Na internet todo mundo mete o dedo na ferida, ou no nariz do outro. Tanto faz se sobre política, economia ou comportamento. O importante é cutucar, informar, ter opinião sobre tudo, seja fazendo graça ou falando sério. Por isso estamos aqui para pensar, falar das injustiças contra minorias e países, e dar nosso palpite sobre a fábula do enfraquecimento moral desse país, suas mazelas e problemas, pois não queremos carregar a maldita herança que estão querendo nos deixar.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
O áulico Wanderley
Era para ser uma simples festinha de aniversário infantil. De repente entra um senhor empunhando uma garrafa de vinho a tiracolo tecendo aqueles famosos comentários sobre safra, aroma, rolha, etc., etc. A dona da casa, meio embaraçada manda buscar em casa uma taça de cristal, uma vez que no ambiente só havia copos descartáveis. O convidado especial era só caras e bocas. Rapidamente sua mesa se transformou na principal da festa. A maioria queria passar por lá e cumprimentá-lo, demonstrando intimidade. Tinha mais gente sentada em torno dele do que crianças brincando com os palhaços. Vaidoso, o convidado saca de um "cubano" e começa a desfrutar da delícia - era uma festa infantil -, sempre cercado de admiradores, sempre comentando a extravagância. Comecei um esforço para me lembrar quem era a figura. Vinho importado, charuto cubano... Nos jornais os escândalos do mensalão... Não, Delúbio não era, nem o Zé Dirceu. A cabeça rodando pelas manchetes, pelas imagens de figuras importantes... Eis que surge na memória a figura de um senhor defendendo o governo num programa "chapa branca" de debates da TVE, e numa reportagem da Carta Capital. Era o "áulico" cientista Wanderley Guilherme dos Santos. Como sei da estória? Estava lá prestando serviço para a constrangida dona de casa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário