domingo, 21 de maio de 2017

Acabou!

O que dizer? Muitas perguntas ficarão sem resposta, muitas expectativas deverão se calar. 
O Brasil vive suas tragédias as vezes em bons, as vezes em maus momentos.
O suicídio de Getúlio, a queda de Jango, o fim do poder militar, a morte de Tancredo, a queda do Collor, o impeachment da Dilma, e agora essa próxima queda do Temer.
Por trás de todas elas, quase sempre, o mesmo mote moral, a mesma conturbação, que nada mais um rearranjo de forças, onde a indignação ou a tristeza do povo só entra para moldar a cena.
São interesses econômicos que rapidamente mudam de lado para continuar tendo voz, e nos últimos tempos a grande voz desses interesses tem sido as Organizações Globo.
Na queda do Collor o interesse deste em montar um grande grupo de mídia para fazer concorrência a Rede Globo foi a senha.
Arrisco dizer que na queda do Temer a senha foi dada quando Roberto Freire assumiu o Ministério da Cultura.
Mas quem sou eu para arriscar tamanha ousadia dessa previsão, mas que algum interesse foi ferido, foi!
Depois desse pedido de impeachment da OAB quem será capaz de enfrentar o noticiário da Globo em seu JN?
Daqui para adiante, ou vivemos o drama da renúncia, ou o drama da impeachment, e as reformas econômicas que iam bem, ficarão adiadas. E sem essas reformas, que restará ao Temer? Perder seu foro privilegiado e se arriscar a um pedido de prisão pela PGR?
Creio que não renunciará, e seu governo acabado viverá o tempo que viveu a Dilma, até seu juízo final.

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