A decisão do Supremo de ontem mostrou que, quando as instituições tem como foco o bem do país, os problemas não são insolúveis.
Muitos continuam irados, soltando fumaça pelo nariz, mas numa democracia os acordos são e devem ser necessários.
Um exemplo, o que seria da grife "Lava Jato" se não fossem as delações premiadas, onde os criminosos deduram seus parceiros e saem por ai com penas risíveis, soltinhos da silva, vivendo o bem bom que a corrupção lhes deu?
A solução para o caso Renan tem seus aspectos nebulosos, pouco ortodoxos, mas foi uma solução que não fez o Brasil parar. Se querem a revolução, na próxima manifestação peçam o apoio dos militares, e derrubem o governo!
Muitos queriam que o STF fizesse esse papel, como na ditadura, fechando o Senado da República como na decisão monocrática da liminar do Ministro Marco Aurélio.
Estamos vivendo tempos de internet, em que todos participam, opinam, sem nenhuma censura ou mordaça, mas essa mesma internet não pode ser a caneta que nos trará de volta a intolerância, o autoritarismo e a falta de liberdade de pensamento e opinião.
No fundo, muitos dos que se manifestam e opinam, por estarem vivendo em tempos de liberdade democrática, apelam para os mesmos argumentos que outros, marchando em nome de Deus, da família e da liberdade, conseguiram trazer para o Brasil, com o pior da tortura e o espectro da morte.
A democracia é um ser frágil, embora tudo que está escrito na Constituição lhe dê a aparência de algo muito forte.
Mas não se esqueçam do que podem fazer os arautos do infortúnio, os incendiários de plantão e os apologistas do caos, que vivem a espreita de qualquer situação para rasgá-la, e por terra toda uma conquista, conseguida com muita luta, exílio e a vida de muitos.
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