daria ao povo esta experiência e consciência cívica.
Agora por exemplo, fosse o sistema parlamentarista e o presidente da república (não Dilma Vana, a primeira-ministro) estaria convocando novas eleições , e um novo primeiro-ministro estaria sendo indicado.
O grande erro do Brasil está ai. O presidencialismo brasileiro vem com a catinga da velha república, que nem a creolina das manifestações consegue tirar.
A constituição de 1988 foi pensada com a cabeça no parlamentarismo, e está fazendo água por todos os lados por abrigar um presidencialismo de resultados, imperial.
Está aberto o debate.
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